sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Monitoramento de marca nas redes sociais.

Por Massimino Delazeri, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Pode parecer exagero, mas nesta era de comunicação instantânea nenhuma empresa, que se considera moderna e integrada às novas mídias e ferramentas de comunicação, pode deixar de prestar atenção no que estão falando sobre ela na internet. Eu iria até mais longe, nenhuma empresa pode parar de prestar atenção em tudo que se fala na/da internet.

Assustado? É bom ficar mesmo, podemos considerar que os cuidados com o monitoramento da web pode ser comparado com os cuidados que os gestores de empresa tem contra assaltos e roubos. Vigilância e monitoramento 24h e sete dias por semana.

É claro que nenhum usuário, através das redes sociais, pode praticar um roubo à parte física de alguma empresa, mas pode roubar seus clientes. Todo o comentário negativo colabora para a desconstrução da marca. E dependendo do capital social que o usuário, desgostado com a marca, mantém na rede esse estrago pode ser muito rápido, se transformando em uma porta de saída para os clientes e uma brecha para a concorrência crescer.

Hoje muitas empresas já adotaram algum tipo de programas que faz monitoramento com buscas constantes e relatórios de menções de marca, mas quantas dessas empresas possuem uma estratégia concreta de monitoramento? Mais importante que quantizar as menções da marca na web, é verificar a relevância de como ela é tratada.

Um monitoramento efetivamente planejado gera muitos resultados, mais do que apenas diagnosticar precocemente futuras crises, pode ser fonte de pesquisa de tendências para novos produtos e de relacionamento com os clientes respondendo dúvidas e reclamações.

Com este post proponho um início de debate sobre a importância do monitoramento das redes sociais, estamos trabalhando em um post sobre dicas de monitoramento, que deve entrar logo aqui no blog. Mande as suas dicas! Você também acha importante monitorar as redes sociais? Quais as ferramentas que você usa?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Marcopolo: benchmark em ...?

Por Joanna Romero, estudante de Relações Públicas da PUC/RS

A Marcopolo fundada em 06 de agosto de 1949, empresa fabricante de ônibus, que conta hoje com mais de 12.000 colaboradores e que já produziu mais de 240.000 ônibus nos 60 anos de existência, é um exemplo a ser seguido quando o assunto é comunicação interna. Conversando com algumas pessoas que trabalham na empresa, fiquei impressionada com a preocupação com seus funcionários, e com os programas oferecidos a eles. Então resolvi contar um pouco disso pra vocês.

A empresa possuiu diversos instrumentos internos, como a revista Polo Informativo, murais com fotos e informações sobre a Marcopolo, a clássica Intranet e também um Canal Livre, criado para ouvir sugestões, críticas, reclamações e elogios, no qual os colaboradores podem se manifestar, inclusive anonimamente. Quanto à revista, acho interessante porque, como já abordei em outros posts da tag Case Aberje, não trata apenas de assuntos ligados à organização, isto é, aborda também temas amplos como saúde e educação, entre outros.

Agora falo de alguns programas e ações voltadas para os colaboradores. Um deles é o SUMAM - Sugestões para Melhorias no Ambiente da Marcopolo, que funciona da seguinte maneira: cada setor da empresa tem um grupo de funcionários – escolhido pela própria equipe – responsável por fazer reuniões periodicamente, nas quais se discutem temas relacionados a cada área. Isso serve para que todos estejam a par do que está acontecendo no seu setor, ou seja, transparência no ambiente de trabalho. Podem também dar sugestões e opiniões sobre as ações que a equipe está realizando no momento. Essa filosofia já é aplicada em empresas japonesas, e foi em uma viagem feita para este país que o presidente da Marcopolo, Paulo Bellini, teve a idéia de aplicá-la em sua empresa. O programa é realizado desde 1986 e até hoje os resultados estão sendo muito positivos. Isso porque os funcionários se sentem com voz dentro da empresa; sentem que podem sim ser atendidos caso não estejam satisfeitos com algo em seu ambiente de trabalho.

O programa Vida Convida visa promover a qualidade de vida dos colaboradores e de seus familiares, através de diversos projetos e ações. Por meio deste, a Marcopolo incentiva a prática de esportes (existe uma escolinha de futebol própria da empresa, destinada aos filhos dos funcionários), a educação (incentivam os pais a matricularem seus filhos em instituições de ensino e acompanharem seu rendimento escolar, fornecendo-lhes kits escolares), a cultura (a empresa possui um CTG próprio, um grupo de teatro e também um coral, formados por colaboradores), e também a saúde e a segurança (possui um projeto voltado para as gestantes, que podem contar com consultas pré-natais e palestras, e também são realizadas atividades de prevenção de acidentes de trânsito, etc). Não precisaria nem mencionar que os colaboradores adoram esse programa, já que a empresa proporciona benefícios não só a eles, como também a seus filhos. Isso desperta nos funcionários um sentimento de pertencimento, além de criar uma motivação para continuar trabalhando dentro de uma empresa que oferece tais serviços a toda sua família.

Existe também um encontro anual chamado Entrevero, que nada mais é do que uma comemoração da Semana Farroupilha, realizada na sede campestre da empresa (que está à disposição de todos os colaboradores). Cada setor deve organizar sua barraca, com comes e bebes e é claro, música típica. Todos os funcionários ficam engajados e envolvidos no projeto, e isso é muito bacana, pois além de tudo cria um sentimento de aproximação interna.

Tem também um programa mais dirigido, mais específico. Estou falando do Chalheres, um chá somente para as mulheres que trabalham na empresa. Também é realizado uma vez por ano, e nesse evento acontecem shows, apresentações, danças e brincadeiras, durante uma tarde inteira. Isso mostra que a organização não pensa só em seu grande público interno, e sim pensa e planeja estrategicamente suas ações, pensando no interesse de cada público. As mulheres sentem-se valorizadas profissionalmente dentro da empresa, e não menosprezadas como acontece em muitas empresas, principalmente em um setor machista de uma empresa que fabrica de carrocerias de ônibus.

Além de tudo, a empresa também faz pesquisa de clima organizacional em todas as unidades, inclusive nas do exterior, mostrando preocupação com a opinião de seus colaboradores. A equipe de comunicação interna é a responsável por essa coleta e análise de dados. Esse já é o 10º ano da pesquisa, e ela já propiciou melhorias em diversos setores da empresa. Como estudamos durante o curso, esse tipo de pesquisa é benéfico para ambos os lados, visto que a empresa vai poder atender aos pedidos de seu público interno, fazendo com que o mesmo sinta-se ouvido e influente nas tomadas de decisão da empresa.

Existem várias outras ações/programas realizados pela organização, citei apenas os que achei mais relevantes. E então? Como o funcionário não vai ter orgulho de trabalhar em uma empresa que se preocupa não só com ele, como também com sua família? Quem tiver interesse em conhecer mais sobre os outros programas e ações da empresa, visite o site da Fundação Marcopolo.

