segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Participação Especial: Twitter.

Por Bruna Franco, estudante de Relações Públicas da UFG

Podemos dizer que já se foi a época em que programas de televisão eram feitos em formatos fechados, que apenas produtores, diretores e elenco faziam parte dele. Graças ao avanço da internet e o seu relacionamento com a TV e seus personagens, o tradicionalismo de alguns programas foram quebrados.

Havia uma quantidade muito pequena de programas que necessitavam da participação do público, tais como Show do Milhão, Casos de Família, realities shows como Big Brother Brasil, e ainda Você Decide, mas ainda assim, era muito tímida e sem uma pesquisa sobre o retorno do programa, que se baseava apenas pela audiência.

Se a internet e suas redes sociais podem mudar o modo de relacionamento entre uma empresa e seu cliente, ou entre o candidato e o eleitor, por que não mudaria a forma com que emissoras e programas de TV se relacionam com o telespectador? O próprio Bill Gates diz em seu livro, A Empresa na Velocidade do Pensamento (2000, p. 9), que a questão do nosso século está na velocidade das informações de modo a alterar os estilos de vida dos consumidores e suas expectativas.

E é graças a velocidade da informação que percebemos o sucesso do Twitter em relação a programas de TV e seus apresentadores para com o público. Para exemplificar essa situação citarei o CQC (Custe o Que Custar).

Todas as segundas-feiras é postado no PortalCQC.wordpress.com a programação do dia, para que o público tenha conhecimento do que verá, e às terças-feiras, um post voltado para a opinião do telespectador, para que o pessoal do programa possa analisar e receber as críticas e sugestões. Indo mais além, o próprio Marcelo Tas lê tudo o que é falado sobre o programa, como forma de interagir com o público.

Além disso, durante o programa, os apresentadores postam fotos e twittam comentários, fazendo com que o público esteja cada vez mais por dentro do que acontece não só durante a produção dos quadros, mas também nos bastidores, mantendo uma relação de igualdade.

Marcelo Tas diz que o twitter é uma ferramenta cuja função é estreitar laços entre público e elenco, verificando o que ambos têm a dizer. Assim, a TV deixa de ser um meio quente, com forte intensidade de informação, mas sem participação efetiva de quem assiste, e passa a ser um meio mais frio, trazendo a troca de informações e maior participação, contando com dicas, críticas, sugestões e deixando os telespectadores a par do que acontece antes, durante e depois que seu programa preferido vai ao ar.

É uma tendência cada vez mais forte, pois podemos observar outras figuras da televisão brasileira que interligam a rede social Twitter ao seu trabalho, como o Luciano Huck comentando sobre o Caldeirão do Huck; e ainda, aquele que surpreendeu todos os seus seguidores, Willian Bonner, que se mostrou completamente extrovertido ao falar de sua vida e mesmo na escolha de suas gravatas para apresentar o Jornal Nacional, deixando de lado a seriedade que estávamos acostumados a ver.

5 comentários:

Plataforma RP 18 de janeiro de 2010 às 18:57  

O Twitter revolucionou como as organizações/famosos se comunicam com seus públicos. O Twitter aproxima mais os dois, não existe mediadores né? É muito interessante está troca que o Twitter permite.
E acredito que a cada dia mais isso vai acontecer. Pq as pessoas aprenderam a reclamar nas mídias sociais e viram que dá mais resultado do que reclamar no SAC.

Ju M. Olinto

Teteu 18 de janeiro de 2010 às 20:14  

Ano passado assisti palestra do Tas e ele falou que no início do programa ficava, depois que saia do estúdio, 3 horas no twitter lendo o que escreveram enquanto o programa acontecia e se impressionava da quantidade de tweets. Hoje já não deve impressionar tanto pelo sucesso que o programa alcançou em tão pouco tempo.

Nessa parte: 'Assim, a TV deixa de ser um meio quente, com forte intensidade de informação...' Não seria ao contrário, ela deixa de ser um meio frio e passa a ser quente?

Juliana Polippo 18 de janeiro de 2010 às 23:48  

Quando a internet começou a ter seu espaço cada vez maior, a TV foi perdendo espectadores, principalmente jovens, seletivos quando as programações, e muitos faziam as duas coisas ao mesmo tempo, deixando assim a publicidade sem atenção, porque nos intervalos, internet absorvia totalmente atenção dos usuários da Web, digamos essa 'fusão' da internet com a TV foi inevitável, e cada vez mais ocorreram essa interação entre as duas mídias, até porque internet está não só nos computadores, notebooks, mas cada vez mais nas mãos das pessoas através dos seus celulares, praticamente como um controle remoto, ou um em cada mão, ou seja caminhamos todos para a multimídia :)
Bruna, está escrevendo muito bem, viu *orgulho da irmã*.

Anônimo 20 de janeiro de 2010 às 13:19  

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Guilherme Freitas 20 de janeiro de 2010 às 23:14  

Sem dúvidas o twitter foi uma das revoluções digitais e tem tudo para se manter em alta por um bom tempo. O fato de aproximar artistas, celebridades e jornalistas do público ajuda e muito, é uma espécie de democracia digital, onde o telespectador pode revelar tudo que sente.

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