segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RP Stunt Espalhando a Guerrilha.

Por Max Delazeri, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Provavelmente, você está lendo muitas notícias e artigos de revista a cada semana, e provavelmente - sem se dar conta - muitas histórias são o resultado de um inteligente e meticuloso processo pensado. Em muitos casos, um processo de Relações Públicas.

RP se difere da publicidade na sua abordagem. Publicidade é pagar por um espaço ou ranhura em publicações / outdoors / televisão etc. Já a técnica que alguns RPs usam, pode ser chamada de mais esperta. A ideia é obter cobertura da mídia sem pagar e sem parecer publicidade, como a vinculação de um produto a uma notícia, quer descarada ou sutilmente.

Os meios de publicidade tradicionais estão caindo em descrédito e é por isso que se investe cada vez mais em guerrilha e viral. A mensagem não pode parecer publicitária, só assim ela atinge efetivamente o público. E aí que entra o conceito de RP Stunt, algo como produzir uma história estranha, original ou sensacional com a intenção de criar espaços nos meios de comunicação e interesse público, obtendo um maior reconhecimento do produto a ele associado.

RP Stunt também incluí frequentemente o marketing de guerrilha. Fazer RP Stunt é utilizar as melhores ferramentas das Relações Públicas para o marketing. Alinhar uma ação inteligente de guerrilha com uma boa assessoria de comunicação, e assim, garantir o buzz.

As pessoas não são suscetíveis a ler um folheto, como os entregues nas esquinas. No entanto, elas vão lembrar de um bando de Beyonces dancando na rua.



Se este evento dançante aparecer em outro espaço vinculado ao show da Beyonce, BUM, está aí uma ótima maneira de divulgação. Uma parte ajudando a outra. Você coloca as Beyonces para dançar na rua, algumas pessoas vão ver diretamente, junta isso à assessoria de comunicação e um pouco de Relações Públicas e toda a cidade vai ficar sabendo das dançarinas. Ou quem sabe, boa parte do mundo.

Todo mundo sabe que marketing de guerrilha é uma abordagem à publicidade que se baseia em métodos inovadores de passar a mensagem ao mercado. Muitas vezes, altamente segmentado, o marketing de guerrilha funciona através de redes de pessoas, através da palavra, do boca-a-boca e das comunicações eletrônicas provocando a imaginação do mercado. O que algumas pessoas não sabem é do trabalho de Relações Públicas que existe por trás de uma ação de guerrilha e de como ele é importante para gerar buzz.

8 comentários:

A Bordo da Comunicação 20 de outubro de 2009 às 10:15  

"RP Stunt" - muito bom. Sempre aprendemos mais um segmento para a profissão.

abraços,
Cibele

Unknown 20 de outubro de 2009 às 10:36  

O contato com a imprensa é fundamental para para qualquer tipo de ação. E ai vale tudo, usar um "amigo" dentre de um veiculo de comunicação, um ex colega de curso, etc. Quando não temos nenhum conhecido, a tática é escrever um bom release, mandar uma amostra grátis. Seu de empresas que tem uma lista de aniversariantes da imprensa sempre atualizada e todo ano manda flores, bombons, champanhe.

Fabio Procópio 20 de outubro de 2009 às 10:39  

Já ouviram falar do storytelling ? Também é uma técnica nova usada na comunicação, e citada no texto.. a arte de se contar, narrar uma história... isso tem sido muito utulizados nas campanhas de maketing, guerrilha e geram muito buzz....Estou escrevendo um artigo sobre storytelling para a disciplina de semiótica..assim que eu tiver um um pouco mais de domínio no assunto, volto a comentar por aqui...Mas vai de encontro com o que foi discutido no post.

Abraço

max delazeri 20 de outubro de 2009 às 12:50  

O Fabio falou uma coisa certa. A arte de contar uma história, é esse o ponto. Lembrei de um momentos da minha graduação.
Minhas aulas de Redação em RP. Uma professora dizia que um release precisa ser o mais sério possivel, direto, sem firulas. Eu discordava dela dizendo que se a gente não colocar um pouco de "cor" no release ele vai passar e ninguém vai notar. É preciso dar umas "voltinhas" do texto, para chamar a atenção. Essa professora trabalhada em um órgão público, não tinha experiência com o mercado, por isso da pra entender pq ela pensava assim.

Thayse Valéria 21 de outubro de 2009 às 01:16  

Ei Mateus, obrigada. Eu realmente não sabia a fote, recebi o texto por email e não fazia nenhuma citação, se puder me envia o link depois. Obrigada!

Teteu 21 de outubro de 2009 às 02:08  

Mas Fabio, se 'vai de encontro com o que foi discutido no post' quer dizer que vai contrário a tudo que foi postado?

Muito bom o texto e a novidade. Guerrilha + assessoria de comunicação = buzz = mídia espontânea = suceso. hehehe

Fabio Procópio 21 de outubro de 2009 às 10:19  

Hehehe..Não Mateus...me expressei mal..disse que caminha lado a lado com o que foi discutido..no mesmo sentido! ehehe

Abraço

bruh f. 21 de outubro de 2009 às 16:51  

Um professor meu sempre diz que ainda hoje, a melhor propaganda é a de boca-em-boca.
E nada melhor do que utilizar isso, juntamente com técnicas aplicadas, estudadas por profissionais da comunicação.
Se bem feito, não tem erro, é sucesso na certa. Muitas vezes até melhor do que os altos gastos tidos com publicidade.

Abraços,
Bruna Franco

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