quarta-feira, 30 de junho de 2010

Passado: obsolecência ou tendência?

quarta-feira | 30 de junho de 2010

Você é daquelas pessoas que, quando surge uma modinha, logo se adapta ou custa a aceitar certas modificações? Esse assunto foi abordado pela ISTOÉ da semana passada.

Sabemos que surgem aparelhos com novas tecnologias quase que diariamente. Há pouco acompanhamos o lançamento do iPad que vendeu mais de 300 mil unidades nas primeiras 24h, com filas enormes de espera. Depois, o mesmo aconteceu com o iPhone 4, lançado há pouco em alguns países e vendeu, em três dias, cerca de 1,7 milhão de unidades.

Assim como existem pessoas desesperadas por lançamentos, há também aqueles que resistem a isso. Essa turma não é pequena como muitos pensam. Essa mania já está se disseminando. Eles curtem muito mais bater fotos em câmeras de filme do que nas digitais, alguns até dispensam o computador para utilizar a velha máquina de escrever. Os fãs de música preferem ouvir discos de vinil do que CDs ou DVDs e tem ainda os que gravam músicas em fitas de cassete. Bandas inclusive já estão se adaptando à realidade dos apegados ao passado e estão relançando seu repertório nas K7.

Têm outras que voltam mais ainda e estão resgatando os discos de vinil, objeto de fetiche de muitos fãs. O que também colabora com a volta do chamado LP é a crescente desilusão com o som do CD e do MP3. Dizem que o CD tem seu áudio límpido, mas excessivamente magro (e às vezes metálico). Com o vinil, a variação vai de precisa a cheia, dizem os engenheiros de masterização. E se ainda está achando que a venda de vinil é um mercado pequeno, engana-se! Só nos EUA, uma pesquisa da Nielsen Soundscan documentou um crescimento de mais de 100% em 2008, e algo em torno de 40% em 2009. Outro fator que me faz acreditar nesta tendência é que a única fábrica desse tipo de discos da América Latina, a Polysom, reabriu suas portas no começo desse ano, na Baixada Fluminense.

Temos aí mais um mercado de nicho! Mas antes de explorar, primeiro temos que entender o porquê deste movimento ao retrô. Na revista, o professor Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV levanta uma reflexão importante deste comportamento: Nasce uma ‘cultura de resistência’ que resgata mídias que ficaram obsoletas, mas que não perderam a sua poesia. Os adeptos a esse tipo de pensamento alegam que as pessoas estão perdendo a materialidade das coisas, e dão mais valor ao fato de poder tocar e pegar no objeto.

Cultura da resistência! Mas essa cultura faz parte de um modismo cíclico como é a moda que muitas vezes busca tendências no passado? Vivemos numa época em que o cult é apreciado, mas por quê? Também somos uma sociedade da cultura pirata (no sentido de cópia), então este consumo revival faz parte deste copy paste dos norte americanos ou é uma identidade nossa, própria e voltada às origens? É só mais um modismo passageiro (um capricho) de colecionadores ou é uma tendência que pode ser percebida em outra áreas (conhecem o Novo Uno)? Será que já descobrimos tudo e percebemos que éramos felizes e não sabíamos?

E as mídias sociais, com todo este dogma de relacionamento + participação, irão se tornar mídias obsoletas em quanto tempo? Porque com tudo tão efêmero, tão descartável, por quanto tempo você quer seguir, ler ou conversar com a mesma pessoa? Por quanto tempo aquela pessoa ou aquela marca é relevante pra você? Quanto tempo dura uma nova informação hoje? Não dura, ela já nasce com o prazo de validade vencido. E por fim, como devemos trabalhar e nos beneficiar disso tudo, pois certamente se abre um novo mercado, um novo consumo?

Eu não tenho estas respostas. Já nasci nesse mundo em que o tempo não se mede no relógio e sim em bits. Um mundo de obsolescência programada, de invenções a todo instante. Não tenho apego pelo passado, por tecnologias e objetos ultrapassados - às vezes até me esqueço que algum dia já existiu disquete. Sou louca por novas tecnologias e quem me dera poder ter todas elas! Será que estou ficando obsoleta? E você?

_ _ _

domingo, 27 de junho de 2010

Hoje tem prova, vai cair Steve Jobs.

segunda-feira | 28 de junho de 2010

* * *
Post Editado

Tudo que estiver escrito em vermeho foi escrito depois da publicação do texto.

Todo mundo fala em conhecimento colaborativo, em interação, em envolvimento, então vamos ver se este negócio funciona mesmo na prática. Falam até que é preciso revisar os 4 Ps do marketing, porque na verdade já existe um quinto P: a participação. Será mesmo? Pois, hoje vou testar a audiência do blog Ocappuccino e ver se vocês são mesmo tão participativos ou isso tudo é apenas teoria do slideshare. Neste link dá para ver o resultado deste teste, #fail devido ao pouco número de participantes. 4 participações somente. Obrigado a Lu Audrey, ao Diego Paulista, a Marília e a Andressa Carrasqueira.

É uma brincadeira nenhum pouco criativa que envolve um dos mitos da inovação atual: Steve Jobs. Ele é exemplo de criatividade + negócio o que se comprova com com o sucesso de vendas do iPad e do iPhone 4. Garanto que você já citou o nome dele em algum trabalho ou apresentação, eu também já citei várias vezes.

Então agora vamos ver se você conhece mesmo Steve Jobs. Para provar basta participar da brincadeira. E claro, ninguém participa de nada se não enxergar alguma forma de recompensa, então quem participar irá receber por e-mail a edição em pdf do livro A Cabeça de Steve Jobs, escrito por Leander Kahney em 2008 (para deixar com vontade de ler, ao lado posto a imagem da orelha da obra).

A dinâmica é nada mais nada menos do que a prova que fazemos desde o colégio e que nos acompanha até a faculdade. Aquele velho teste com questões de marcar e responder. Atenção: todos que comentarem e participarem, por favor, coloquem o e-mail para que possa enviar o livro.

Ah, na quarta-feira irei editar o post e colocar as respostas corretas. Como as questões são formuladas a partir do livro, também darei um print screen em cada página para comprovar a resposta. As respostas estão logo abaixo e o link para comprová-las estão aqui. Vou postar junto a pontuação de cada participante ;) Cada acerto vale 1 ponto. O ranking ficou assim: Em 1º ficou Marília com 5 acertos. Empatados em 2º ficaram Lu Audrey e Diego Paulista com 4 pontos (mas tenho quase certeza que o Diego colou da Lu) e om 4º lugar restou para Andressa com 3 acertos :( Mais uma vez obrigado e estão todos de recuperação :D hehehe. Vamos lá:

1. Que ano foi lançado o Mac original?
1984

2. Em 1995, o pequeno estúdio particular de cinema de Jobs, Pixar, fez o primeiro filme totalmente animado por computador que se chama Toy Story.

