quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ode às redes sociais. Uma convocação para cortar os fios e viver.

quarta-feira | 11 de agosto de 2010

Em uma recente palestra que assisti sobre Tendência e Novas Mídias com executivo de negócios Humberto Matsuda os dados apresentados que mais me impressionaram sobre a internet referem-se a métricas de velocidade e ao volume de informações produzidas diariamente. De acordo com Matsuda são enviados todos os dias cerca de 210 bilhões de e-mails em todo mundo, assim como 5 milhões de twetts, 900 mil postagens em blogs, uma movimentação superior a 43 milhões de gigabytes nos mobile phones, sem falar no volume do Facebook, Flickr, Orkut, Messenger entre outros. Ufa!

O grande questionamento a quem visualiza esses números é: há possibilidade de acompanhar todas essas informações, se manter atualizado na velocidade que o mercado exige e como se comportar frente a tantas inovações? É preciso estar consciente de que dentre todos estes números, os assuntos abordados são diversos, o que permite ao internauta segmentar as informações e adquirir somente o que lhe for interessante ou necessário, mas mesmo assim o volume de conteúdo disponível é muito maior do que o cruzamento capacidade humana de assimilação das informações x tempo para assimilação.

Na rede podemos identificar diversos tipos de internautas, desde o que produz conteúdo até o que só busca entretenimento, existem os que lançam tendências, os que querem informação, os que repassam informações e os que se relacionam em rede. São diversos os usos que podem - e devem - ocorrer simultaneamente, mas o caminho converge sempre para a tecnologia da interatividade e é ela então que confunde os internautas passivos, os que pensam estar modificando a rede, os que produzem informações diferenciadas e a maioria que segue a maré de qualquer inovação/informação/novidade/tendência ou qualquer hypezinho que aparece.

De acordo com Fábio Lima, autoridade em convergência de mídias e professor da FGV, a tecnologia é alterada devido a nossa forma de consumo, isso significa que quanto mais demanda por novas tecnologias, mais produtos, redes, aplicativos e interações serão criados. Mas qual o perfil esperado para o internauta e o comportamento dele no meio disso tudo? O que está sendo feito com tudo isso, com tantas tecnologias, inovações, redes, relações, produtos, aplicativos...?

Silvio Meira em entrevista ao site Nós da Comunicação falou:

Mandar e-mail, entrar em um site, criar uma conta, participar de uma rede social, fazer upload de um vídeo não serão diferencial competitivo. O diferencial será entender que a internet é um ambiente de inovação, em cima do qual podemos construir.
Quem monitora no twitter tags como redes sociais ou mídias socias percebe que a cada mais e mais pessoas tem este mesmo questionamento. Viram, não estou sozinho :D Podem achar que fico mais feliz por isso, mas não fico. Fico até triste, porque dá para perceber que a imagem do Homer Simpson em frente à televisão já está sendo absorvida pelos milhões e milhões de usuários, seres dumbs sem capacidade de assimilação e com um quê de passividade. Sabe aquela frase: rir é bom, mas rir de tudo é idiotice? Ah, estou me incluindo entre estes seres, ok?

E agora? Como equilibrar a equação da capacidade humana de assimilação das informações mais filtro mais interesse dividido pelo tempo mais outras atividades? Como devemos usar as novas redes para que não sejamos usados? Não será hora de repensar tudo isso?

Eu tenho uma infinidade de dúvidas. E você?
_ _ _

5 comentários:

Marcello Chamusca (Portal RP-Bahia) 11 de agosto de 2010 às 12:45  

Excelente reflexão do colega Rodrigo!
Acredito que, apesar de todos os números e estatisticas apresentados por Rodrigo, isso é apenas a ponta do iceberg.
Duvidas? Teremos sempre!!! Ai de nos se deixarmos de te-las! São elas que nos movem em busca de mais conhecimento e crescimento pessoal e profissional.

Rodrigo Almeida 11 de agosto de 2010 às 14:03  

Com certeza essa discussão vai muito além do que é feito atualmente.
Acredito que as perguntas ainda são diversas, as pessoas reproduzem muito conteúdo mas poucas realmente se propoem a novas discussões e sobre o que será feito com esses avanços. É difícil obter respostas pois qualquer verdade hoje será passado daqui a pouco.

Unknown 11 de agosto de 2010 às 17:57  

Olá, meu amigo!

Fico tão feliz por te ver assim, sempre progredindo. Adorei o teu artigo. Ainda estou tentando sobreviver a essa loucura toda sem me tornar mais uma alienada, mas confesso que está dificil rsrsr.
Essa velocidade toda de informação as vezes em deixa tonta e com vontade de jogar O PC pela janela e ir pra uma ilha deserta. Dá um desespero saber que nunca conseguiremos acompanhar essas mudanças.

Forte abraço,
Lucy-SAJ
Bacharel em CMKT pela UNIFACS

Rodrigo Almeida 11 de agosto de 2010 às 18:04  

Lucy,

Acredito que pensar em acompanhar tudo já não é mais a solução, os conhecimentos estão cada vez mais fragmentados e tentar ter o domínio de todo o conteúdo produzido é uma tola iniciativa.
É importante questionar se realmente vale todo esse avanço, quala relação que realmente construimos com cada meio e extrair de forma critica e consciente cada conteúdo produzido em todos os meios.

Bom te ver por aqui!

Um abração!

TURMA DO PATINS 4 de fevereiro de 2011 às 13:24  

Adorei o artigo. O mais incrivel da internet é que vc tem o mundo em casa, pode ler o que bem entender e pode enriquecer sua vida com conhecimento. Mas como existe uma gama gigantesca de "coisas" aqui fica dificil saber pra onde ir.Passei muito por esse terrivel dilema, em casa sozinha sem nada pra fazer. Tinha sede de bons artigos, textos interessantes e assuntos que fossem adicionar algo de realmente bom na minha vida ou ate naquele momento de solidão. A forma que encontrei pra começar a utilizar de forma correta minha internet? Simples; comecei a pedir opniões para os outros. Até hoje, no trabalho, faculdade, pesso para os mais "cultos", sim, porque não adianta pedir opinião para os "caqbeças de amendoim" néam? , indicações de sites e blog pra eu ler. E cara, funciona muito bem. Hoje sigo blogs fantásticos e não perco tempo lendo coisas na web que só os "cabeças de amendoim" leriam. =) hehehehe.

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