E como você completaria a frase do título: MARCOPOLO: BENCHMARK EM COMUNICAÇÃO INTERNA OU MARCOLPOLO: BENCHMARK EM ENDOMARKETING?

Nota: Este post foi propositalmente editado para causar polêmica.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Viral: O entretenimento em forma de propaganda.

segunda-feira | 26 de outubro de 2009

P
or Amanda Barrin, estudante de Publicidade e Propaganda da PUCRS


A comunicação mudou. Os meios de comunicação mudaram. E com isso a forma de consumir propaganda. As empresas estão muito mais focadas em chegar consumidor de forma direta.

Por isso ferramentas como o twitter tem se tornado,cada vez mais, essenciais à comunicação organizacional. A internet se firmou como mídia, e pode ser a forma mais divertida de se consumir propaganda e aproximar marca e publico, além de cativar e conseguir a simpatia de pessoas que não tinham empática com a marca. Aqui seguem alguns exemplos de comunicação viral. A que fez cada publicitário pensar, como não pensei nisso antes.

Subservient Chicken
O pai dos virais. A galinha simpática rodou e-mails do mundo todo e fez milhares de consumidores despenderem tempo inventando comandos pra bichinha, em blogs se achava lista de comandos testados, comentários sobre as reações da ave. Resultado a Burger King ficou conhecida no mundo inteiro, até mesmo em países em que a rede não existia, como no Brasil. Isso serviu como impulso para a expansão da rede. O fato é que a brincadeira rendeu louros a marca e eles só tinham a pretensão de mostrar que o sanduíche deles era customizado...

Dell, Dell, Dell...
Quanto a esse viral, há controvérsias. Uns dizem que é a coisa mais bizarra sobre a terra, outros dizem que a marca foi ousada e divertida. Mas o fato é que fez sucesso, as pessoas riram e passaram adiante. Trocadilho bem bolado, música chiclete... Pronto, temos um viral.



Mosquitarelli

Quem aqui não se lembra do caso Cicarelli nas quentes águas do mar espanhol? Bom, o caso é que assim como a ocasião faz o ladrão, a oportunidade faz o viral. E a oportunidade, ali, era gritante. Com direito a polêmica, proibição de veiculação, veto do youtube e tudo mais que se tem direito num bom barraco de nível internacional. E por falar em nível... Baixamos total, mas demos muitas risadas com esse vídeo.

Tango Balls
versus Bouncy Balls
Paródias bem feitas sempre geram buzz, paródias bem feitas de comerciais bem feitos então. O comercial da Sony Bouncy Balls, foi premiadíssimo, elevou as vendas da linha Bravia, teve orçamento milionário, veiculação no intervalo da final do Super Bown, todos os detalhes minuciosamente pensados para o sucesso. A prova desse sucesso surgiu quando a Tango Clear resolver homenagear, de maneira competentíssima, o comercial original.

Efeito Dominó
E a criatividade dessa empresa de colchões superou o imaginário das pessoas, ao brincar de dominó humano e fez todo mundo querer ter milhares de colchões em casa para reunir os amigos e fazer a farrinha em casa, com direito a pijamas e pantufas.

Office 2010 | The Movie
Depois de muitos anos a Microsoft acertou num comercial, um dos mais bem bolados dos últimos tempos, acho que devo ter recebido umas 10 vezes, por twitter, por mail, vi em blogs, enfim... Se espalhou. Fico imaginando como seria o filme de verdade, uma vez que o viral consiste em um trailler de um suposto blockbuster do Office. E os nerds vão a loucura, inclusive eu...



Existem milhares virais que deram certo, aqui tem alguns exemplos que se distinguem em sua matriz, talvez não os mais assistidos, mas - sem dúvida - relevantes e que atingiram o público desejado. Acho que não há dúvidas da importância do viral atualmente na comunicação e que vieram pra ficar. A publicidade como entretenimento é uma das fortes correntes da era da informação, aí estão os maiores exemplos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A vez do Consumidor.

Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista/SP

Poucos são aqueles que ainda duvidam que estejamos no meio de uma revolução nas mídias e de modificações profundas nas formas de produção, distribuição e comunicação mediadas por computador. Não dá mais para pensar em uma política de comunicação sem pensar na web e na interatividade das redes sociais.

Com a internet, o consumidor tomou o poder e agora as companhias não falam para ele, mas diretamente a ele, sem a necessidade de intermediários. O tratamento diretamente com o público é muito diferente daquele relacionamento com os jornalismos de uma redação. E é neste ponto que as empresas estão pecando com o consumidor.

Jairson Vitorino, sócio da E. Life informa em entrevista para a revista Negócios da Comunicação nº 33 que 70% do material colhido são de críticas ou reclamações sobre as empresas e que grande parte das empresas brasileiras ainda não definiu a melhor forma de responder a essa crescente demanda. As maiores empresas do Brasil já entraram para o segmento das mídias sociais, entretanto, são poucas as que conseguem dar um fim satisfatório, com o receio do tamanho da repercussão.

O professor de pós-graduação da Unopar, Fábio Albuquerque, aborda o assunto no artigo Retaliação e vingança de consumidores nas redes sociais, publicado no Nós da Comunicação. Fábio ocasiona o assunto como forma de retaliação do consumidor como punição as empresas. Os consumidores procurando denegrir a imagem ou causar algum dano para que a empresa pague de alguma forma o mal causado. O que proporciona a vingança do consumidor, é quando o consumidor sai dos meios on-line e leva a empresa pagar com a mesma moeda por meios reais, entrando com um processo judicial contra a empresa, buscando a justiça para se vingar.

Dentro destes princípios trago um exemplo de indignação que resultou no maior e mais temido site de críticas do Brasil, o Reclame Aqui, criado pelo arquiteto Maurício Vargas. O projeto nasceu quando Vargas foi mal atendido por uma empresa área, insatisfeito com os canais de comunicação da empresa ele resolveu bancar os custos do site para publicar sua aflição. O site cresceu e hoje registra mais de 1 milhão e 800 mil reclamações, dentre estas reclamações em quase oito anos e existência, a página virtual obteve até hoje 22 processos judiciais, todos eles tiveram causa ganha.

As empresas que não aprenderem a conviver com esses consumidores perderão clientes e receitas, sentencia Maurício Vargas para a Revista Negócios da Comunicação.

Segundo o estudo O Poder do Efeito Viral: Compreendendo sua Dinâmica, da XPlab – Experientece Lab e E-Consulting, foi definido alguns aspectos de impactos virais dos consumidores enquanto emitem suas opiniões: juízo de valores, profere críticas, reclamações, lança elogios e postula dúvidas. O estudo traz que cada post (blog ou microblog) impacta 10% do total da rede de relacionamento de forma a gerar ação, seja essa qual for. E os 90% restante também são impactados, porém não a ponto de se mobilizarem para alguma ação, somente guardam a informação e ficam mais atentos as decisões de compras ou relacionamento com a empresa.

