sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aposte no Nicho.

sexta-feira | 22 de janeiro de 2010

Na era do consumidor 2.0, não se fala mais em consumo de massa e sim em tribos de consumidores, consumidores antenados, com necessidades específicas, e que não se importam em pagar mais caro por um produto que foi especialmente feito para eles. Baseados em hábitos e preferências individuais esses clientes especialistas se dividem em nichos, públicos exigentes que prezam pela qualidade e exclusividade de produtos e serviços. Podemos perceber a multiplicação desse novo consumidor nos blogs e comunidades virtuais, é o novo boca a boca, que faz da rede um espaço de troca de informações sobre gostos e preferências.

M
as o que eu quero abordar nesse post é que hoje existem nichos de consumidores ainda pouco ou nada explorados e que tem tudo para dar certo. É o caso da Casa Eurico, UV Line e a da Joyaly, que trabalham, respectivamente, com calçados de numeração grande para adolescentes, roupas com proteção UV e roupas para evangélicas sofisticadas. Os empresários, mais preocupados com a concorrência, deixam de reconhecer e dar atenção a esse pequeno público, perdendo uma grande oportunidade de negócio.

E
ntender os diferentes comportamentos individuais e quais os nichos de mercados existentes e seus interesses em comum, principalmente no que diz respeito ao consumo, irá garantir que a comunicação de sua empresa/produto com o público escolhido tenha mais sucesso, o que pode ser um grande diferencial. Mas antes de sair por aí inventando produtos ou serviços é necessário conhecer muito bem o negócio e gostar do que faz, pois seus clientes irão cobrar mais de você para continuarem fiéis. E nem pense em descuidar desse valioso consumidor, por ser o único a oferecer o produto e/ou serviço, pois eles primam ainda mais pelo bom atendimento e compartilham suas boas e más experiências nas principais redes de relacionamento.

A maioria dos casos do surgimento desses novos nichos é decorrente de desejos, anseios não correspondidos desses empreendedores, que insatisfeitos com o que lhes era oferecido, resolveram inovar. As melhores idéias surgem de segmentos já existentes, mas que se avaliados mais a fundo, podem ainda ser fragmentados para suprir novas necessidades.

E
u sempre quis abrir um negócio, por isso comecei a assinar a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, e a vontade só aumentou. Quando eu li a reportagem sobre os Novos Nichos, na edição de novembro/09, um dos tópicos me chamou a atenção: 14 nichos globais para você se inspirar. E o 9° item era sobre o público de obesos, falando sobre a rede americana de roupas descoladas Lane Bryant para mulheres acima do peso. Realmente se fomos pensar nesse tipo de público, a oferta de produtos e serviços deixa muito a desejar, principalmente no quesito roupas para quem tem formas mais avantajadas. Será que ainda ninguém percebeu que quase metade do Brasil está acima do peso? E que esse público deseja se vestir bem e estar na moda? E que necessitam de assentos especiais nos meios de transporte, sem precisar pagar 2 passagens? Pequenos grandes detalhes que passam despercebidos pelos empresários e que geram desconforto e insatisfação para esses e outros tipos de consumidores, revelam tendências de mercado promissoras, com nichos de públicos de A a Z: desde os alérgicos a alimentos, passando pelos gays, até o público zen.

_ _ _

5 comentários:

Andressa Carrasqueira 22 de janeiro de 2010 às 15:16  

Excelente!!

Gustavo 24 de janeiro de 2010 às 21:06  

É, o mercado de nicho sempre apresentou oportunidades, mas as grandes empresas tendem a olhar a massa.
Eu não acredito que isso seja ruim, já que, pelo olho do empreendedor, isso deixa espaço para muitas iniciativas. Com a tecnologia e a capacidade de gerar produtos personalizados em baixa escala, mas com maior margem de contribuição, o Long Tail está aí para quem topa a empreitada.

Falta mais coragem do que oportunidades para empreender.

Plataforma RP 25 de janeiro de 2010 às 17:46  

No Brasil ainda tem MUITO nicho pra atender, mesmo a massa ainda falta, a classe C está ai doida pra consumir e as empresas começaram a se especializar agora.
Semestre passado tive aula de Planejamento e Gestão de Negócios, muito bacana e o professor falou o semestre todo nisso, classe C e os nichos!

Ju M. Olinto

Ocappuccino.com 1 de fevereiro de 2010 às 17:18  

O grande problema no Brasil é que se empreende muito mais por necessidade do que por oportunidade. Basta ver qualquer levantamento do SEBRAE para perceber que os novos empreendimentos aberto por necessidade duram em média apenas 2 anos e fecham as portas, pq o pequeno empresário não se preparou, não pesquisou, não formulou um plano de negócios. Apesar de estar havendo uma melhoria, muito graças a estes orgãos como SEBRAE, Federaços das Indústrias de cada estado, os indíces de novos empreendimentos por oportunidade, este que estuda os nichos, que percebe gargalos e mercados para explorar ainda é pequeno. Ótimo texto Bê.

MATEUS

Ocappuccino.com 1 de fevereiro de 2010 às 17:18  

O grande problema no Brasil é que se empreende muito mais por necessidade do que por oportunidade. Basta ver qualquer levantamento do SEBRAE para perceber que os novos empreendimentos aberto por necessidade duram em média apenas 2 anos e fecham as portas, pq o pequeno empresário não se preparou, não pesquisou, não formulou um plano de negócios. Apesar de estar havendo uma melhoria, muito graças a estes orgãos como SEBRAE, Federaços das Indústrias de cada estado, os indíces de novos empreendimentos por oportunidade, este que estuda os nichos, que percebe gargalos e mercados para explorar ainda é pequeno. Ótimo texto Bê.

MATEUS

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