3. Agora, aos 50 e poucos anos, Jobs vive calmamente, com privacidade, com sua esposa e seus:
a) ( ) três filhos e um gato
b) (X) quatro filhos
c) ( ) três filhos
d) ( ) dois fihos e um iPhone4
e) ( ) dois filhos e um cachorro

4. Em 1984, A agência TBWA/Chiat/Day criou, com colaboração de Jobs, o lendário anúncio da Apple para o primeiro Mac. O anúncio, tinha o nome de "Pense Diferente" e foi veiculado durante o Super Bowl.

5. Quando lançou o iTunes, em 2001, no auge do compartihamento de arquivos via web, muita gente perguntou como a loja iria competir com a pirataria. Por que alguém gastaria um dólar por uma música, quando poderia obter a mesma música de graça? Então, qual foi a resposta de Steve Jobs a essa pergunta e que foi um dos fatores de sucesso do iTunes?
a) (X) "experiência do consumidor"
b) ( ) "baixo preço das faixas"
c) ( ) "acesso a faixas bônus"
d) ( ) "variedade de artistas"
e) ( ) "promoção de vendas"

6. Qual frase famosa é atribuida a Jobs?
a) ( ) "Se você não sabe aonde ir, qualquer lugar serve."
b) ( ) "Devo o meu sucesso a ouvir respeitosamente os melhores conselhos e depois fazer o contrário."
c) ( ) "Se eu perguntasse a meus compradores o que eles queriam, teriam respondido que era um cavalo mais rápido."
d) (X) "As pessoas não sabem o que querem."
e) ( ) "Se você desenvolve os hábitos do sucesso, você fará do sucesso um hábito".

7. Apesar do sucesso das campanhas da Apple, como por exemplo o "Sou um Mac/Sou um PC", nem todos adoram a publicidade da marca. Seth Godin, autor de vários best-sellers sobre marketing, disse que a publicidade da Apple muitas vezes foi medíocre. “A maior parte da publicidade da Apple me deixa indiferente. Não tem sido eficiente. A publicidade da Apple trata mais de agradar quem já é usuário de seus produtos do que de atrair novos usuários. Se você tem um Mac, vai adorar a publicidade da Apple porque ela diz: 'Eu sou mais esperto do que você.' Se você não tem um Mac, ela diz: 'Você é burro.'"

8. Na Apple há um grupo chamado de F.O.S - Friends Of Steve, pessoas importantes próximas a Jobs que devem ser tratadas com respeito e, às vezes, com cautela: nunca se sabe o que poderá ser passado adiante. Eles não são necessariamente dos escalões da alta administração — são às vezes colegas programadores ou engenheiros que têm alguma ligação direta com Steve Jobs.

9. "A __________ vem das pessoas encontrando-se nos corredores ou telefonando umas para as outras às 22:30h com uma nova idéia, ou porque perceberam algo que evidencia as falhas em nossa forma de pensar um problema. Vem de reuniões improvisadas de seis pessoas convocadas por alguém que descobriu algo novo e sensacional e quer saber o que os outros acham da sua ideia." Essa frase de Steve Jobs de onde vem a:
a) ( ) motivação da Apple
b) ( ) criatividade da Apple
c) ( ) rentabilização da Apple
d) ( ) cultura organizacional da Apple
e) (X) inovação da Apple

10. O processo para batizar o iPod foi interessante. Steve Jobs contratou Vinnie Chieco, um freelancer, que tinha a tarefa de encontrar um nome. Ao descrever o player, Jobs muitas vezes se referia à estratégia do hub digital da Apple: o Mac é um hub, ou ponto central de conexão, de muitos dispositivos. Isso fez Chieco começar a pensar em hubs como objetos aos quais outras coisas se conectam. O ápice do conceito de hub, para Chieco, seria uma espaçonave. Você pode sair da espaçonave em uma nave menor — um pod (casulo) —, mas precisa retornar à nave-mãe para obter combustível e comida. Então mostraram a ele um protótipo do primeiro iPod, com sua frente despojada, de plástico branco. "Assim que vi o iPod branco, pensei no filme "2001 uma odisséia no espaço", disse Chieco. Há um momento conhecido no filme em que um dos astronautas diz, em inglês: "Open the pod bay door, Hal!".

Agora é fácil, só comentar e participar. É uma grande brincadeira, mas não deixa de ser uma disputa. E não se esqueça, quem participar já irá receber o livro do Steve Jobs em pdf. Estou enviando agora para os quatro participantes. Não é pra subestimar ninguém, mas vou fazer um primeiro exemplo nos questionários para exemplificar a mecânica. Boa sorte!

_ _ _

sábado, 26 de junho de 2010

O Relações Públicas está preparado para o cenário multimídia no Brasil?

sábado | 26 de junho de 2010

Uma das práticas que mais transformam o cenário do trabalho é o da comunicação. Dado o desenvolvimento da tecnologia e sua importância para as organizações que apostam no poder das tecnologias da informação e da comunicação, a questão que se coloca é: Será que os cursos de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas do Brasil estão preparando os acadêmicos para este cenário da multimídia? Qual a carga horária destinada a esta área, com quais nomenclaturas, a área e formação dos docentes que lecionam estas disciplinas, entender quais foram as alterações curriculares que ocorrem nos últimos anos e quais as perspectivas em relação a esta área de atuação?

Estas temáticas serão desenvolvidas na Tese de doutorado em Comunicação pela PUC-RS, em elaboração, com a orientação da prof. Dr.ª Cláudia Peixoto de Moura. O objetivo principal é verificar como as faculdades/universidades de Relações Públicas do Brasil estão tratando a área de multimídia nas grades curriculares.

Segundo recente divulgação do Ibope¹, no Brasil cerca de 97% das empresas brasileiras estão conectadas à internet. Outro dado do instituto foi o tempo médio por usuário, que em de fevereiro de 2010 era de 4 horas e 28 minutos. No contexto organizacional de constantes mudanças tecnológicas, há exigência de um profissional de comunicação preparado.

Uma das grandes novidades surgidas no ensino superior do Brasil na área de Relações Públicas. No sul do Brasil, por exemplo, temos a criação do curso de Relações Públicas com Ênfase em Multimídia pela Universidade Federal de Santa Maria, através do campus avançado de Frederico Westphalen. A Unisinos já trabalha com ênfase em Gestão e Eventos. A UFRGS alterou o currículo e o atualizou, inserindo disciplinas de multimídia, seguindo a evolução tecnológica.

