quarta-feira, 15 de julho de 2009

Margarida Kunsch no programa Rede Mídia.

Por Rita Randazzo estudante de RP da UNISINOS e gerenciadora ComunicaRS e Mateus Martins, estudante de RP da UFRGS

O post de hoje, escrito em parceria, apresenta
nossa mais nova colaboradora, Rita Randazzo,
que aproveita a entrevista da Margarida Kunsch
para mostrar o programa Rede Mídia produzido
pela emissora estatal de Minas Gerais - Rede Minas.


O objetivo do programa Rede Mídia, da Rede Minas, é ser um fórum de debates sobre todas as nuances e formatos da comunicação. A Rede Minas é uma TV de caráter cultural e educativo que está integrada à política cultural do Estado de Minas Gerais.

A
entrevistada deste 09 de julho foi Margarida Maria Krohling Kunsch. Todos já leram alguma vez, em alguma cadeira, algum texto da Kunsch. Claro que se fossemos implementar todos os pressupostos de comunicação organizacional da Professora Doutora, nos tornaríamos os donos das empresas. E ela não tem certa razão?

As relações públicas no país, a comunicação como área estratégica das organizações, as tendências de mercado e as mudanças de paradigmas na comunicação são alguns dos temas que podemos conferir neste trecho do programa.

Indagada pelo entrevistador sobre o papel do RP hoje, Kunsch ministrou uma pequena aula: ...ele tem um papel que ultrapassa os limites da empresa... as organizações tem um compromisso público também, então ele justamente vai fazer esta mediação e não pode defender só os interesses da empresa ou das organizações das quais ele venha trabalhar, ele precisa também pensar nos públicos que estão envolvidos respeitando e tentando buscar um equilíbrio... é difícil este trabalho - interrompe o entrevistador (claro que é, se fosse fácil não estudaríamos Kunsch, França, Andrade, Marchiori, Grunig e outros) ... é difícil,
é o que nós defendemos é a questão da comunicação simétrica, a gente sabe que na prática isso não é facil, então vejo como grande desafio buscar este entendimento e que cada um ceda um pouco, o que é a busca de um consenso, um consenso que seja bom para os dois lados...

Questionada sobre a atuação estratégica dos profissionais nas empresas, Kunsch afirma: ... eu acho que está na hora de ter uma consciência de que é uma área estratégica e que ela precisa ser considerada como as demais áreas...e nós já temos muitos, inclusives ex-alunos meus, que estão hoje com cargos de direção, diretora de comunicação, muitas mulheres inclusive, então nós temos aíi um numero significativo de colegas nossos da area que estao dirigindo a comunicaçao, que estão participando das decisões estratégicas... Abaixo você pode acompanhar um trecho da excelente entrevista e conheça um pouco mais sobre os ideias de uma das grandes pensadoras e autoras de relações públicas.

8 comentários:

Thayse Valéria 15 de julho de 2009 às 23:01  

Sou muito fã dessa mulher!!! Mas acho q ela é melhor escrevendo do que falando, acho q ela tava nervosa, poderia ter sido mais enfática.

PAULA SALOMÃO 16 de julho de 2009 às 00:27  

Eu não sou tão a dela assim, não... Depois de formada e efetivamente aplicando meus conhecimentos de RRPP, passei a ver que o mundo dos "estrategistas da comunicação" não é um morango, como ela pinta em seus livros. Acho que a teoria de Kunsch é muito, muito distante da realidade, extremanente generalista e difícil de aplicar ao dia-a-dia que vivenciamos nas organizações onde trabalhamos.

Abraço!

max delazeri 16 de julho de 2009 às 09:20  

Kunsh sofre do mesmo mal que algumas professoras das nossas faculdades, o academicalismo ou academicite. Tanto, mas tamto tempo na acadmina (e essa academia que eu falo não é a quela que deixa o corpo em forma) que a pessoa perde um pouco do "mundo real". Mas devo admitir que no Brasil, se não falarmos em Kunsh, não estamos falando em RRPP.

A Bordo da Comunicação 16 de julho de 2009 às 09:37  

A Kunsch merece todo o respeito do mundo, tem uma experiência gigante.
Só me colocando em relação ao comentário da Tayse - a professora fala muito bem, ela é muito calma, acredito que este momento foi atípico a posição que ela costuma ter.

Nós estudamos muito a Kunsh na universidade que estudo, é quase Deus no céu e Kunsh na Terra, porém não acredito neste mundo perfeito para RP que ela "prega".

Um dos meus professores Fábio França, tbm citado neste post, fala bastante sobre o amplo campo a ser explorado pelas Relações Públicas e com isso acabamos tendo grandes responsabilidades que nos são postas em destaque na importância de nossa formação de lideranças, mas para que desempenhemos um papel relevante dentro da organização temos que colocar os pés no chão e sempre trabalhar em conjunto com outras áreas da comunicação. Nem sempre precisamos "tornarmos donos" da empresa e sim ficar ao lado deles, principalmente nas relações humanas. A partir desta teoria, concordo com o comentário da Paula.

Abraços,
Cibele (blog - A Bordo da Comunicação)

Mano Delazeri 16 de julho de 2009 às 10:03  

uns dos primeiros textos que li na faculdade sobre a área de RP foi da Kunsch, impossivel falar de RP no Brasil sem falar dessa senhora, já tem milhares de publicações,


e fiquei sabendo que ela acabou de lancar mais 3 livros da área

Ocappuccino.com 16 de julho de 2009 às 10:13  

Que legal, muitos comentários envolvendo nossa grande pensadora. A ideia que tenho da Kunsch é essa mesma, pois uma professora nossa nos falou que encontrou kunsch em um congresso no méxico e que ela falava baixinho e gaguejava e ainda nos indagou 'como pode uma mulher que escreve tão bem a respeito das relaçoes públicas ter essa característica?'. Isso vai ao encontro do que penso, para ser um bom rp nao precisa ser um bom comunicador, mas é preciso saber se comunicar é claro.

E tem aqui nos comentários muito mais critícas do que elogios, o que me surpreende. A distancia entre o mercado e a universidade pública principalmente é imensa e kunsch prega um mundo ideal, que talvez todos nós acreditemos, mas que vivenciamos as dificuldades de implementar na prática, mas gosto disso nela, é o alter ego da nossa profissão.

Abraços,
Mateus d'Ocappuccino

Jacke 16 de julho de 2009 às 12:14  

Quando eu entrei na faculdade só se falava em Kunsch, agora já estou no meio do curso e continuamos só falando em Kunsch.

Vane Gomes 23 de julho de 2009 às 23:51  

Kunsch, para mim uma pensadora, nada mais. Desde a faculdade eu não consigo encontrar relação entre as teorias de seus livros e o mercado. Além de fora da realidade de mercado, acho os argumentos dela superficiais. Acredito na profissão de Relações Públicas e defendo com unhas e dentes, mas tenho certeza que ainda precisamos nos desenvolver muito para alcançar essa posição estratégica dentro da empresa. Para isso, o RP deve sair do seu mundinho idealista e solitário e se capacitar para o mercado. Conhecimentos além dos comunicacionais (gestão, finanças, impacto econômico das ações de RP, sustentabilidade, política, processos, qualidade, entre outros) devem ser desenvolvidos para alcançar uma posição de destaque. Não é mais possível obter reconhecimento apenas com a visão de RP (imagem e relacionamento).
Com todo o respeito do mundo, acho que precisamos de teóricos mais informados a respeito do mercado capitalista, pois, como disse a Paula, o mundo não é um morango.

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