Se um post negativo atinge uma rede de cem pessoas, em média dez pessoas tendem a se mobilizar com a notícia. Os outros 90% absorvem aquela informação reforçando a tese, aumenta o número de mobilização negativa ou positiva, aumento o efeito viral. Explica Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting, em Do outro lado do balcão - entrevista concedida para a Revista Consumidor Moderno nº 140.

As mídias sociais que os consumidores utilizam devem ser tratadas como veículos de comunicação, pois os consumidores estão colocando o valor da marca em jogo devido a retaliação para punições, aqui no Brasil ainda as empresas tem muito que amadurecer dentro deste mercado.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ORKUT PROMOVA: A nova ferramenta de divulgação na rede social mais popular do Brasil.

Por Betânia Castoldi, estudante de Relações Públicas da PUCRS

Com a nova onda de mídias sociais como o Twitter, nunca foi tão fácil promover conteúdo de forma simples e rápida. O Orkut, rede social mais popular no Brasil, não poderia ficar atrás. Recentemente lançou o serviço Promova. Eu, uma viciada em redes sociais, sempre conectada, notei a presença do aplicativo na minha página de perfil e resolvi pesquisar sobre o assunto para poder usufruir desta nova funcionalidade.

O Promova é uma ferramenta gratuita de divulgação de conteúdo para os seus contatos. Você escreve um texto, anexa um vídeo ou uma foto e envia para todos de sua rede de amigos. Seus amigos ainda podem repassar para os contatos deles e assim por diante, podendo alcançar toda a rede.

A proposta de negócio é clara: uma nova e eficiente maneira de divulgação (algo deficiente até hoje no Orkut), seja de conteúdo pessoal ou propaganda. O interessante ainda é acompanhar as estatísticas das promoções criadas, seja em número de visualização, cliques ou indicações dos seus amigos.

Mas como funciona?

No menu lateral das opções, a sua esquerda, tem um botão escrito promova. Clicando nele você irá para uma tela para criar esta sua promoção. Você já deve ter reparado que na coluna lateral, na sua direita, aparece agora um lugar para publicidade. Então é nesse espaço que será exibida a sua campanha.

Aprenda a promover no Orkut assistindo o vídeo abaixo, produzido pelo Google:



Agora o detalhe + interessante:

Todos os seus amigos terão acesso a este anúncio. Quando eles acessarem o orkut, na tela deles irá aparecer, em revezamento, os anúncios do Orkut e o que você criou no Orkut Promova.
Se seus amigos clicarem no botão promover, localizado bem acima do anúncio, eles estarão automaticamente promovendo o seu anúncio para toda a rede de amigos deles.

Assim você pode ir aumentando a audiência que terá acesso ao seu anúncio. Agora se o seu anúncio for chato, e alguém não quiser visualizá-lo mais, basta clicar no ícone de uma lixeira que este anúncio não aparecerá mais para ela.

Na opção do promova você ainda pode acompanhar como vai o desempenho da sua campanha. Clicando em minhas promoções você poderá ver um quadro onde mostra dados sobre sua campanha. Quantas vezes ela foi exibida, a quantidade de clicks que ela recebeu, quantas pessoas promoveram ela, passando para seu grupo de amigos e quantos jogaram ela na lixeira.

Nós já estamos testando a ferramenta. Promovemos hoje o blog para nossa rede de amigos no orkut e, apesar desta funcionalidade ainda ser desconhecida por muitos usuários, esperamos algumas promoções. Se visualizar a publicidade do blog, não esqueça, promova!

Promova e as Relações Públicas

O aplicativo é ideal para quem trabalha com redes sociais, busca criar campanhas virais ou promover determinado produto ou marca. É a radicalização do marketing baseado em nichos de mercado, e aposta sobretudo, no boca a boca na Web. Mais uma novidade para os marketeiros de plantão, e uma oportunidade para nós, profissionais da comunicação, divulgarmos nossa marca e/ou produto, através de um título atraente e uma linguagem simples e direta. Ser direto é essencial, pois se as vezes já é difícil resumir em 140 caracteres, no Promova (se for promover uma foto ou um vídeo) restará apenas 32 do título + 60 do comentário = 92 caracteres.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RP Stunt Espalhando a Guerrilha.

Por Max Delazeri, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Provavelmente, você está lendo muitas notícias e artigos de revista a cada semana, e provavelmente - sem se dar conta - muitas histórias são o resultado de um inteligente e meticuloso processo pensado. Em muitos casos, um processo de Relações Públicas.

RP se difere da publicidade na sua abordagem. Publicidade é pagar por um espaço ou ranhura em publicações / outdoors / televisão etc. Já a técnica que alguns RPs usam, pode ser chamada de mais esperta. A ideia é obter cobertura da mídia sem pagar e sem parecer publicidade, como a vinculação de um produto a uma notícia, quer descarada ou sutilmente.

Os meios de publicidade tradicionais estão caindo em descrédito e é por isso que se investe cada vez mais em guerrilha e viral. A mensagem não pode parecer publicitária, só assim ela atinge efetivamente o público. E aí que entra o conceito de RP Stunt, algo como produzir uma história estranha, original ou sensacional com a intenção de criar espaços nos meios de comunicação e interesse público, obtendo um maior reconhecimento do produto a ele associado.

RP Stunt também incluí frequentemente o marketing de guerrilha. Fazer RP Stunt é utilizar as melhores ferramentas das Relações Públicas para o marketing. Alinhar uma ação inteligente de guerrilha com uma boa assessoria de comunicação, e assim, garantir o buzz.

As pessoas não são suscetíveis a ler um folheto, como os entregues nas esquinas. No entanto, elas vão lembrar de um bando de Beyonces dancando na rua.



Se este evento dançante aparecer em outro espaço vinculado ao show da Beyonce, BUM, está aí uma ótima maneira de divulgação. Uma parte ajudando a outra. Você coloca as Beyonces para dançar na rua, algumas pessoas vão ver diretamente, junta isso à assessoria de comunicação e um pouco de Relações Públicas e toda a cidade vai ficar sabendo das dançarinas. Ou quem sabe, boa parte do mundo.

Todo mundo sabe que marketing de guerrilha é uma abordagem à publicidade que se baseia em métodos inovadores de passar a mensagem ao mercado. Muitas vezes, altamente segmentado, o marketing de guerrilha funciona através de redes de pessoas, através da palavra, do boca-a-boca e das comunicações eletrônicas provocando a imaginação do mercado. O que algumas pessoas não sabem é do trabalho de Relações Públicas que existe por trás de uma ação de guerrilha e de como ele é importante para gerar buzz.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Perfil Simone Tuzzo.