Neste sentido um curso de Relações Públicas com ênfase em Multimídia torna-se importante de modo a estabelecer uma melhor e maior interação entre sociedade e Organizações (não governamentais, privadas ou públicas), propiciando trocas de informações entre estas instituições e seus públicos (interno e externo). Outro curso com ênfase foi criado e será oferecido a partir de 2010-2 na Unipampa (Universidade Federal do Pampa) no campus de São Borja-RS, com foco em Produção Cultural.

Neste cenário, se a área de Relações Públicas não estiver preparada outras irão entrar como gestores. O processo de comunicação sofre alterações. Alguns autores estão chamando de comunicação digital integrada este novo cenário que se apresenta, no qual as características de web 2.0, no qual o espectador tem mais acesso a diferentes fontes de informação e ferramentas de interação. O trabalho da Tese está neste ano na sua primeira etapa que consiste no levantamento bibliográfico. Na segunda, que deve acontecer em 2011, será aplicado um questionário em todos os cursos de Relações Públicas do Brasil para aprofundar a questão.

Texto escrito com exclusividade para o blog Ocappuccino por Valmor Rhoden, Professor Substituto do curso de Relações Públicas da UFSM e doutorando em Comunicação pela PUCRS. Para entrar em contato com o autor, envie e-mail para vrhoden6@gmail.com

¹ Dados do Ibope Nielsen On-line em julho de 2009. Disponível aqui e acessado em 25 ago. 2009, às 23:00.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

VamosÀsCompras.com.br.

quinta-feira | 24 de junho de 2010

Sábado passado, dia 19/06, lá estava eu (na foto bem à direita), a colaboradora itinerante d’Ocappuccino, em mais um evento de comunicação também itinerante, o Bate Papo sobre e-commerce. Mesmo debaixo de chuva e com alguns probleminhas aéreos (né @upalupa) resolvidos a tempo.

Praticamente todos os participantes já tinham exercido algum trabalho na área de comércio eletrônico, só eu que ainda não tinha me aventurado na área, mas o que me salvou no dia (risos) é estar cursando Relações Públicas, mesma formação do primeiro palestrante, Bruno Berezaga, Gerente de contas da Dinamize. E foi assim que iniciou nosso bate papo, todos falando sobre sua área de atuação.

E-mail marketing que ainda dá certo
Bruno (na foto abaixo ao meu lado) começou falando sobre as ferramentas utilizadas por empresas que trabalham com o comércio eletrônico. Citou semelhanças e falou da efetividade do panfleto e do e-mail marketing, que por incrível que pareça são soluções simples e que ainda dão resultado. E para ilustrar que não necessariamente se obtém sucesso apenas com ações mirabolantes, o palestrante nos contou sobre a chuva de twix #fail.

O e-mail marketing é responsável pelo maior retorno sob investimento (ROI digital). Mas como garantir este retorno > Regra número 1: enviar mais que uma simples oferta e ofertar conteúdo relevante. Alguns números da agência: 15% de retorno através do tradicional e-mail marketing (média clientes Dinamize); 1,8% de carros Peugeot foram vendidos por e-mail marketing (130 carros em 30 mil disparos); 15% das vendas do varejo são realizadas por e-mail marketing; 73% dos consumidores pesquisados compraram porque receberam e-mail marketing.

Qual o segredo do sucesso do e-mail marketing? #1 Planejamento de comunicação; #2 Criação da base; #3 Criação do e-mail; #4 Envio em massa do e-mail através de uma ferramenta profissional.

Mas #comofaz? O primeiro passo para um e-mail marketing de sucesso é a criação da base de e-mails e o segundo é fazer o cadastro, a partir desta base de e-mails, dos clientes da loja física e virtual. Este cadastro deve ser formado logicamente por pessoas que conheçam seu trabalho. Para os que estão iniciando no comércio eletrônico a dica é fazer ações com a sua própria rede de contatos, presenteando com brindes quem indicar uma quantidade de contatos dos amigos, por exemplo.

+ duas dicas da Dinamize (empresa que o Bruno trabalha) > 1 Título do e-mail com data de expiração aumenta em 39% as taxas de leitura; 2 Geralmente são lidos os 35 primeiros caracteres do assunto do e-mail e eu achava 140 caracteres pouca coisa.

Todas as dicas acima de nada adiantam se a ferramenta utilizada para envio não for profissional. Além de dar mais credibilidade, elas evitarão os spams e serão gerados relatórios para que se possa otimizar o serviço cada vez mais. Utilizando uma ferramenta de qualidade é possível avaliar o público que é destinado o e-mail, a arte mais apropriada, melhor dia e horário de envio, conteúdo do e-mail, assunto, etc. Precisamos entender porque as pessoas não querem mais receber nossos e-mails, e óbvio, ter argumentos para que elas leiam o 36º, 37º, 38º ... caracteres pelo menos. Por isso é necessário também identificar e trabalhar os MEM – Multiplicador de E-mail Marketing, e tratá-los com carinho, buscando o auxílio deles nas ações. Última dica simples que dá muito certo > Programe novas ações baseadas em cliques e visualizações!

Lembrem-se > Nesse mundo virtual do e-mail marketing trabalhamos com 3 públicos: a Quem não quer receber nosso e-mail; b Quem quer receber nosso e-mail (geralmente amigos, familiares e conhecidos); c Quem não se importa de receber nosso e-mail (esse sim é o cliente mais importante e que deve ser trabalhado).

E-commerce e as redes sociais
Foi nesse clima de comércio eletrônico e já pegando a deixa do Bruno que a Lígia Dutra, editora do blog UpaLupa, gestora do e-commerce da NKStore, evangelizadora e representante do byMK (rede social brasileira de moda e estilo), professora da ESPM no curso Passo a passo da inovação no comércio eletrônico (UFA).

Lígia começou perguntando ao público presente o que seria o e-commerce (qualquer transação eletrônica) e a diferença entre o i-commerce, que é vender e realizar todos os processos da venda pela internet. Mas UpaLupa ressalta que a internet, apesar de estar em evidência, é apenas um canal dos muitos que existem mundo afora, até porque existe o contato por telefone e o pessoal. No i-commerce a loja fica aberta 24 por 7 e é necessário agüentar a demanda:

Abandone o papel, tudo o que puder transformar em bytes, faça! Deixe a parte chata para o computador fazer.
Como usar as redes sociais a favor dos negócios? Deve-se agregar a loja virtual com a física, e não utilizar somente as redes sociais, mas também o impresso, a TV, o móbile, podcast, eventos, os sentidos (multicanal), a experiência e a inovação (idéia que se paga). O consumidor necessita da experiência para sentir a marca. Através da interatividade como acontece na rede social de moda ByMK, em que os usuários se cadastram e podem montar seus looks com roupas de várias marcas e lojas, inclusive com acessórios e planos de fundo personalizados. Mais do que é uma brincadeira, essa rede social é um sucesso entre os usuários, que utilizam como hobby, e as marcas que ficam em evidência no site. A premissa é: dar o poder na mão do público.

