Audiência Pública em POA debate os novos rumos das Relações Públicas.
quarta-feira | 25 de agosto de 2010
A comissão designada pela Secretaria de Educação Superior (SESU) do Ministério de Educação (MEC), presidida por Margarida Maria Krohling Kunsch, esteve em Porto Alegre, dia 19 de agosto, para a primeira audiência pública que tem por objetivo revisar as diretrizes curriculares dos cursos de Relações Públicas e atualizar o perfil do profissional da área. Também compõem a comissão Cláudia Peixoto de Moura, professora da PUC-RS, Ricardo Ferreira de Freitas, professor e coordenador do curso da UERJ, Márcio Simeone Henriques, professor da UFMG, relator da comissão e representante do CONFERP, Paulo Nassar, professor da ECA- USP e diretor-geral da ABERJE, Maria Aparecida Ferrari, professora da ECA-USP e Ésnel José Fagundes, professor da UFMA.
A audiência ocorreu das 9h às 13h no Plenarinho da Assembléia Legislativa e foi conduzida pela Prof. Cláudia Peixoto, que apresentou as seis questões a serem debatidas:
- Quais os objetivos para formação em Relações Públicas?
- Qual o perfil desejado para o egresso?
- Quais as competências a serem desenvolvidas no curso?
- Quais devem ser os conteúdos curriculares orientadores para a formação em RP?
- Quais devem ser os critérios para definir o padrão de qualidade dos cursos?
- Que interfaces caracterizam a integração de RP com outras áreas?
Margarida Kunsch, presidente da comissão, afirmou que esse é um momento histórico para as RP no Brasil, pois podemos definir os novos rumos dos cursos e da profis
Algumas das conclusões dos mais de cem professores, profissionais e estudantes presentes é de que o RP precisa estar cada vez mais atento ao mundo globalizado, saber comunicar para o mundo, porém sem deixar de lado as especificidades de cada local. Ressaltou-se que os cursos devem aliar técnica com teoria e com disciplinas de sociologia, psicologia, cultura, dentre outras da área de humanas, que formam um profissional estratégico e que possua diferencial para recuperar o espaço no mercado de trabalho, e não um técnico, somente.
Além disso, é necessário elaborar um currículo que atenda às necessidades dos cursos de todas as regiões do país e de universidades públicas e privadas. Ocorrerão em breve audiências públicas nas outras regiões do país e, por fim, a comissão elaborará um documento que será enviado ao MEC com a proposta para as novas diretrizes curriculares dos cursos de Relações Públicas. Quem perdeu a audiência pode dar suas contribuições através do FORMULÁRIO DE CONSULTA PÚBLICA.
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3 comentários:
Eu estava presente nesta assembléia,foi muito esclarecedor realmente. Talvez essas novas diretrizes que estão surgindo não sejam aplicadas no meu tempo de curso,mas com certeza vai aumentar a visibilidade da profissão e formar profissionais mais capacitados a viver e trabalhar nessa chamada era da informação.
Mais do que assembléias e mobilizações, precisamos de um sindicato eficiente.
Veja o caso do jornalismo: nem regulamentado, e com um sindicato que estabelece o piso de estagiário como o dobro de qualquer outro.
Acredito que as novas diretrizes também não sejam aplicadas no meu tempo de curso, porém trarão mais visibilidade ao profissional e legitimação para nossa profissão. Dessa forma, buscaremos reconquistar nosso espaço no mercado de trabalho formando profissionais mais capacitados para enfrentar a dinamicidade do mundo atual.
Na Audiência havia uma representante da FENAJ, pois o jornalismo passou recentemente pela reforma curricular que RP está tendo agora. Ela manifestou-se dizendo que precisamos cada vez mais estabelecer espaços para cada curso, porém sem esquecer deixar de lado uma comunicação integrada.
Sobre a atuação do CONFERP acho que vale até um post do pessoal do blog, pois é um assunto complexo e que gera bastante debate.
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