terça-feira, 26 de outubro de 2010

Relações Públicas no auge da Geração Y.

terça-feira | 26 de outubro de 2010

Hoje falar em geração Y virou moda e precisamos refletir sobre a moda. Profissionais de geração Y e líderes de geração Y; alunos e professores da geração Y. Mesmo quem não faz parte da geração Y, precisa ao menos estar adaptado a ela.

Então, poderíamos pensar em Relações Públicas Y - discutir identidade profissional sempre me interessa. Mas, afinal, o que seria isto? E se temos o Y, temos que lembrar também do X e do Z e de tudo que os antecede. E, acabando o alfabeto, teremos, no futuro, a geração A?

Uma boa dica para entender as gerações é dada por Don Tapscott no livro A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando tudo, das empresas aos governos, traduzido para o português em 2010. Conforme ele há pelo menos quatro gerações que devem ser levadas em conta, o que é relevante para pensarmos a mudança de comportamento dos públicos:

1. Geração Baby Boom (geração TV)
Janeiro de 1946 a dezembro de 1964 – 19 anos, produzindo 77,2 milhões de crianças ou 23% da população dos Estados Unidos.

2. Geração X
Janeiro de 1965 a dezembro de 1976 – 12 anos, produzindo 44,9 milhões de crianças ou 15% da população dos Estados Unidos. Também chamada de Baby Bust.

3. Geração Internet
Janeiro de 1977 a dezembro de 1997 – 21 anos, produzindo, aproximadamente 81,1 milhões de crianças ou 27% da população dos Estados Unidos. Também Chamada de Geração do Milênio ou Geração Y.

4. Geração Next
Janeiro de 1998 até o presente – dez anos (agora, 12 anos, pois o original é de 2008) produzindo aproximadamente 40,1 milhões de crianças ou 13,4% da população dos estados Unidos. Também chamada de Geração Z. (podemos considerar estes como Nativos Digitais)

Há também outras classificações com diferentes nomenclaturas quanto ao período de nascimento, como a de Prensky, escrita em 2001, por exemplo:

1. A geração analógica (com TURISTAS OU IMIGRANTES digitais)
Formada primordialmente por adultos nascidos até a década de 60.

2. A geração net (com IMIGRANTES digitais)
Dos nascidos entre os anos 60 e 80.

3. A geração digital (dos NATIVOS digitais)
Formada pelos nascidos a partir da segunda metade da década de 80. Estes seres nasceram em um momento multimídia, multitarefa, rápido e lógico (aqui teríamos parte da geração Y, junto com parte dos imigrantes digitais).

Independente da classificação o fato é que há públicos diferentes para serem pensados em relação à apropriação tecnológica, como há jovens que não são Y por questões de gosto ou condições de acesso à tecnologia, e há idosos mais Y do que qualquer adulto jovem. Aí entram diversas questões sociais e culturais.

É neste ambiente múltiplo e complexo que o RP precisa trabalhar. Eu diria que o RP Y, então, seria aquele que, além de lidar com as tecnologias e ser apaixonado por web e interação, entende como trabalhar com os públicos que não desfrutam disso na contemporaneidade. É ser hiperativo e multitarefa e entender de convergência pensando na multiplicidade dos públicos. Saber se comunicar buscando tornar comum, buscando partilhar.

Isso exige que busquemos incessantemente um alicerce teórico, prático, e metodológico (aí está implicada a pesquisa em RP e a pesquisa com pessoas) para lidar com os públicos e o que verdadeiramente são: humanos partilhando anseios e frustrações, pela comunicação. Este é o sentido essencial por trás do trabalho de relacionamento com os públicos. Entendendo esta complexidade e esta lógica, estaremos preparados para lidar com gerações X, Y, Z, A...por que nas bases de interesse destes processos comunicacionais estarão os humanos.

Então, sermos RPs Xyza (e esta é apenas uma maneira didática que criei para não esquecermos das diferentes gerações e suas especificidades), ao meu ver, é uma forma de lidarmos com os desafios levando em conta a totalidade e multiplicidade dos públicos.

Discutir nossa identidade profissional tem sido meu foco em sala de aula, e pensar RP diante da diversidade de mídias que convergem e de públicos que convivem faz parte disto.

Parece-me que nunca foi tão propício ser Relações Públicas.

E este post é resultado das reflexões que surgiram a partir de todas as críticas que tive ao longo da minha vida acadêmica e profissional ao demonstrar minha grande paixão pela web e suas possibilidades.
_ _ _

1 comentários:

Gabriela Midori 7 de dezembro de 2010 às 18:41  

Achei muito interessante seu post, e irei encomendar já o meu livro!
A importância dos jovens da geração Y, é a inovação e agilidade com as tecnologias,, muito presentes e essencial no cotidiano de um RP-Y.

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