O evento teve seguimento com uma dinâmica para revelar o lado criativo de cada participante, onde a partir de um problema eram sugeridas idéias de como empreender através das redes sociais e do comércio eletrônico. O grande objetivo da idealizadora do bate papo é de colaborar com a formação de empreendedores on-line, trabalhando sempre de forma interativa, imparcial, transparente e responsável. E para isso foi aberto um convite ao grupo para que dessem seguimento a este formato de evento aqui em Porto Alegre, o grupo acatou a ideia e realizará a próxima edição no dia 31 de julho, com local e convidados ainda a definir. Mais perto da data avisaremos ;)
_ _ _

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Entrevista com Analisa Brum: por que o Endomarketing é uma forma de fazer Comunicação Interna.

segunda-feira | 20 de junho de 2010

Se você trabalha ou pretende atuar na área de Comunicação Interna e Endomarketing, já deve saber que o sucesso de uma campanha depende do alinhamento das ações de Comunicação com os objetivos e valores da Organização. Além disso, a efetividade das ações é medida de acordo com o grau de motivação e engajamento do público, e para isso é preciso superar barreiras, que podem ir desde a cultura da empresa (muitas vezes engessada e conservadora demais ) até a ampla diferença no perfil dos funcionários (área de atuação, nível de escolaridade, faixa etária etc.).

Todas transformações que estão ocorrendo na estabilidade econômica e no comportamento das gerações afetam diretamente o relacionamento empresa-empregado, e exigem que o profissional de Comunicação e Marketing se adapte e se atualize rapidamente para acompanhá-las. Para entendermos um pouco mais as tendências destas mudanças e seus impactos, entrevistei a especialista em Endomarketing Analisa de Medeiros Brum.

UM POUCO SOBRE @analisahh
A
nalisa estuda e trabalha com Endomarketing desde o início da década de 90, tendo fundado em 2000 a agência de Endomarketing HappyHouse Brasil considerada benchmarking na área e responsável por contas como Gerdau, Vale, Lojas Renner, Gol, Braskem, Seara e IBM Brasil. Já publicou livros que são referências no Brasil e no exterior: Endomarketing, 1994; Endomarketing como Estratégia de Gestão, 1998; Um Olhar sobre o Marketing Interno, 2000; Respirando Endomarketing, 2003; Face a Face com o Endomarketing, 2005; e Endomarketing de A a Z, 2007.

O ENDOMARKETING E A COMUNICAÇÃO INTERNA HOJE

Ocappuccino:
Conforme tu disseste na última palestra que ministrou na AMCHAM, hoje as empresas estão reduzindo o investimento com Endomarketing e apostando mais na Comunicação Interna. Na tua opinião, por que isso está acontecendo e quais os impactos dessa mudança dentro e fora das organizações?
Analisa Brum: É uma questão de custos. Se a empresa possui um processo estruturado de Comunicação Interna, com canais definidos e atuantes, pode trabalhar a informação sem ter que investir em grandes campanhas de Endomarketing. O impacto disso é difícil de ser mensurado, pelo menos num curto prazo. Mas acredito que as empresas não venham a sofrer muito com isso. O importante é não deixar de trabalhar a informação.

Ocappuccino:
Como o Endomarketing colabora para a efetividade da Comunicação Interna e vice-versa?
Analisa Brum: O Endomarketing é uma forma de fazer Comunicação Interna com técnicas e estratégias de Marketing. Não dá para dizer que um colabora com o outro ou vice-versa. Na verdade, são duas formas de se trabalhar a informação dentro da empresa. O ideal é usar as duas em momentos adequados.

Ocappuccino: Por que a Comunicação Interna tem que ser encarada como uma estratégia de gestão?
Analisa Brum
: Porque o público interno é o grande ativo das empresas. Hoje, se a empresa não trabalhar a informação internamente, não terá como conseguir o alinhamento das pessoas a sua estratégia. As pessoas precisam estar cientes dos objetivos, estratégias e resultados da empresa. A Comunicação Interna e o Endomarketing servem para isso.

Ocappuccino: Os objetivos do Endomarketing mudaram bastante se comparados com alguns anos atrás. Você acha que isso está relacionado à entrada da Geração Y nas empresas? Por quê?
Analisa Brum: Penso que não especificamente. A Geração Y é um segmento de público interno. Mas existem muitos outros. A Comunicação Interna e o Endomarketing mudaram porque o contexto das empresas mudou e, consequentemente, seus objetivos e desafios. Os segmentos de público interno sempre terão suas próprias características que precisam ser levadas em consideração. A Geração Y é apenas um deles.

Gostaria de agradecer a Analisa pela disponibilidade em conceder a entrevista, e a Helena (funcionária da HappyHouse Brasil) que me atendeu gentilmente no evento da AMCHAM, onde as encontrei.

_ _ _

sábado, 19 de junho de 2010

Cala Boca Galvão faz a Globo se virar nos 30”.

sábado | 19 de junho de 2010

Título infame esse acima, mas ele exemplifica bem o episódio ocorrido com a emissora na última semana. Uma piada velha afinal quem nunca falou mal do Galvão Bueno que atire a primeira pedra, ou deixe o primeiro comentário , mas que tomou proporções internacionais na semana que passou, sendo comentado até mesmo nos tradicionais The New York Times, La Repubblica e El Pais.

Se você é um workholick e/ou estudante em tempo integral e está mais perdido que cego em tiroteio nesse assunto ou perdeu o momento célebre em que a Globo resolveu mudar a tática, segue a matéria passada no Central da Copa (@centraldacopa) na madrugada dessa quarta-feira.


Todos estamos cansados de saber que a Rede Globo fazia vista grossa quando se tratavam das piadinhas e reclamações do narrador esportivo mais amado e odiado do país. Até mesmo na copa do mundo as faixas que exibiam um caloroso Cala Boca, Galvão em meio a torcida, eram cuidadosamente evitadas na sua transmissão. Até onde essa atitude pode ser perigosa pra uma empresa, principalmente em tempos em que a as redes sociais estão ganhando força? E, principalmente, no que a internet pode contribuir na construção e desconstrução de marcas? Essas perguntas estão longe de ser respondidas (ainda mais por mim, reles estudante de publicidade), mas tem gente que pode dar um norte bem bacana quando se fala de web e gerenciamento de crise, e eu pedi ajuda a duas delas, Luli Radfahrer e Marcia Ceschini.