Por Bruna Franco, estudante de Relações Públicas da UFG


Continuamos com o objetivo de aproximar a universidade e o mercado, a teoria e a prática e por isso hoje, no Perfil, apresentamos Simone Tuzzo. Graduada em Relações Públicas pela Universidade Metodista de São Paulo (1988), com mestrado em Comunicação Social pela Universidade
Metodista de São Paulo (1997) e doutorado em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é professora do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG-Universidade Federal de Goiás. Tem sólida experiência na área de Comunicação em funções Acadêmicas e Administrativas, com ênfase em Assessoria de Comunicação para instituições públicas e privadas. Profissional capacitada a exercer atividades de cerimonial e organização de eventos, no âmbito acadêmico trabalha principalmente com os seguintes temas: comunicação, televisão, relações públicas, organizações públicas e privadas, opinião pública, teorias da comunicação. Palestrante em eventos sobre diversos temas na área de comunicação, como meios de comunicação de massa, formação da opinião pública e oratória. É autora do 'Livro Deslumbramento Coletivo - Opinião Pública, Mídia e Universidade'.

Ocappuccino: Quando você descobriu que queria fazer Relações Públicas? Já conhecia o curso, ou foi como a grande maioria dos alunos, que descobrem só depois?

Simone: Quando tinha 15 anos de idade ingressei no Segundo-Grau. Na época era muito comum os cursos de Segundo-Grau profissionalizantes e eu escolhi o Curso Técnico em Publicidade e Propaganda. Me apaixonei por comunicação desde então, mas quando chegou a hora de optar pelo curso superior preferi descobrir uma outra área e por curiosidade ingressei no Curso de Relações Públicas da UMESP - Universidade Metodista de São Paulo, que oferta um dos maiores cursos de Relações Públicas do País. Gostei!

Ocappuccino: Como a experiência com o estágio, durante a graduação, te ajudou no momento de inserir-se no mercado de trabalho?

Simone: Meu estágio já representou meu ingresso no mercado de trabalho, pois quando ainda estava no quarto período do Curso de Relações Públicas consegui um estágio na Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul - SP. Dois meses depois também fui trabalhar na Fundação das Artes de São Caetano do Sul - SP. Foram experiências muito ricas e assim que o estágio de um ano terminou continuei nas mesmas instituições como funcionária das duas Assessoria de Comunicação.

Ocappuccino: Você já trabalhou em Assessoria de Comunicação de instituições públicas e privadas. Quais as diferenças sentidas entre os dois ambientes, e como é o trabalho em cada uma delas?

Simone: Mesmo quando trabalhei em Instituição Pública eu não era funcionária pública concursada e o ritmo da Assessoria de Comunicação era muito intenso. Trabalhei com um Prefeito muito dinâmico e durante duas gestões desempenhei várias atividades na Assessoria de Relações Inter-Governamentais e Eventos, Assessoria de Comunicação, chegando a ocupar o cargo de Secretária de Cultura. As Ciências das Relações Públicas sempre estiveram à frente em todos os cargos que ocupei e foram determinantes para minha forma de atuação. A seguir ingressei em instituições privadas na área de Ensino Superior. Primeiramente na Cátedra Unesco de Comunicação na UMESP e depois na UNIT - Universidade Tiradentes onde chefiei por 11 anos uma equipe de 12 pessoas que compunham a Assessoria de Comunicação. Gosto de exercer cargos de chefia e acredito que as Relações Públicas garantem essa bagagem para os profissionais. Não há muita diferença em se trabalhar em empresas públicas ou privadas. É claro que questões burocráticas às vezes atrasam alguns serviços nas empresas públicas e a questão de vários líderes na empresa privada cria uma guerra de egos, mas o forte das Relações Públicas é exatamente gerenciar tudo isso.

Ocappuccino: Você se formou na UMESP e teve experiência na área em São Paulo, onde o mercado de trabalho para Relações Públicas é valorizado. Trabalhou no Estado do Sergipe, e agora está em Goiás. Como você vê o mercado de trabalho nestas três regiões que têm culturas diferentes, e desenvolvimento industrial e empresarial distintos?

Simone: As Relações Públicas são desenvolvidas de forma muito diferente em São Paulo e em Sergipe. São Paulo é marcada pelas grandes empresas, compostas por Assessorias de Comunicação bem estruturadas e organogramas formados por profissionais que garantem uma comunicação integrada, basicamente os modelos clássicos de desenvolvimento da comunicação que aprendemos nas Universidades. Sergipe é um Estado marcado pelos Serviços, pelo Turismo e pela pequena quantidade de Indústrias. Assim, os modelos clássicos de Assessoria de Comunicação não se desenvolvem no Estado. Por isso mesmo, em 2006 a única instituição de Ensino Superior que ofertava o curso de Relações Públicas deixou de fazê-lo por falta de demanda. O Estado não compreende as Relações Públicas no âmbito Industrial e sim no âmbito Social. Os Relações Públicas são direcionadas para trabalhar com Eventos e não há mercado para todos. Ainda é muito raro o trabalho de Relações Públicas com Profissionais Liberais - o que caracterizaria um bom nicho de marcado. Em Goiânia cheguei recentemente e ainda não sei avaliar o Mercado de Trabalho dos Relações Públicas.

Ocappuccino: E qual é sua relação com as mídias sociais? Já utilizou em alguns de seus trabalhos? Se não, tem pretensão de adotar os benefícios da rede? Quais os benefícios que você vê em adotá-las?

Simone: Nunca me utilizei das Mídias Sociais para o desenvolvimento de nenhum Case de Relações Públicas, mas acho válido. Na verdade as mídias existem para serem utilizadas no momento certo, com os públicos certos. Se em algum trabalho de Relações Públicas as pesquisas e o planejamento indicar uma Mídia Social como alternativa de formação de Opinião Pública e forma de atingir o público, não vejo nenhum problema em utilizá-la.

Ocappuccino: Que dica você daria aos graduandos em Relações Públicas, para que venham a ter sucesso como profissionais e serem reconhecidos por essa profissão que é mais valorizada ao mesmo passo que é mais conhecida?

Simone: As experiências que tive sempre foram de um mercado de trabalho que abre as portas para os competentes. Os Relações Públicas devem ser estrategistas, líderes e chefes, mas ao mesmo tempo devem saber executar, coordenar e ter a capacidade de desenvolver várias atividades. Não há espaço para Relações Públicas que não saibam falar, escrever e interpretar muito, muito bem. Valores como cordialidade, gentileza, simpatia são bem vindos, juntamente com força e coragem, pois nem sempre vamos dizer o que os dirigentes das organizações querem ouvir, mas sim, o que precisam ouvir. Gostaria de agradecer aos organizadores do blog pela oportunidade de mostrar o meu trabalho. Deixo aqui o meu email, simonetuzzo@hotmail.com para quem quiser entrar em contato e dividirmos experiências e conhecimento sobre as Relações Públicas.

