RP vai acabar?
Por Mateus Martins, estudante de Relações Púlicas da UFRGS
Já pensou em ser glaciologista? é o títudo da entrevista, de Ricaro Lacerda e Marcos Graciana (Portal Amanhã) produzida com Heitor Kuser, Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e Social (IBDES), que fala sobre algumas profissões que começam a despontar e destaca outras que estão em declínio.
Abaixo destaco alguns trechos extraído do polêmico texto:
O mais importante, na verdade, são as pessoas. Se o profissional for de fato profissional, certamente terá destaque em suas atividades, diz Kuser.
Um dos temas que ele mais tem debatido diz respeito à sustentabilidade do planeta. Todas as profissões em que as pessoas estiverem voltadas ao relacionamento institucional, ao compromisso com a sustentabilidade da família, da profissão e do planeta, terão seu espaço garantido, afirma Kuser.
Na indústria, por exemplo, a preocupação não será apenas com o produto final, mas também com a origem da matéria-prima. Todas as áreas demandarão profissionais com essa visão e comprometimento. Não basta o engenheiro químico se preocupar com o que coloca nos produtos se o departamento de marketing da empresa encomendar uma embalagem não sustentável, cita Kuser.
Enquanto nascem novas profissões, algumas outras - bastante tradicionais, por sinal - correm o sério risco de cair no ostracismo. Uma delas é a de relações públicas. As empresas não sabem o que isso quer dizer. Contratando um vendedor, os empresários pensam que ele poderá fazer a função de RP, mas é claro que não terá a técnica necessária, explica Kuser.
Kuser compara o definhamento do mercado de relações públicas com o de jornalismo. Existe uma confusão entre marketing, comunicação e publicidade, critica Kuser.
Se, por um lado, existem profissões que começam a perder valor, muitas outras vão surgindo...ganham destaque os de gestão de patrocínios, gestão de relações com clientes e fornecedores, conselheiro de aposentadoria, designer de games, profissionais de ensino à distância e especialista em segurança de internet.
Alguém entendeu qual o motivo/estudo/pesquisa/análise/hipótese que levou o Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e Social a esta conclusão? Pois todas as afirmações citadas para assegurar a extinção das RRPP apenas - na verdade - reforçam/legitimam/ratificam/apóiam/confirmam a atuação e o papel da profissão! Ou então não é o Relações Públicas o profissional que tem o foco na relação com as pessoas? Ou então não é o Relações Públicas que está compromissado com a sustentabilidade (econômia, social, ambiental) da sociedade e com o relacionamento institucional da marca? Ou então não é o Relações Públicas o responsável por pensar estrategicamente a gestão do diálogo não só com clientes e forncedores, mas todos os stakeholders da organização? Então, o que vocês acham?
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Ainda estamos aguardando a sua foto. O e-mail é ocappuccino@gmail.com. Nada mais sugestivo do que apreciar um delicioso cappuccino neste início de inverno. Não é?!?! Hoje a foto postada é do Lucas, que aproveitou um momento de folga, depois do almoço, no trabalho e enviou a foto comprovando que também é um leitor do blog. Participe também da Promoção.
9 comentários:
Percebo que ele se inclui na porcentagem de empresários que não sabe o que significam as relações públicas...Mais um !
Abraço
Fabio Procópio
Lamentável saber que o Sr. Heitor Kuser engorda a entatística dos executivos que não sabem o que o Relações Públicas faz. Recomendo ignorar... Pois não vale a pena se preocupar com um texto sem pé nem cabeça.
Abração!
Oi, Mateus!
Percebe como esse Sr. Kuser se contradiz, "chutando" a extinção da nossa profissão e, ao mesmo tempo, elencando resultados que dependem quase que exclusivamente das técnicas de RP? Olha só:
"Todas as profissões em que as pessoas estiverem voltadas ao relacionamento institucional, ao compromisso com a sustentabilidade da família, da profissão e do planeta, terão seu espaço garantido".
"... os empresários pensam que ele poderá fazer a função de RP, mas é claro que não terá a técnica necessária".
Na real, não entendi o posicionamento dele, pois afirma, antes de tudo: "Se o profissional for de fato profissional, certamente terá destaque em suas atividades".
Palmas ao digníssimo Sr. Kuser! Conseguiu falar, falar, falar e não dizer nada.
It's boring, very boring!
Abraço
meninos e meninas (colaboradoras), gostei da ideia de premiarem a foto com o capuccino.
beijocas e obrigada por prestigiarem sempre o Oras Blog!
Parabéns ao O capuccino, por um ano de blogosfera. Tenho orgulho dessa nova leva de RPs.
Olá pessoal do blog, sou estudante de RP na PUCRS e conheci o blog através do "Mano", acompanho todas as matérias e adoro o blog, indico ele, inclusive. Quanto à entrevista com o Sr. Heitor Kuser, realmente ele se contradiz em várias partes, nossa profissão ainda não é reconhecida como deveria, pois a matéria prova isso. Infelizmente a maioria das pessoas cita nossas funções de RP como sendo muito importantes dentro de uma organização, esquecendo de citar que é o Relações Públicas que exerce essas funções, ou melhor, é o profissional que está realmente preparado para exercê-las. Eu, seguido vejo vagas para estudantes de ADM, tendo como funções as atividades que o RP deveria fazer, ou ainda nos chamarem para vagas "comerciais". E eu concordo com a parte que ele diz que os empresários, donos de grandes empresas, ainda desconhecem a nossa profissão, confundem muito. Resta a nós fazermos o nosso papel, nos tornarmos cada vez mais presentes nas organizações e mostrarmos o nosso trabalho e a importância dele. Se a maioria das profissões consideradas promissoras está na área de relacionamento com pessoas, quem melhor para atuar nessa área que nós, os "Gestores da Comunicação", não é mesmo?! Parabenizo o pessoal do blog pelo teor das matérias e pelo aniversário de 1 ano, pois são iniciativas como essa que ajudam a divulgar cada vez mais essa nossa apaixonante profissão. Obrigada e abraços a todos vocês.
É pessoal, e o pior é que esta visão do Senhor Kuser se reflete na visão de muitos empresários. Mas nossa (futura para mim) profissão já está sendo valorizada, como citou Betânia "Resta a nós fazermos o nosso papel, nos tornarmos cada vez mais presentes nas organizações e mostrarmos o nosso trabalho e a importância dele".
Abraços,
Mateus d'Ocappuccino
Eu comecei a ler as posições do Senhor Kuser e comecei a achar que eu não sabia mais o que minha futura profissão faz, heheheh
É uma pena que ele pense assim e acho que cada vez mais teremos espaço, principalmente se as colocações que ele fez estiverem certas
Abraço! Adoro o blog!
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