terça-feira, 8 de julho de 2008

RPs em cargos públicos.

Por Eduardo Manica, Diego Lemos, Fernando Gomes e Fernando Bueno, estudantes de Relações Públicas da UFRGS


Matéria com Nelson Fossatti, autor da publicação Gestão da Comunicação na Esfera Pública Municipal, única no país a apresentar dados sobre o tema.

N
a maioria das Universidades o direcionamento conferido aos estudantes de Relações Públicas costuma ser em função da iniciativa privada. Mesmo assim, a crescente profissionalização da comunicação nos órgãos públicos abre espaço para RPs graduados, que vêem neste segmento a oportunidade de construir carreira e desenvolver projetos. Nelson Fossatti, professor da PUC-RS, consultor de comunicação da FAMURS (Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul) e que já passou pela gestão comunicacional de grandes empresas, escreveu a publicação Gestão da Comunicação na Esfera Pública Municipal.


C
om um trabalho intimamente ligado às administrações municipais, o autor pesquisou os diversos aspectos da comunicação na forma como é praticada no setor. Como nos demais aspectos da esfera pública, nossa área também carece de profissionalização, já que normalmente fica a cargo de apadrinhados políticos, pessoas com formações diversas ou mesmo, muitas vezes, sem qualquer formação, o que resulta em um processo comunicacional deficiente, voltado muito mais aos arranjos eleitorais do que ao fluxo de idéias e informações entre as partes, no caso, o cidadão e os governos.


A
pesquisa de Fossatti aponta que apenas 28% das gestões públicas que possuíam departamentos de comunicação contavam com profissionais da área, mas há uma evolução neste sentido. Em virtude da maior cobrança da sociedade em gestões transparentes, o setor público tem buscado em RPs a chance de estreitar laços com a população, agindo de forma estratégica. E isso se dá através de audiências, pesquisas de satisfação, projetos de preservação ao meio ambiente, eventos e da própria assessoria de imprensa. Soma-se a isso a constatação de que o planejamento é a melhor forma de diminuir a margem de erro em ações futuras, evitando o imediatismo, que abre espaço para imprevistos.


E
m um país como o Brasil, onde o serviço público é tido pela maior parte da população como inoperante e burocrático, o trabalho dos profissionais de Relações Públicas pode auxiliar na mudança deste paradigma. Para tanto, o pesquisador aponta que os esforços já praticados no sentido de melhorar a sinergia entre o cidadão e os governos têm sido, geralmente, bem sucedidos.

Fossatti assinala a boa imagem do RP no segmento, como um consultor de comunicação confiável. Entretanto, ressalta a necessidade de o profissional ser pró-ativo, ter bom acesso à mídia e gostar de lidar com o público, especialmente saber ouvir. As oportunidades para o bom RP existem, e, segundo ele, estão sendo intensificadas através de órgãos que promovem o trabalho de comunicação junto à esfera pública, como o CEASCOM (Conselho de Assessorias de comunicação), o CONRERP e a ARI. Fica a dica para quem se sente atraído pelo trabalho na gestão pública.


50% dos municípios do RS possuem Área de Comunicação.

Destes municípios, apenas 28% são coordenados por alguém habilitado na área de Comunicação.

Destes profissionais, 41% são de RELAÇÕES PÚBLICAS.

Fonte: FOSSATI, Nelson. Gestão da Comunicação na Esfera Pública Municipal. 2006. Ed: Sulina, Porto Alegre. [BlogBlogs.Com.Br]

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