Quando se trata de internet, temos aí vinte e poucos anos de estrada, é um meio relativamente novo, mas com esse tempo de convivência já poderíamos estar mais familiarizados com a rede, entretanto muitas vezes caímos no conto do vigário e esse caso nos mostrou que isso não é um problema que se restringe ao público nacional. Aqui no Brasil um blog de credibilidade duvidosa chegou a publicar que a Globo teria entrado com uma ação contra o Twitter para retirar o trending topic referente a Galvão Bueno. A notícia, juntamente a indignação, se espalharam e, no fim, tudo se tratava de um bug do twitter.

O que eu acreditava ser apenas ingenuidade ingenuidade minha foi colocado sob outra ótica pelo @radfahrer:

Há também muita preguiça e pragmatismo na web, que está cada vez mais popular. Precisamos parar de vê-la como uma grande biblioteca e passar a enxergá-la pelo que realmente é: uma réplica do mundo lá fora, em que se fala de tudo e só os verdadeiramente ingênuos tomam pelo valor de face o que lhes é dito.
@marciaceschini completa: a velocidade e o interesse em divulgar os fatos, faz com que os usuários não pensem muito para fazer um post ou publicar um tweet.

Essa afobação virtual coloca em cheque, muitas vezes, a reputação de empresas, e aí a história começa a ficar perigosa. Se não bem administrada, marcas podem perder consumidores. No caso em questão a história é apenas uma brincadeira quase mais antiga que o próprio Galvão Bueno , que tomou proporções gigantescas e gerou, nas palavras da Marcia, uma torre de Babel midiática (adorei a expressão), mas e no caso de uma pisada na bola grave? A demora em que a emissora se pronunciou poderia ser fatal. Deve-se levar em consideração, claro, a imagem que o público tem dessa marca e o tamanho do erro cometido (ou supostamente cometido), como foi bem lembrado pelo Luli: CALA BOCA GALVAO não é uma represália a um comentarista pedófilo, xenófobo ou homofóbico. É uma reação divertida a um locutor de quem todo mundo gosta de reclamar. A Globo deve ter se divertido com a história e o Galvão Bueno deve estar rindo a caminho do banco.

A velocidade que a web nos proporciona faz com que tudo, em poucos segundos ou caracteres, se torne público. Não dá para brincar em serviço (usando mais um trocadilho), as empresas parecem ter tomado consciência disso, há cada vez mais vagas de social media no mercado, porém tudo tem que ser feito com cautela para não parecer uma ação forçada (como a reação da globo, que agora quer abordar o CALA BOCA GALVAO em toda sua grade de programação). O negócio é investir em mapeamento de rede digital e não somente em alguém que dá bom dia aos seus seguidores.

Um case, nada a ver com assunto, que aconteceu comigo há poucas semanas mostra bem como deve ser feito um mapeamento digital: comprei algumas fotos no Dreamstime (um site de stock photo), na hora de pagar me dei por conta que aparecia o valor em reais, e a frase em português aceitamos os cartões de crédito principais de Portugal, porém ao lado da frase a bandeira que aparecia era a do Brasil. Tirei um print e upei no twitpic. No dia seguinte tinha uma mensagem da Dreamstime nos meus replies, dizendo que agradecia por eu ter percebido o erro e que estavam o arrumando, isso sem eu ter mencionado o twitter do Dreamstime, até porque nem sabia que eles o tinham. ELES REALMENTE ARRUMARAM. Esse tipo de atitude surpreende o consumidor e faz com que a impressão negativa caia por terra, passei admirar a força de comunicação virtual da empresa e certamente continuarei comprando fotos com eles, não que fosse parar por um erro, digamos assim, geográfico, mas agora o faço com uma certa admiração e gosto. Está na hora das empresas se darem por conta disso.

Por fim, gostaria de agradecer muito a disposição do Luli e da Marcia, que apesar do tempo apertado foram extremamente atenciosos. E que a discução continue nos comentários.

Nota: Essa será a capa da @veja desta semana > http://twitpic.com/1y6ucv.
_ _ _

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Opinião Pública e a Propaganda.

quarta-feira | 16 de junho de 2010

Um assunto que está me chamando muito a atenção nos últimos meses é Opinião Pública. Estou estudando a opinião pública em diversos segmentos, mas o que mais me chamou a atenção é como ela é tratada no âmbito das propagandas.

Os propagandistas, em nosso sistema democrático, são responsáveis pela liderança da opinião pública. Em uma democracia, a liderança de opinião é descentralizada e o próprio indivíduo é levado a escolher. Portanto, é necessário estabelecer os melhores padrões de concorrência propagandista e assumir a responsabilidade do que fazemos.

Antes de tratar de propagandas, vamos entender o que é opinião pública. Segundo Cândido Teobaldo, é uma área de entendimento comum das pessoas que constituem o público, após ampla discussão da controvérsia levantada à base de considerações racionais.

O
utra definição é de John Dewey, que em sua obra The Public and its Problems diz:

... opinião pública é o julgamento formado e levado em consideração por aqueles que constituem o público e diz respeito a negócios públicos.
O vídeo abaixo demonstra o segmento da opinião pública na propaganda.

O que mais me chama atenção no vídeo são os comerciais. Um deles mostra a propaganda de uma cerveja: diversão e animação. Outro mostra as conseqüências negativas que a cerveja pode trazer para o consumidor. Este último foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde.

Hoje não existe mais o comercial do Ministério da Saúde. Qual seria o motivo?

O professor de sociologia Oswaldo Oliveira Santos Junior, da Universidade Metodista de São Paulo (em uma pequena entrevista que fiz com ele ) diz que os interesses capitalistas acabam sobrepondo os interesses da coletividade; que o poder econômico tem a capacidade de controlar o próprio Estado, o que faz com que a vontade particular ou as vontades de grupos privados se estabeleçam de forma hegemônica sobre os interesses do conjunto da sociedade. Desta forma, no contexto neoliberal, o Estado se vê controlado e sequestrado pelos interesses do grande capital, inclusive legislando em prol da causa desses interesses privados.
O professor termina parafraseando Marx: aquele que detém o poder material detém também o poder das ideias.

Não importa quem está na liderança, se é o poder público ou privado, o propagandista é frequentemente criticado por campanhas que promove, ficando mal visto pelos métodos utilizados para conseguir o apoio do público. Os estudiosos da propaganda não têm poupado esforços na busca de provas de informações deliberadamente corrompidas, de adulterações, bem como de outras provas de ideologias dirigidas ao público. Não há dúvida que existem práticas desse tipo. A mentira pública, porém, da mesma forma como a mentira privada, não é característica particular dos tempos modernos.

Já demonstrava o filme Crazy People - Muito Loucos, produzido em 1990. A comédia retrata a história de um publicitário - Emory Leeson - que repentinamente tem uma crise de honestidade e cria uma campanha publicitária que é calcada em dizer só a verdade sobre cada produto.