Na verdade, eu é que agradeço, em nome da equipe
d'Ocappuccino.com, a disponibilidade da professora
Simone,
porque sei o quanto o tempo dela é limitado, mas mesmo assim,
sempre querida para atender a todos sempre com a mesma
atenção e também sempre disposta a compartilhar seus conhecimentos

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Os 10 RPs brasileiros que merecem ser seguidos no twitter.

quarta-feira | 14 de outubro de 2009

No dia 29 de setembro demos um RT: @ligiabia 100 Relações Públicas que vale a pena seguir noTwitter. http://bit.ly/39xV0q e 22 minutos depois twittamos: Saí no @ocappuccino nos próximos dias a lista com os 10 Relações Públicas Brasileiros que vale a pena seguir no Twitter.

A partir deste momento iniciamos uma extensa pesquisa na rede para tentar produzir a tal lista. Entramos em contato com profissionais, professores, pesquisadores e estudantes de Relações Públicas para que eles indicassem, cada um, RPs que considerassem influentes no twitter. Só que no ímpeto da idéia não percebemos a mancada: como iríamos caracterizar a influência para os pesquisados?!?! Então mudamos a indagação, por que talvez influente não seria o melhor termo, e começamos a pedir indicações de RPs que merecessem ser seguidos no twitter.

Por que talvez o termo influente não fosse o mais adequado? Porque para caracterizar a influência exercida na ferramenta é preciso analisar o capital social deste ator na rede. E em 140 caracteres convenhamos que não é nada fácil conceituar capital social e suas abrangências.

Mas será que é mesmo possível mensurar a influência de um perfil no twitter? Como? Quantidade de seguidores? Número de RT? Apuração de clics nos links twitados? Contagem de DM? Alto índice de menções? O indicador de quantas respostas recebe? Quantas vezes foi indicado por #FF?

Bom, como responder estas perguntas sem conhecer sobre o tema? Sendo assim, a melhor solução para descobrir o que não se sabe é pesquisando! E foi assim que descobrimos o estudo, The Influentials - New Approaches for Analyzing Influence on Twitter, de Alex Leavitt. Ele define influência no twitter como o potencial de uma ação de um usuário para iniciar uma ação por outro usuário e afirma que é relacionando todos os dados acima (seguidores, RT, links, DM, menções, respostas, indicações) que se consegue tangibilizar essa influência. Parece fácil assim, mas não é; e Alex só conseguiu provar suas teorias aplicando uma pesquisa com 12 celebridades e suas atuações no twitter norte americano.

Não é nada fácil, mas dá para entender um pouco mais sobre a consitituição do capital social lendo Raquel Recuero. No artigo escrito para o Compós, EM BUSCA DAS 'REDES QUE IMPORTAM' - Redes Sociais e Capital Social no Twitter, ela identifica duas apropriações predominantes de como usamos o twitter: informacional e conversacional. E é a partir dessas duas formas de uso que estão relacionadas à construção e percepção de capital social no twitter. Vamos entender melhor:

Em relação à apropriação informacional, que nada mais é do que o acesso à informação, Raquel Recuero diz que Tweets que trazem informações são especialmente úteis à rede social. Eles permitem o acesso a novas informações, a novas discussões e, por isso, auxiliam na construção do CONHECIMENTO. Publicar informações de qualidade e em primeira mão já foi relacionado por vários autores com valores como REPUTAÇÃO na rede social. A busca pela reputação também influencia a POPULARIDADE, outro valor que pode ser identificado no Twitter. Quanto maior o número de seguidores que alguém possui, maior a sua VISIBILIDADE na rede (mais pessoas recebem seus tweets). Quanto mais visível, maiores as chances de receber novas conexões e tornar-se mais popular. Entenderam? As palavras em CAIXA ALTA, grifadas por mim, reforçam os fatores essências no processo de construção de um capital social.

Já em relação à apropriação conversacional - que Raquel denomina de valores relacionais, ou seja, os diálogos no twitter - ela afirma que Outro valor do Twitter está relacionado a seu uso para a conversação. São formas de capital social relacionadas com a criação e o aprofundamento de LAÇOS SOCIAIS. Essas conversações podem auxiliar a gerar empatia, intimidade e SUPORTE SOCIAL para os atores envolvidos, o que também gera VISIBILIDADE. Finalmente, as conexões que são obtidas e mantidas através da conversação também podem agregar REPUTAÇÃO, acesso à informação e conhecimento aos atores sociais, pois proporciona-se um espaço de discussão.

E há quem diga que não dá para ter diálogo no twitter. Dá sim e ele é importante na construção da influência e os grifos, novamente de propósito em CAIXA ALTA, são algumas pistas para desvendar o mistério da influência exercida por alguns e almejada por muitos. Ou será que a atuação no twitter e em outras redes não está relacionada à conquista de capital social, tais como: ser conhecido (visibilidade), aparecer em ferramentas específicas (possibilidade), ser reconhecido como autoridade (reputação), construir uma rede social maior (popularidade), conversar com os amigos (sociabilidade), obter algum outro tipo de reconhecimento (credibilidade)? Raquel Recuero afirma exatamente isso em A Economia do Twitter: Mais Apontamentos.

Na prática funciona mais ou menos assim: alguém que consideramos um grande entendedor de mídias sócias fala que o Google irá lançar um novo serviço. É bem provável que, ao lermos o tweet, atribuiremos credibilidade à informação, a partir da reputação que previamente percebemos de quem twittou, e repassemos à nossa rede de seguidores. Por isso, alguns termos como reputação, influência, credibilidade, visibilidade são importantes para se entender o processo.

Tirando alguns destes conceitos complexos de lado, é interessante perceber o processo prático de escolha na indicação destes 10 RPs. Raquel Recuro fala em outro texto, Considerações sobre o Twitter II - Autoridade, sobre AUTORIDADE e relaciona autoridade no twitter como um componente herdado dos blogs. E isso é percebido na lista dos 10 + indicados, pois todos são autores de blogs ou portais. Então é possível perceber que alguns blogueiros que já tinham alguma credibilidade em seus blogs parecem importar essa CREDIBILIDADE ao Twitter e construir AUTORIDADE a partir dela. Fato que ajuda a entender o porquê eles foram indicados e merecem ser seguidos, pois já possuiam capital social herdado de seus ecossistemas.

Bom, toda esta ladainha para enrolar um pouco e chega a hora de listar os 10 RPs brasileiros que merecem ser seguidos (ou mais influentes) no twitter:

@aureliofavarin Aurélio Favarin, autor do TCC Comunicação
@baldurquino Pedro Baldurquino, um dos autores do Horizonte RP
@carolterra Carol Terra, autora do RPalavreando
@fabioalbukerk Fábio Albuquerque, autor do Gecorp
@laisbueno Lais Bueno, autora do Em diálogo
@lidifaria Lidi Faria, autora do Lidi Faria
@rprodrigo Rodrigo Cogo, autor do Mundo RP
@rcamposrp Ricardo Campos, autor do Ricardo Campos: reflexione
@thiane Thiane loureiro, autora do Vertente (*exceção: pois é formada em jornalismo, mas trabalha como RP)
@universorp Flávio Shimitd, autor do Blog do Flavio (*exceção: apesar da lista ser de pessoas físicas, o UniversoRP.net foi indicado e aparece na lista pois Flávio Shimitd simboliza o portal e é a sua imagem que personifica o avatar no perfil)

Obs1: Esta lista não foi criada pelo blog e sim produzida a partir das indicações no twitter de diversos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes de Relações Públicas.

