sexta-feira, 2 de outubro de 2009

YouTube e suas tendências.

Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista/SP e Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS


O YouTube é um site para compartilhamento de vídeos, fundado em 2005 por Steve Chen, Jawed Karim e Chad Hurley. Em um ano o site obteve grandes repercussões e em 16 de outubro de 2006 foi vendido por US $ 1,65 bilhões para o Google.

Chad Hurley veio ao Brasil na última semana de agosto. No dia 27, o cofundador do site teve 30 minutos reservados para dar entrevistas dentro do escritório do Google e a grande discussão foi se o youtube matará a TV. Bruno Galo, da Agência Estado, fala em Cofundador do YouTube garante que Internet vai matar a TV sobre alguns aspectos da entrevista em que Hurley afirmou que o desafio é uma tendência. O Youtube por exemplo deixou de ser um site para hospedar vídeos engraçados e agora, se adaptando às tendências da internet, é uma grande ferramenta de divulgação, que promove o mercado digital. Nos próximos anos, quando todas as TVs estiverem ligadas à internet, a ideia de assistir a um programa no horário determinado pela emissora estará morta, profetizou antes de dizer que a mídia TV só serviria para veicular eventos ao vivo.

Ao pesquisar sobre o assunto no Youtube é possível encontrar um canal chamado Citizentube é como se fosse um canal para acompanhar o que acontece no Irã, também tem o canal da Casa Branca. Ainda existe um projeto em que os usuários do Youtube poderão ter seu canal customizado, é a versão 2.0 do molde atual, será o Youtube Channels 2.0. Há planos também para explorar novos modelos de peças publicitárias no Youtube, as propostas têm como premissa dividir a receita com a comunidade responsável por vídeos virais de sucesso. Trata-se de uma forma de estimular a criação de bom conteúdo, disse Hurley. A pesquisa realizada pela Eyeblaster sobre A Atenção do Consumidor mostra que é gasto em média somente um minuto por dia com a interatividade dos internautas com a publicidade online. Para Hurley, um dos grandes desafios do Google é tornar o sistema de publicidade ainda mais simples, para fortalecer as ferramentas sociais do site, para aproximar os usuários.

Contudo, na verdade o grande desafio do Youtube que também é do Google e do twitter, dentre outros é como rentabilizar o negócio. No texto de Bruno Galo é possível entender perfeitamente o problema: O YouTube... detém cerca de 70% do segmento, mas ainda não é um negócio rentável... Existe... um grande problema na trajetória meteórica de sucesso do YouTube. O site, que em sua origem chegou a ser comparado ao Napster... simplesmente não dá dinheiro... Para tornar o YouTube lucrativo, Hurley, que garante não sofrer qualquer tipo de pressão por parte do Google para reverter essa situação, aposta em diferentes modelos de negócio para diferentes tipos de conteúdo.

E sobre negócios digitais, na entrevista O Profeta da Economia Digital, concedida à revista IstoÉ edição 2073 de 5 de agosto de 2009, o americano Chris Anderson (autor do livro A Cauda Longa) afirma, em sua mais recente obra, Free, que disponibilizar conteúdo gratuito na rede é mais rentável do que vender. Ele explica que tem duas maneiras para se ganhar dinheiro na internet – A antiga é depender de propaganda. O sujeito enche a página de anúncios ou delinks patrocinados para cobrir os gastos do site e lucra com o que vende. Isso funcionava bem nas páginas das grandes empresas. Agora nem para elas tem funcionado. A nova maneira, que chamo de Freemium, é oferecer até 90% do produto de graça. Dos que conhecem, 10% subsidiariam a gratuidade dos 90%, já que o produto digital está cda vez mais barato de fazer, armazenar e distribuir. Por exemplo – Nos EUA, a Microsoft dá toda a infraestrutura de software para empresa com menos de três anos de existência. Depois ganha dinheiro vendendo extras e manutenção.

É nítido e necessário que o site de vídeo Youtube siga este caminho rentável, há alguns projetos sendo desenvolvidos. Até porque sua concorrência está cada vez mais acirrada, como mostra a matéria da Revista Veja edição 2118 de 24 de junho de 2009, que apresenta na página 148 em Além do Youtube que existem outras opções competitivas para assistir a vídeos na internet. Na matéria, especialistas apontaram o que há de melhor e de pior nos sites mais acessados no país, por exemplo a baixa qualidade do youtube versus a alta definição do vimeo.