Será que o poder público ou privado deveriam ter publicitários iguais a Emory Leeson?

Se eliminarmos de nossas considerações o que podemos chamar mentira inconsciente, isto é, a sincera promoção de ideais e causas que, posteriormente verificamos não o merecerem, descobriremos, provavelmente, que a quantidade total de falsificação deliberada é maior do que supomos.
_ _ _

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mídias sociais nas empresas BRASILEIRAS.

segunda-feira | 14 de junho de 2010

Com o objetivo de entender as novas formas de interação entre as empresas e os seus públicos a consultoria Deloitte realizou, nos meses de fevereiro e março deste ano, uma pesquisa com 302 companhias que atuam no Brasil sobre a utilização corporativa das mídias sociais.

H
oje apresento um pouco desta pesquisa, por ser um relatório bastante extenso no post de hoje falo apenas do perfil das empresas pesquisadas e algumas análises, o restante da pesquisa será apresentada nas próximas semanas, quem tiver interesse pode acessar o relatório completo aqui.

Os estados mais participativos na pesquisa foram SP com 63%, RJ com 7% e MG com 6%, e entre as empresas pesquisadas 16% são multinacionais e o restante, 84% empresas de origem nacional.

P
ouco mais de 50% das empresas participantes são de pequeno porte, empresas de médio e grande porte representam 26% e 22% da amostra; 33% da amostra foi composta por empresas prestadoras de serviços, seguidas por empresas de varejo, bens de consumo e transporte 20% e empresas de tecnologia, mídia e telecomunicações 17%.

Entre as empresas pesquisadas, 70% afirma já utilizar e/ou monitorar mídias sociais, e ao serem questionadas pelas suas principais iniciativas notamos que, para estas empresas, as redes sociais são utilizadas mais como mídia do que como plataforma de relacionamento.


E, para o desconforto da população brasileira, apenas 17% utiliza o feedback das mídias sociais para o desenvolvimento ou inovação de produtos/serviços. Será que tem alguém ainda que não sabe o valor dessas informações para uma empresa??

Q
uando questionadas das ferramentas/plataformas mais utilizadas notamos praticamente um empate entre orkut | facebook | twitter | blogs.

Embora muito mais novo, podemos ver o espaço que o Twitter já está ocupando, acredito que se esta pesquisa for repetida nos próximos meses, o Twitter certamente assumirá a dianteira dessa lista, principalmente por sua facilidade de utilização.

A
o serem perguntadas sobre os objetivos estratégicos de utilização das mídias sociais, notamos que a preocupação com a reputação da marca (saber o que está sendo falado por ai) e marketing boca-a-boca são as metas mais comuns entre as empresas.

Essa é a primeira parte do post, o restante das análises publicarei nas próximas semanas e #ficadica > quem tiver interesse pode ler o relatório na integra.

_ _ _

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Novidades nas redes sociais: orkut, face e twitter.

sexta-feira | 11 de junho de 2010

Orkut - Recados Privados e Histórico de Conversa
A novidade no Orkut é que todos os recados que você enviar vão aparecer no seu perfil. Não tem mais como se perder no meio do assunto, a conversa que você manter com algum amigo será publicada tanto no seu perfil quanto no perfil dele, e se algum outro amigo quiser entrar no papo, basta comentar a conversa, que ela passará a ser publicada no seu perfil também. Não é muita exposição?? Uma conversa entre 5 usuários com uma média de 500 amigos vai ser vista por 2500 pessoas. Muito cuidado com o que você escreve hein!!

Felizmente para manter os internautas mais seguros, foi habilitado o serviço de troca de mensagens privadas. Agora não é preciso mais usar os depoimentos para mandar uma mensagem que você não quer que os outros leiam, com aquele pedido clássico apague depois de ler. Na hora que você escrever um recado pode escolher entre as opções: Público - para todos os usuários - ou Privado - apenas visível para o usuário que você escreveu.

Yahoo e Facebook juntaram as escovas.

Agora as contas do Yahoo e do Facebook podem ser interligadas, permitindo que os usuários do Yahoo tenham as atualizações do Facebook enviadas diretamente às suas páginas iniciais ou ao e-mail.

A integração facilitou também compartilhamento de fotos, todas as imagens que forem atualizadas no Flickr serão publicadas no seu perfil do Facebook, você precisa apenas visitar este link e autorizar o Flickr a fazer estas atualizações em seu nome na rede social.

Essa nova parceria mostra o esforço do Yahoo para acompanhar a popularidade das redes sociais e evitar que seus usuários migrem para sites como o Facebook, que já conta com mais de 350 milhões de usuários pelo mundo.

Twitter - Corporativo | Amigos em Comum | Encurtadorde Link

Embora ainda em testes, o Twitter já anunciou 3 novidades na sua plataforma:

> Perfil Corporativo, especialmente desenvolvido para empresas, que permite receber DM de usuários mesmo sem os segui-los, e também com selo de veracidade acima da Bio do perfil, com as palavras Verified Account (Conta Verificada)

> Seguindo os passos de outras redes sociais, o Twitter está desenvolvendo uma ferramenta que mostra Amigos em comum. Como no Facebook ou no Orkut, ao visitar um certo perfil você poderá visualizar quais os usuários em comum que você segue e que também seguem o perfil visitado.

> Depois de tantos pedidos foi divulgada, ontem, no blog oficial do Twitter, a notícia de que os links tuitados serão reduzidos por um sistema de Encurtamento de URLs. Diferente do migre.me, um site que reduz URLs integrado ao Twitter, o novo sistema de encurtamento é interno: basta tuitar o link e ele será reduzido automaticamente.

Já conhecia estas novidades? O que achou?

_ _ _

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mais responsabilidade, menos social.

quarta-feira | 9 de junho de 2010

Neste último sábado, dia 5, foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. E com ele, obviamente, fomos cercados de dados, informações e, claro, anúncios publicitários que enalteciam as ações de diversas empresas sobre a preocupação verde. Todas querendo exclamar o quanto se importam e pensam na preservação mundial. Seja com anúncios, tweets, eventos ou brindes, todas de alguma forma tentaram mostrar que lembraram da data e o quão engajadas são.
Mas será que de fato estão fazendo tanto quanto poderiam, ou quanto deveriam?

Quando o termo responsabilidade social passou a ser obrigatório nos quadros de missão, visão e valores das empresas, ainda não era tão necessário quanto agora. Eventos incríveis são realizados para mostrar que a empresa X fez o plantio de mais de mil árvores, ou que passou a ter uma frota de veículos que poluem menos. Mas o contrato impresso para realizar tal atividade não era de papel reciclado. A pessoa que transcreveu o documento bebeu 5 xícaras de café naquele dia, e, em cada vez, utilizou um novo copo plástico. E ao sair para almoçar, esta mesma pessoa deixou o monitor do computador ligado inutilmente por mais de uma hora.