Obs2: Os indicados estão listados em ordem alfabética, e a ordem não caracteriza nenhum ranking ou quantidade de mais indicações.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pasta de Dente: tecnologia versus estoque de conhecimento.

Por Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS


Vi há um tempinho um vídeo com o título Pasta de Dente. O vídeo é trecho de uma palestra de Mario Sérgio Cortella, que conta um caso verídico ocorrido em uma estupenda multinacional que fábrica de tudo desde sorvete, a suco e pasta de dente. No caso contado, é possível perceber a relação da tecnologia versus o estoque de conhecimento e que às vezes aquela pode até mesmo ser substituída por este. Ou seja, a substituição por idéias de pessoas que estão ali vivenciando algum problema e buscam meios entre elas mesmas para solucionar algo, sem precisar investir muito em algum tipo de maquinário. Alguém que já passou por isso, no estágio ou no emprego, se identifica?

Pois me interessei pelo assunto fundamentado em algumas dúvidas de como o estoque de conhecimento pode afetar na nossa atuação profissional e no cenário empresarial, tais como: como ele se manifesta na vida e no trabalho cotidiano? como identificar e valorizar este capital intelectual? que questões culturais e comportamentais básicas devemos abordar para fazer uso dele no ambiente organizacional? como o uso das tecnologias implicam no trabalho do conhecimento?

E aí fui pesquisar sobre o assunto, e descobri o livro Como as organizações gerenciam o seu capital intelectual - Métodos e aplicações práticas de Thomas Davenport e Laurence Prusak (uma edição de 2003). Confesso que ainda não o li todo, mas já aproveito para citar algumas partes interessantíssimas, como a frase que o presidente da Hewlett-Packard (HP), Lew Platt, disse certa vez: Se a HP soubesse o que a HP sabe, nossa rentabilidade seria três vezes maior.

Pois vejamos, uma empresa nada mais é do que um conjunto de pessoas organizadas para produzir algo (produtos, serviços, ou ambos) e a capacidade de produção da empresa depende daquilo que ela sabe (do que as pessoas sabem) e do conhecimento aplicados nas rotinas de produção e atuação. Não é? Então, essa empresa só logrará êxito se as pessoas souberem o que estão fazendo, ou seja, demonstrarem competência em suas ações. Logo se é este saber fazer que define o que a empresa é (ou faz), então o estoque de conhecimento realmente simboliza a empresa num sentido importante.

Por isso este termo me intriga e por isso também é importante entender o papel do estoque de conhecimento nas organizações, principalmente para entender como algumas empresas são sistematicamente bem-sucedidas. Pois quando pessoas, tecnologias, produto, processos e ambiente de negócios mudam no decorrer do tempo, o que permanece? O que cria a continuidade que possibilita a determinadas empresas prosperar no decorrer do tempo? Acredita-se fortemente que a maneira, e o livro aponta este caminho, como as empresas produzem e transmitem o conhecimento é parte essencial dessa continuidade.

Em casos de empresas familiares o estoque pode estar todo concentrado no conhecimento do fundador da empresa. Em outras, pode ser que o estoque esteja na aplicação do conhecimento no processo de preparação e sucessão das lideranças. E neste contexto, os autores são categóricos: Temos certeza de que futuros estudos sobre conhecimento organizacional darão uma contribuição importante ao entendimento das fontes do sucesso duradouro.

E o que nós RPs temos a ver com isso? Creio que um pouco sim, pois tornou-se evidente para nós a necessidade de estudar como o conhecimento é gerido, mal gerido e não gerido nas organizações. E o livro aponta alguns caminhos, partindo do raciocínio em que o conhecimento deriva da informação, da mesma forma que a informação deriva de dados (transformação de dados em informação e informação em conhecimento). Nesta transformação todo trabalho é realizado pelas pessoas e é possível relacionar estas variações a partir da análise de quatro termos, classificado pelos autores, que começam com C, os 4 Cs:

Comparação: de que forma as informações relativas a esta situação se comparam a outras situações conhecidas?

Conseqüências: que implicações estas informações trazem para as decisões tomadas?

Conexões: quais as relações do novo conhecimento com o conhecimento já acumulado?

Conversação: o que as outras pessoas pensam desta informação?

Bom, para poder relacionar é preciso entender quais são os fatores que propulsionam a formação deste estoque de conhecimento nas organizações. Segue alguns pontos, segundo Thomas Davenport e Laurence Prusak, dos componentes básicos que colaboram nesta produção:

Experiência: O conhecimento se desenvolve ao longo do tempo através da experiência, que abrange aquilo que absorvemos de cursos, livros, mentores, aprendizados, vivências. Quando empresas contratam especialistas, elas estão contratando insights baseados na experiência, citação do livro.

Verdade Fundamental: A experiência transforma as idéias sobre o que deve acontecer em conhecimento daquilo que efetivamente acontece. Verdade de raiz, para tomar de empréstimo a expressão que o Center for Army Lessons Learned (CALL) do Exército dos Estados Unidos usa para descrever as verdades radicais de situações reais experimentadas in loco: firmes no solo, e não soltas nas alturas da teoria ou generalização, citação do livro.

Complexidade: A importância da experiência e da verdade fundamental no conhecimento é indicar a capacidade do conhecimento de lidar com a complexidade. Embora seja tentador buscar respostas simples para problemas complexos e lidar com incertezas fingindo que elas não existem, geralmente se decide melhor sabendo mais que sabendo menos, ainda que o 'menos' possa parecer mais claro e mais definido, citação do livro.

Normas Práticas: O conhecimento é entregue em meios estruturados, como livros e documentos e também de contatos pessoa a pessoa, como simples conversas ou relações de aprendizados. Títulos ou posições são os sinais formais mais comuns de quem tem ou deveria ter conhecimentos valiosos...[contudo] é possível que os melhores sinais do mercado do conhecimento - embora ainda periféricos - fluam pelas redes informais que se desenvolvem nas organizações. Dentro dessas redes, as pessoas perguntam umas às outras quem conhece o quê., citação do livro.

Este post, como pode ser percebido, não apresenta respostas e sim algumas indagações fundamentadas no estudo teórico e prático sobre este tema tão intrigante como é o estoque de conhecimento. Espero que algumas respostas ou algumas opiniões nos comentários, que já devem até ter sido vivenciadas na prática por cada um de nós, possam esclarecer sobre o assunto. Ah, o vídeo Pasta de Dente de Mario Sérgio Cortella:

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

10 dicas de como fazer um bom e-mail marketing.

Por Andressa Carrasqueira, estudante de Relações Públicas da UERJ


Formanda de Relações Públicas da UERJ. 22 anos. Analista de
Marketing Jr. da MPL Corporate Sofware. Com experiência
no setor de Comunicação Institucional da Vale. Nova colaboradora.

