O crime 2.0.
Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista/SP
Abordamos em algumas postagens a importância das organizações nas mídias sociais, no relacionamento com cliente na web 2.0 e abertura da comunicação. É importante a integração das organizações nas mídias sociais, mas essa interação pode causar grandes danos para a organização. Quando são desenvolvidos sistemas de proteção e flexibilidade das comunicações e de facilidades para a localização e orientação da navegação, a organização está, em paralelo, fornecendo equipamentos adequados à cobertura de atividades criminosas, pois proporciona segurança, rapidez, anonimato, confidencialidade, além de dificuldades em se localizar o usuário.
Segundo o governo norte-americano nos crimes pelos computadores em 2008 houve um faturamento de US$ 105 bilhões. O Brasil é o quinto país que mais sofre por crimes pela internet, somente este ano foi registrado 218.074 casos de crimes pela internet.
Quadrilhas, em todo o mundo, utilizam de gadgets e serviços online para adicionar produtividade ao trabalho e se comunicar com os membros das facções criminosas. As portas de entrada para os ataques são conhecidas como vulnerabilidades, estas podem ser causadas por erros humanos como falhas de configuração e técnicos como bugs em software.
As facções têm como objetivo alcançar informações sobre suas vítimas, planejar ações e aplicar golpes. A popularização da internet e da tecnologia também beneficia os criminosos, que estão fazendo uso intenso dessas ferramentas. É a era do ladrão 2.0, afirma o delegado José Mariano de Araújo Filho, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, em entrevista concedida para a revista Info Exame, nº 281, da segunda semana de agosto.
José Mariano descreve um caso de jovens que utilizaram o Google Earth para mapear eventuais falhas de segurança em condomínios, na cidade de São Paulo.
O VoIP é também um recurso utilizado pelas quadrilhas. Os criminosos estão aderindo aos serviços VoIP porque as informações são criptografadas, diz Araújo, da Polícia Civil de São Paulo, para a revista info.
Interceptar dados em pacotes na internet, para policia, não é tão simples como fazer um grampo telefônico. Já foram descobertas centrais de VoIP dedicadas a grandes quadrilhas, diz o delegado Carlos Eduardo Sobral, da Polícia Federal do Distrito Federal.
Download também é um crime tecnológico e no último dia 17 de abril quatro diretores do grande site Pirate Bay foram condenados a um ano de prisão, por causarem grandes danos as indústrias audiovisuais, como Warner Bros, Sony Music, Entertainment, EMI e Columbia Pictures.
Hoje não se faz investigação sem olhar para a internet, diz Marcus Vinícius Lima a revista Info, chefe do serviço de perícia de informática da Polícia Federal. Ele alerta que é perigoso expor informações pessoais na web, em blogs e redes sociais, também informa que é um grande problema ficar disponível na rede para disponibilizar arquivos para download. “Muitas vezes o criminoso conhece bem sua vítima, vai executar o golpe sabendo informações que encontrou facilmente na internet. É a velha engenharia social", finaliza.
E o pior é que ainda não há uma legislação específica para muitos crimes tecnológicos no Brasil.
7 comentários:
A questão "Crime" precisa ser repensada para a Internet. Crime é roubar senhas, implantar virus... já o que os caras da Pirate Bay fazem, eu não considero crime. Só lesa os poderosos.
Max, nosso amigo "dicionário Aurélio" ensina que crime é "qualquer violação muito grave de ordem moral, religiosa ou civil, punida pelas leis".
Embora eu tenha colocado que não tenha uma legislação específica para crimes tecnológicos no Brasil, a constituição é clara - o ato de lesar a outrém é um crime - não importa se é pela internet ou se a pessoa é poderosa ou não. Ela não pode ser lesada, pq é pela internet ou pq 'tem o poder'.
Eu, considero crime sim o caso do Pirate Bay.
para esquentar um pouco mais a briga, saiu hoje no nós da comunicação condenção ao TPB http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=577&tipo=A
abraços, mateus
Assunto polêmico! Com esses crimes aumentando por causa da tecnológia creio que logo terá uma lei que possa punir. Já quando o assunto é pirataria ficará mais díficil conseguir aplicar punição a todos, pois a internet é a grande fonte para a pirataria.
Seu post é um importante alerta! A maioria das pessoas não refletem antes de se exporem na internet. As redes sociais e blogs são um perigo, pois mtas vezes nos sentimos "tentados" a nos expor demais e sem perceber.
Em relação a falta de leis específicas, compreendo que é complexo identificar uma imensa quantidade e diversidade de crimes virtuais, não só no Brasil, mas em todo mundo. Para os quais se necessita dessas leis para q haja uma punição e que seja de forma padrão.
Portanto, sem dúvida alguma o Brasil precisa de leis tecnológicas e alertas massificados sobre os riscos da excessiva exposição virtual, para uma maior segurança de nossa sociedade.
mas nao podemos confundir pirataria, crime por comercialização de produtos piratiados, com baixar arquivos (textos, audios, videos, fotos) da rede, sou a favor do consumo interno e não caracterizo isso crime, mas rentabilizar em cima de um trabalho que não é seu considero crime
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