Será que essa empresa realmente está preocupada com sua responsabilidade social?

Não que isso seja uma regra. Porque eu acredito e conheço cases que comprovam por a + b que algumas organizações estão fazendo sua parte, como é o caso do ex Banco Real ( agora Santander Brasil). O Banco ainda possui práticas voltadas para a sustentabilidade e mantém os resultados atualizados no site. Tenho minhas dúvidas e desconfio que, na verdade, essa pode ser uma exceção.

E na real, não é necessário fazer ações gigantescas e mirabolantes (a menos que a sua condição financeira permita isso), mas agir com pequenas atitudes. Por exemplo, para grandes empresas que utilizam voos particulares, o transporte aéreo internacional responde por entre 2% e 3% do conjunto das emissões de gases de efeito estufa. E há previsões de que para 2050 possa chegar a 15% se nada for feito. Ou quem sabe, como dito acima, trocar os velhos copinhos plásticos do café por xícaras! Uma ideia que vai ser refletida inclusive nas despesas da empresa.
É possível, e muitíssimo importante, envolver os funcionários e incentivá-los às caminhadas ou ao uso de transporte coletivo. Sei que em alguns casos isso é impraticável, mas se você e seu vizinho vão para a mesma direção e você está de carro, dê carona a ele. Não vai custar nada e você já estará colaborando para o meio ambiente. Ou então fazer um programa que fale sobre a questão de jogar o lixo no chão. Principalmente os motoristas, que normalmente passam o dia inteiro na rua, tem esta terrível prática. E se uma pessoa que passa na rua e vê o sujeito dentro de um carro - que está adesivado com o logo da empresa X- fazer isso, o que ela vai pensar? Que o cidadão teve uma péssima atitude ou que um funcionário da empresa X tem uma prática horrível?

O que busco com esse texto é reforçar a reflexão em cima da imagem e da ressalva ecológica. Trabalhar essa questão ecológica não é errado, inclusive na comunicação, em especial nas Relações Públicas, temos este conhecimento e competência para colocar este discurso em prática e cada vez mais forte. Mas já está mais do que na hora de entender que a prática deve ser uma obrigatoriedade para a organização e não só para um departamento. O benefício irá ser próprio: um ar mais puro, por exemplo, que dará a chance de ter funcionários sadios, que irão produzir muito mais e, consequentemente, gerar mais lucro. Então porque não começar agora e de forma completa?

_ _ _

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma história social da mídia.

segunda-feira | 7 de junho de 2010

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele. (João 1:1-3)
O poder da comunicação fez e faz parte, desde as cavernas até a internet, das culturas de todos os povos. Quando o homem começa a articular suas primeiras falas, a criar seus primeiros gestos, a produzir seus primeiros sons; ele quer não somente ser compreendido, mas principalmente reter a atenção e, assim, ser percebido. Ao pintar sua vida, seus hábitos, suas crenças, seus valores nas cavernas, ele está expressando uma mensagem em busca de compreensão e hoje quando criamos laços, construímos relacionamentos, nos redesocializamos na internet, o que buscamos?
Peter Burke virá a Porto Alegre para falar sobre isso. Autor do livro Uma História Social da Mídia, ele apresentará, na palestra que leva o mesmo nome do livro, uma análise dos meios de comunicação, destacando os contextos sociais, culturais e comportamentais em que emergem e se desenvolvem, além de traçar a história das diferentes mídias e das novas linguagens que elas criam para a civilização ocidental – da invenção da prensa gráfica à Internet.

A convergência da mídia transformou as comunicações... À medida que novos serviços se tornam facilmente disponíveis, eles estão mudando a maneira como vivemos e trabalhamos, e alternado nossas percepções, crenças e instituições. É essencial entendermos esses efeitos para desenvolver nossos recursos eletrônicos em beneficio da sociedade. (Trecho de Uma História Social da Mídia, 2004)
Quem está trazendo o historiador inglês é a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Feevale. A palestra será dia 15 de junho (terça-feira), às 20 horas (com duração prevista de 2 horas), no Salão Nobre da Federasul (Largo Visconde de Cairu, 17, 7º andar, Centro de POA). Para se inscrever, acesse > www.feevale.br/palestramidia. Vale ressaltar que estudantes têm desconto e desembolsam R$ 80,00 para assistir (um pouco pesado para estudantes, mas valerá a pena); para o público em geral é R$ 100,00. Eu vou! Nos encontramos lá ;)

* * *
PS: Este é um post promocional em agradecimento à organização do evento, por ter disponibilizado uma cortesia a um integrante do blog.

_ _ _

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A Estratégia do Oceano Azul em 123 caracteres [parte 2].

sexta-feira | 4 de junho de 2010

Se no twitter é moda resumir livros em 140 caratecteres, então estes 123 resumem tudo o que pode ser lido nas 268 páginas escritas por Chan Kim e Renée Mauborgne: é o conjunto de decisões e ações gerenciais que resultam em importantes produtos e serviços capazes de criar novos mercados. Seria ótimo se pudéssemos mesmo explicar o livro nestes poucos caracteres, mas não é tão fácil assim. Por isso dividimos um texto em duas partes para tentar abordar os principais conceitos da obra. No início de maio postamos a [parte 1] e agora a [parte 2]. Confira abaixo:

Oceano azul: vale a pena o esforço?
Dá pra perceber que o processo para criar um oceano azul não é nada fácil. Muito pelo contrário, exige muita estratégia, muito esforço, muitas mudanças, tanto na política interna da empresa quanto na mentalidade de todos seus gestores e funcionários. Algumas organizações acreditam que não irá valer à pena, preferem tentar superar os concorrentes que estão no seu oceano vermelho. Entretanto, o livro mostra dados e exemplos que deixam claros que grande parte das empresas que criam oceanos azuis pensando estrategicamente, obtém sucesso e lucram muito, em tempo relativamente curto. Por exemplo o circo de Soleil, os relógios Swatch, os carros Ford, o vinho Yellow Tail. Mas claro, nem tudo são flores!