Prática muito comum para a maioria das empresas, o e-mail marketing é uma das formas mais baratas de propaganda e de melhor retorno sobre o invenstimento dos dias atuais. O problema é que muitas companhias, inclusive grandes corporações, cometem pequenos erros que acabam transformando seus e-mails em SPAM, ou simplesmente, por chegarem desformatados para o destinatário, deixam de passar a mensagem desejada. Neste post seguem algumas dicas do que fazer, e do que não fazer, para que sua mensagem chegue ao destinatário do jeitinho que você imagina.

1. Link de visualização externa. ESSENCIAL para que ocorra o envio do e-mail. Caso o seu e-mail perca a formatação no caminho entre o envio e a entrega é este link que vai direcionar o destinatário para a mensagem original. É importante que este link vá por extenso e não como um hiperlink de uma expressão do tipo clique aqui. Isso porque, sabendo qual o real endereço do link, o receptor não va achar que clicando ali vai baixar algum tipo de vírus.

2. Link de descadastro. MAIS QUE ESSENCIAL para o envio do e-mail. Se não tiver como colocar uma opção de desvinculação do destinatário do seu mailing, melhor nem enviar a mensagem. Além de ser contra as normas de evio de e-mail marketing, a não inclusão de uma forma de descadastro é detectada pelos servidores de e-mail, que classificam sua mensagem automaticamente como SPAM. Além disso, nada mais transparente do que no rodapé do e-mail dizer por que você está mandando essa mensagem para essa pessoa ela e sua empresa já tiveram algum contato, ela é cliente de um parceiro, ela se cadastrou no seu site... e coisas do gênero junto ao clássico Descadastre-se caso não queira receber mais e-mails.

3. Uma imagem não vale mais que mil palavras. Muitas pessoas acham que para fugir da possibilidade de “desformatação” do código html pelas diversas ferramentas de e-mail que existem basta fazer uma imagem bonitona e colocar no corpo do e-mail. O que ocorre, minha gente, é que a GRANDE MAIORIA das ferramentas de e-mail hoje não abre imagens de remetentes não-confiáveis. Ou seja, seu e-mail vai direto pro lixo sem ser lido. Claro que imagens são necessárias para tornar o e-mail marketing mais atrativo, mas elas precisam estar etremeadas de texto, para que a mensagem apareça mesmo que as imagens não sejam carregadas. As imagens também precisam estar com as descrições alternativas (alt) preenchidas isso é um recurso do html que permite que você descreva o que é a imagem, e essa descrição aparece do lado daquele xiszinho vermelho, de quando a imagem tá quebrada, para que as pessoas possam saber do que elas se tratam mesmo se não forem carregadas.

4. Teste, teste, teste e teste. Crie contas no Gmail, no Yahoo, no Hotmail, configure Outlook, Lotus Notes... E teste o recebimento da mensagem. Só assim você poderá verificar os erros que ocorrem para tentar corrigí-los da melhor forma. Isso vale para a página em que o e-mail vai ficar hospedado na web também. Teste no mínimo com o Internet Explorer, com o Firefox e com o Chrome. Se der para instalar o Safari (navegador da Apple) melhor ainda. Se você sabe que o seu público alvo vê e-mails pelo celular, existem editores html (o Dreamweaver CS4 eu sei que faz) que simulam a visualização com diferentes marcas de aparelhos.

5. Personalize. Personalizar um e-mail vai muito além de colocar na primeira linha Prezado Fulano, ok? Isso já é muito comum. Além disso, destaque no corpo do e-mail o cargo do Fulano, a empresa do Fulano, ou qualquer outra informação que faça com que o Fulano identifique que aquela mensagem é de fato para ele, e não mais um e-mail marketing promocional de qualquer coisa, que ele recebe toda hora. Por isso...

6. Evite comprar listas de mailing. Listas compradas não tem boas informações do tipo personalizáveis. Além disso, quando você compra uma lista, você está quase que enviando um SPAM. As vezes é necessário, principalmente quando a empresa não tem uma base de dados minimamente direitinha sobre seus clientes. Mas se você tiver como evitar, evite. Prefira realizar pesquisas para enriquecer as informações sobre os contatos que você já tem cadastrados, para conhecê-los melhor e aumentar as chances de sucesso ao ofertar um produto que eles realmente possam estar precisando.

7. Divida sua lista em alguns grupos e envie o e-mail com frases diferentes no assunto da mensagem. O assunto da mensagem e os primeiros 5 cm do e-mail são todas as suas chances de torná-lo interessante. Por isso é importante testar diferentes assuntos para ver qual despertou mais interesse em seus destinatários. Desta forma você poderá futuramente identificar um padrão mais aceito e aumentar a sua visibilidade.

8. Personalize também o remetente do e-mail. Se você recebe um e-mail do marketing@saraiva.com.br ou do casasbahia@casasbahia.com.br você já sabe que tem alguma promoção ali dentro e deleta o e-mail. Quando o remetente tem nome de gente, o interesse por ver a mensagem, e a incidência de respostas à ela são muitíssimo maiores.

9. Assine o e-mail. Essa mesma pessoa que enviou o e-mail deve assinar o e-mail. Com isso os leitores têm a sensação de que podem entrar em contato com alguém de carne e osso caso precisem de alguma ajuda ou informação. Claro que as respostas devem ser direcionadas para uma área de marketing ou customer care, para que elas tenham o devido encaminhamento. E é este devido encaminhamento que irá determinar o quão bom o relacionamento com o cliente poderá se tornar.

10. Evite expressões do tipo promoção, marketing, saiba mais, clique aqui, para sua empresa e repetições de pontos (!!, ??) em qualquer parte da mensagem. Se precisar dessas palavras crie figuras para elas e insira no corpo do e-mail. Muitos servidores consideram e-mails contendo essas expressões como SPAM logo de cara.

Bom, existem outras particularidades e diversas técnicas para fazer com que seu e-mail fique perfeito. Mas a boa prática e o respeito no envio de email marketing são tão importantes que algumas entidades como a ABEMD (Associação Brasileira de Marketing Direto) e diversas outras competentes na área, como ABRADI, (Associação Brasileira das Agências Digitais), ABRANET (Associação Brasileira dos Provedores de Internet), elaboraram o C@PEM Código de Autorregulamentação para a prática de E-Mail Marketing.

O Código tem por objeto definir as regras a serem seguidas para a utilização de email como ferramenta de marketing, de forma ética, pertinente e responsável. Entre no site e baixe o código completo ou se estiver com pouco tempo entre e leia um resumo criado para facilitar o entendimento e ajudar a adequação das empresas às normas estabelecidas, são os 10 passos do código de autorregulamentação.

Também é muito importante o uso de alguma ferramenta (nem que seja o Google Analytics) para mensuração do retorno. Mas acredito que com essas 10 dicas de como fazer um bom e-mail marketing somadas aos 10 passos do código de autorregulamentação todos poderão melhorar suas campanhas de marketing direto e, espero conseguir um bom elogio do chefe.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Gerador automático de Virais.