E para enfrentar esta concorrência e dar um start nos lucros, um dos projetos do Youtube para rentabilizar o negócio de vídeos, foi postado, com o título Youtube negocia locação de filmes com grandes estúdios, por Tatiana Foresta no blog Os Números da Internet e consiste no aluguel de filmes que ficariam disponíveis para locação online e os usuários pagariam uma taxa.

A gratuidade na internet não é um modelo certo, mas cobrar por tudo tão pouco é. E o Youtube vem mostrando que – neste sentido, para permancer com alto indíce de tráfego e poder ganhar dinheiro – Crhis Anderson apresentou a estratégia mais equilibrada: o Freemiun.

9 comentários:

Mano Delazeri 3 de outubro de 2009 às 09:17  

falando em youtube não podemos deixar de comentar o novo canal do Supremo Tribunal Federal,

http://www.youtube.com/stf

noto que no início o youtube era muito mais entretenimento e vídeos engraçadinhos/pessoais, e agora esta cada vez mais se tornando oficial, um verdadeiro canal de troca de informações entre instituições e seu públicos

Teteu 3 de outubro de 2009 às 14:45  

Para mim o youtube tem mais desafio para transpor do que tendência para seguir, mas claro que é preciso trabalhar os dois lados, pois é preciso ganhar grana e para isso não pode perder tráfego.

Anônimo 3 de outubro de 2009 às 14:47  

Oi pessoal. Adorei o blog. Estou no começo do curso de Relações Públicas e sempre uso materiais aqui do blog nas aulas. Já indiquei para toda minha classe.

Abraços, Juliana

Felipe 3 de outubro de 2009 às 16:51  

Pra ser sincero, fiquei surpreso ao ler a declaracao de que o Youtube nao da dinheiro. Porque algumas pessoas com canais muito acessados, recebem da empresa dinheiro.

Sempre que surge algo novo, comeca a historia do "sera que vai terminar com a coisa mais antiga?". Ja se falou que os livros iram acabar. Ja se falou que o radio iria acabar. Agora a TV. Creio que nao acontecera isso.

Acho que irao se adaptar a nova realidade. E nao acabar. Bom, mudando um pouco do tema mas continuando na ideia do "vai acabar", os LPs estao voltando e crescendo mais que os CDs. Claro que eh pra um publico especifico... mas de qualquer maneira, pra quem achava que estavam mortos...

Felipe

Guilherme Freitas 3 de outubro de 2009 às 21:34  

O Youtube foi sem dúvida nenhuma uma das maiores invenções deste século. Ele surgiu e se espalhou pelo mundo em pouco tempo e a dupla que o inventou hoje está podre de rica. Acredito que o Youtube vai crecer muito e apresentar novidades com o passar dos anos. Abraços.

Guilherme Freitas 3 de outubro de 2009 às 21:34  

O Youtube foi sem dúvida nenhuma uma das maiores invenções deste século. Ele surgiu e se espalhou pelo mundo em pouco tempo e a dupla que o inventou hoje está podre de rica. Acredito que o Youtube vai crecer muito e apresentar novidades com o passar dos anos. Abraços.

max delazeri 5 de outubro de 2009 às 11:39  

Não, matar a tv não vai. Mas que vai deixar ela sem as pernas, isso vai. Alias, já ta deixando, já se investa mais grana na internet do que na tv.

A Bordo da Comunicação 5 de outubro de 2009 às 12:42  

É exatamente o que o Max falou.

Tem um artigo do Paulo Nassar no Terra ele fez quando lançaram o blog Fatos e Dados.

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3834992-EI6786,00-O+encanto+do+blog.html

Em um determinado momento ele diz que "A era exclusiva do rádio, da televisão e da imprensa escrita passou. O agora comunicativo são todas as eras mais o tempo do Eu-mídia, em que pessoas, empresas e instituições são donas das suas próprias mídias. Um tempo de relações públicas intensivas, em que todos são jornalistas, publicitários e relações-públicas."

Não acabará, mas o 'encanto' passará e nós seremos responsáveis pelas nossas mídias.

Abraços,
Cibele

Líviarbítrio. 5 de outubro de 2009 às 22:59  

Também acredito que não vá tirar o lugar da TV, mas concordo com Max e Cibelle. Assim como todas as mídias sociais que iram trazer para a comunicação uma nova forma de fazer comunicação. Aliás, já faz algum tempo e vai melhorar cada vez mais.

Gostei daqui. E obrigada pelos comentários. ;)

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