Nem tudo são flores

Depois que alguma empresa cria um oceano azul, é natural que surjam outras imitadoras. Por isso mesmo no capítulo 9 conhecemos algumas barreiras à imitação. Citamos aqui as três principais: 1. os monopólios naturais impedem a imitação 2. geralmente o tamanho do mercado não comporta mais um participante/concorrente 3. as empresas que inovam em valor promovem vibração com a marca e conquistam clientes leais, que tendem a rejeitar imitadores. Mas se você seguir à regra os ensinamentos do livro, não irá se preocupar com os imitadores. No início do post, na 3º linha, está escrito que o Fator OCEANO AZUL são os Movimentos Estratégicos, lembra? Esta é a regra principal, ou seja, uma vez criado um oceano azul é preciso continuar se reinventando e se renovando, pois o mercado não é, e nunca será, estático.

A renovação: quando inovar em valor de novo?
Para saber quando inovar novamente, é preciso monitorar as curvas de valor. Curva de valor? O que é isso? É outro termo usado no livro. Na verdade está curva é o resultado de um gráfico gerado pela matriz de valor das 4 ações: reduzir, elevar, eliminar, criar. Na prática este desenho da curva de valor produz três resultados: 1. mostra o perfil estratégico do setor 2. revela o perfil estratégico dos concorrentes 3. traça o perfil estratégico da empresa. O monitoramento das curvas é importante porque sinaliza quando inovar, fazendo soar o alarme de que chegou a hora de desbravar um novo oceano azul, no momento em que a curva de valor da sua empresa começa a ficar parecida com as dos concorrentes.

#ficadica
A
s empresas devem sim buscar oceanos azuis e oferecer inovação de valor aos consumidores. Uma vez pioneira no setor, a empresa sempre será lembrada, e provavelmente durante muitos anos terá monopólio no ramo, além de seu lucro ser extremo. Se outras imitarem, não dá pra desistir. Tem que continuar buscando novos oceanos azuis. Como buscar vocês já sabem, são duas as dicas: 1. monitorar as curvas de valor 2. promover sempre movimentos estratégicos. Desse modo, a empresa estará sempre em destaque no setor e nunca deixará de ter clientes fiéis, fator decisivo neste mercado competitivo de oceanos vermelhos.

_ _ _

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nicholas Christakis e a força oculta das redes sociais.

quarta-feira | 2 de junho de 2010

Pra quem não conhece, o TED é uma conferência que reúne palestrantes com idéias que merecem ser espalhadas. O vídeo abaixo é uma palestra de fevereiro de 2010, com o professor de medicina, sociologia e políticas públicas da saúde Nicholas Christakis, co-autor do livro O Poder das Conexões. De maneira brilhante, Nicholas apresenta os nós, enlaces e forças ocultas das redes sociais (online ou offline, deixo bem claro).



Conheci o texto quando estava traduzindo para a E=R e achei que era uma idéia que merecia ser disseminada, então trouxe o assunto para Ocappuccino, que nada mais é que um blog sobre RELAÇÕES. E disso Nicholas Christakis entende: começou a perceber a relação entre os comportamentos das pessoas em suas redes sociais, e como os sentimentos e emoções eram coletivos e influenciavam (positiva e negativamente) as pessoas à nossa volta – em marketing podemos chamar isso de buzz ou boca-a-boca. Por que estamos inseridos em redes sociais? Como elas funcionam? E como elas nos afetam?

Um trecho da palestra:

Descobrimos que, se seu amigo se torna obeso, aumenta o SEU risco de obesidade (cerca de 57%) no mesmo período de tempo. E podem existir muitos mecanismos para esse efeito. Uma possibilidade é que seus amigos adotem um comportamento que se espalha para você, como "Vamos ter muffins e cerveja", que é uma combinação terrível, mas se você adotar essa combinação poderá começar a ganhar peso como eles. E outra possibilidade mais sutil é que se eles começam a ganhar peso, e isso muda suas idéias do que é um tamanho do corpo aceitável. E, aqui, o que está se espalhando de pessoa para pessoa não é um comportamento, mas sim uma norma. Uma idéia está se espalhando.
Ou seja, as nossas opiniões, concepções e idéias não são individuais, nosso comportamento é coletivo (dentro do nosso círculo social) e é por isso que existem grupos de pessoas mais felizes que outras, e é por isso que uma pessoa mau-humorada suga nossa energia, e por aí vai. As aplicações da teoria são muitas – desde os seis graus de separação até o efeito viúva (em que a viúva falece logo após perder o marido).
Então nós começamos a prestar atenção em comportamentos como tabagismo e alcoolismo, altruísmo, comportamento de voto e divórcio – todos estes podem se espalhar. E, finalmente, nós ficamos interessados nas emoções. Quando nós sentimos emoções, nós as mostramos. Por que nós mostramos as nossas emoções? Quer dizer, não seria uma vantagem vivenciar nossos sentimentos internamente - você sabe, a raiva ou a felicidade-, mas nós não simplesmente sentimos, nós mostramos o que estamos sentindo. E não só nossos amigos podem lê-los, como podem copiá-los. Existe um contágio emocional que ocorre nas populações humanas. E então esta função das emoções sugere que, além de quaisquer outros fins, elas são um tipo de forma primitiva de comunicação. E que, de fato, se realmente queremos entender as emoções humanas, precisamos pensá-las desta forma.
Aí entra a comunicação, as relações públicas, as mídias sociais e todo o resto. Se quisermos entender a cabeça do nosso cliente/consumidor/público-alvo, temos que pensá-lo coletivamente, agindo dentro das suas redes. Qual é o click que faz com que eu queira compartilhar com o meu círculo social aquele determinado produto/vídeo/evento?
Agora, qual é o sentido disso? Como isso nos ajuda a entender? Como isso nos ajuda a descobrir alguns dos problemas que estão nos afetando atualmente? As redes têm valor: elas são uma espécie de capital social. Novas propriedades surgem por causa da nossa inserção em redes sociais, e essas propriedades na estrutura das redes, não apenas nos indivíduos inseridos nelas. (…) O padrão de conexões entre as pessoas confere diferentes propriedades aos grupos de pessoas. É o vínculo entre as pessoas que torna o todo maior que a soma de suas partes. E isso não é apenas o que está acontecendo com essas pessoas que estão perdendo ou ganhando peso, ou tornando-se ricas ou pobres, ou tornando-se felizes ou infelizes, isso nos afeta. É também a própria arquitetura dos laços que nos rodeiam. A nossa experiência do mundo depende da própria estrutura das redes em que estamos e que residem sobre os tipos de coisas que navegam e fluem através da rede.
Vai ao encontro a este outro texto no Ocappuccino, o futuro é a rede. E o que o mundo precisa é de mais conexões. :)

PS: se alguém quiser a tradução integral, me manda um e-mail: marianarrpp@gmail.com
_ _ _

Related Posts with Thumbnails

RPs blogs e blogueiros

Outros blogs e blogueiros

  © Ocappuccino.com :: Desde junho de 2008 - Porto Alegre - RS - Brasil | contato@ocappuccino.com | @ocappuccino |

Home