Por Max Delazeri, estudante de Relações Públicas da UFRGS


O que você acha de publicidade na Internet?

Ultimanente, tudo indica que é uma ótima ideia. Cada vez mais as pessoas estão gastando seu tempo na Internet, os números de internautas ativos no Brasil bate recorde mês após mês, as vendas on line já representam uma boa fatia do faturamento das empresas, e no Reino Unido os investimento em publicidade na internet já superam a TV. É, os antigos canais de comunicação broadcast estão perdendo terreno.

Agora, melhor que isso, só se fosse publicidade GRÁTIS na Internet.

Essa é a proposta do VIRAL, um vídeo que tenha a propriedade de se viralizar pelas redes sociais e alcalçar pessoas em toda parte da Internet, gerando o buzz e levando o nome da sua empresa de carona para a caixa de e-mail das pessoas, para a home dos twitters, para a página de recados dos orkuts.

É sabendo disso que o Ocappuccino produziu um Viral, em parceria com a Blue Film Production. Na verdade, qualquer um pode fazer um viral como esse, qualquer um mesmo. O novo viral do Ocappuccino foi feito através de um Criador de Virais, o Viral Test. Desenvolvido pela Rapp France e a GoViral, o Viral Test brinca com essa, nem tão nova, maneira de espalhar uma marca pelo ambiente 2.0.



Você entra no site, faz o upload do seu logotipo e logo mais recebe por e-mail o vídeo pronto. O Viral Test foi criado para promover um seminário organizado pela Associação de Anunciantes da França sobre marketing on line através de vídeos, que vai acontever no próximo dia 6 de outubro.

No site, você também encontra dicas para viralizar seu vídeo pelas redes sociais: twitter, youtube, orkut, etc. Mesmo que você não pretenda fazer um viral, vale a pela a visita.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

YouTube e suas tendências.

Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista/SP e Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS


O YouTube é um site para compartilhamento de vídeos, fundado em 2005 por Steve Chen, Jawed Karim e Chad Hurley. Em um ano o site obteve grandes repercussões e em 16 de outubro de 2006 foi vendido por US $ 1,65 bilhões para o Google.

Chad Hurley veio ao Brasil na última semana de agosto. No dia 27, o cofundador do site teve 30 minutos reservados para dar entrevistas dentro do escritório do Google e a grande discussão foi se o youtube matará a TV. Bruno Galo, da Agência Estado, fala em Cofundador do YouTube garante que Internet vai matar a TV sobre alguns aspectos da entrevista em que Hurley afirmou que o desafio é uma tendência. O Youtube por exemplo deixou de ser um site para hospedar vídeos engraçados e agora, se adaptando às tendências da internet, é uma grande ferramenta de divulgação, que promove o mercado digital. Nos próximos anos, quando todas as TVs estiverem ligadas à internet, a ideia de assistir a um programa no horário determinado pela emissora estará morta, profetizou antes de dizer que a mídia TV só serviria para veicular eventos ao vivo.

Ao pesquisar sobre o assunto no Youtube é possível encontrar um canal chamado Citizentube é como se fosse um canal para acompanhar o que acontece no Irã, também tem o canal da Casa Branca. Ainda existe um projeto em que os usuários do Youtube poderão ter seu canal customizado, é a versão 2.0 do molde atual, será o Youtube Channels 2.0. Há planos também para explorar novos modelos de peças publicitárias no Youtube, as propostas têm como premissa dividir a receita com a comunidade responsável por vídeos virais de sucesso. Trata-se de uma forma de estimular a criação de bom conteúdo, disse Hurley. A pesquisa realizada pela Eyeblaster sobre A Atenção do Consumidor mostra que é gasto em média somente um minuto por dia com a interatividade dos internautas com a publicidade online. Para Hurley, um dos grandes desafios do Google é tornar o sistema de publicidade ainda mais simples, para fortalecer as ferramentas sociais do site, para aproximar os usuários.

Contudo, na verdade o grande desafio do Youtube que também é do Google e do twitter, dentre outros é como rentabilizar o negócio. No texto de Bruno Galo é possível entender perfeitamente o problema: O YouTube... detém cerca de 70% do segmento, mas ainda não é um negócio rentável... Existe... um grande problema na trajetória meteórica de sucesso do YouTube. O site, que em sua origem chegou a ser comparado ao Napster... simplesmente não dá dinheiro... Para tornar o YouTube lucrativo, Hurley, que garante não sofrer qualquer tipo de pressão por parte do Google para reverter essa situação, aposta em diferentes modelos de negócio para diferentes tipos de conteúdo.

E sobre negócios digitais, na entrevista O Profeta da Economia Digital, concedida à revista IstoÉ edição 2073 de 5 de agosto de 2009, o americano Chris Anderson (autor do livro A Cauda Longa) afirma, em sua mais recente obra, Free, que disponibilizar conteúdo gratuito na rede é mais rentável do que vender. Ele explica que tem duas maneiras para se ganhar dinheiro na internet – A antiga é depender de propaganda. O sujeito enche a página de anúncios ou delinks patrocinados para cobrir os gastos do site e lucra com o que vende. Isso funcionava bem nas páginas das grandes empresas. Agora nem para elas tem funcionado. A nova maneira, que chamo de Freemium, é oferecer até 90% do produto de graça. Dos que conhecem, 10% subsidiariam a gratuidade dos 90%, já que o produto digital está cda vez mais barato de fazer, armazenar e distribuir. Por exemplo – Nos EUA, a Microsoft dá toda a infraestrutura de software para empresa com menos de três anos de existência. Depois ganha dinheiro vendendo extras e manutenção.

É nítido e necessário que o site de vídeo Youtube siga este caminho rentável, há alguns projetos sendo desenvolvidos. Até porque sua concorrência está cada vez mais acirrada, como mostra a matéria da Revista Veja edição 2118 de 24 de junho de 2009, que apresenta na página 148 em Além do Youtube que existem outras opções competitivas para assistir a vídeos na internet. Na matéria, especialistas apontaram o que há de melhor e de pior nos sites mais acessados no país, por exemplo a baixa qualidade do youtube versus a alta definição do vimeo.

E para enfrentar esta concorrência e dar um start nos lucros, um dos projetos do Youtube para rentabilizar o negócio de vídeos, foi postado, com o título Youtube negocia locação de filmes com grandes estúdios, por Tatiana Foresta no blog Os Números da Internet e consiste no aluguel de filmes que ficariam disponíveis para locação online e os usuários pagariam uma taxa.

A gratuidade na internet não é um modelo certo, mas cobrar por tudo tão pouco é. E o Youtube vem mostrando que – neste sentido, para permancer com alto indíce de tráfego e poder ganhar dinheiro – Crhis Anderson apresentou a estratégia mais equilibrada: o Freemiun.

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