Como a sua empresa faz pesquisa?
sexta-feira | 14 de maio de 2010
De acordo com pesquisa do Comitê Gestor da internet no Brasil, atualmente cerca de 40 milhões de brasileiros utilizam a rede mundial de computadores regularmente e deste total, 64% participam de sites de comunidades (Orkut, Fakebook) e 13% criam ou atualizam blogs.
Tendo em vista o fortalecimento das políticas de inclusão digital e o crescente número de usuários de internet, as empresas, sejam de pesquisa ou não, devem se preparar e desenvolver ferramentas para coletar e analisar as opiniões geradas pelos consumidores nesses ambientes, caso contrário, correm o risco de perder seu espaço no mercado futuro.
Já está mais do que comprovado que a presença da web e das redes sociais virtuais tem alterado as formas de relação das empresas com os seus consumidores e principalmente dos consumidores com as empresas.
O consumidor não está passivo a espera de uma resposta das empresas. Ele está em busca de conteúdo e de troca de informações que são relevantes e principalmente verdadeiras para a sua realidade. E nos sites de redes sociais encontram o ambiente ideal para satisfazerem estas necessidades, estando livres para postar, espontaneamente, informações sobre suas preferências, hábitos, marcas preferidas, gostos e desgostos.
Além dos custos, as formas tradicionais de pesquisas se defrontam com um problema adicional: seus formatos mais populares geralmente fornecem um número limitado de informações. Muitas delas obtidas de maneira artificial ou distante da realidade diária do consumidor, um problema que sempre foi fonte de questionamentos por partes dos clientes. É muito difícil (e principalmente caro) acompanhar as opiniões de um grupo de consumidores ao longo do tempo ou selecionar pessoas realmente envolvidas com um tema para um focus group, por exemplo. Esse grau de profundidade só se justifica economicamente no caso de decisões envolvendo centenas de milhares ou milhões de reais.
A popularização dos blogs e das comunidades digitais representa uma oportunidade para aperfeiçoar o modelo de negócios das empresas de pesquisa, ao menos em termos da coleta, registro e análise das opiniões dos consumidores. Esse enorme banco dedados a tão fácil acesso não pode ser ignorado e nem dispensado, porque querendo ou não a marca de sua empresa pode estar no nome de alguma comunidade como: "Eu Amo a Marca ...." ou na "Eu Odeio a Marca ...."
Certamente existem inúmeros desafios metodológicos neste tipo de abordagem, mas ela traz duas vantagens que não podem ser desprezadas:
> a possibilidade de obter opiniões mais espontâneas que as obtidas com a maior
parte das metodologias tradicionais
> uma maneira de observar o comportamento do consumidor de forma muito menos intrusiva, e mais detalhada, do que a que estamos habituados.
Informações retiradas do trabalho de Marcelo Coutinho apresentado no 3º Congresso Brasileiro de Pesquisa – Mercado, Opinião e Mídia, se tiver interesse pose acessar o trabalho na integra.
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