Inteligência emocional. Você é?
Por Andressa Carrasqueira, formada em Relações Públicas pela UERJ
Lendo a coluna da Célia Leão na Você S/A do mês passado (Quem explode é bomba) me pus a pensar em como a inteligência emocional é algo que se constrói com muito auto conhecimento. Basicamente ela fala dos botões que são acionados na gente e despertam a raiva, e como precisamos descobrir em que situações isso acontece, para não nos descontrolarmos.
Mas, para uma pessoa como eu, com 22 anos, pura geração Y, que ainda não descobriu os próprios botões, controlar as emoções em situações adversas é um grande desafio. E isso ocorre constantemente na vida de qualquer profissional, principalmente na relação com o chefe. Profissionais de Relações Públicas, em especial, sofrem bastante com situações de crise, principalmente quando aconselham um posicionamento para dirigentes de uma empresa e este conselho não é seguido. Na maiorida dos casos o resultado desta atitudo é um estrago ainda maior. Obviamente que ainda não passei por essa situação (ainda não tenho experiência suficiente pra dizer para um Diretor o que ele deve fazer), mas estes relatos são muito comuns nas salas de aula, ditos por professores.
O que eu estou querendo dizer é: quando uma situação adversa acontece, e aí? O que é que a gente faz? Você já sabe o que desencadeia em você a vontade de gritar com alguém? De chorar? De dar as costas e ir embora? De mandar alguém tomar naquele lugar?
A grande questão é que a gente não aprende isso em lugar nenhum antes de se jogar no mercado de trabalho. Aí chegamos, carne fresca, cheios de energia e nenhum preparo, e somos comidos pelos tubarões. E um RP sem inteligência emocional é carro sem estrada, queijo sem goibada, como diria Claudinho e Buchecha.
Será que esse tipo de coisa não deveria ser aprendido na faculdade? Na aula de Psicologia, obrigatória para o curso de Comunicação, não seria uma boa oportunidade de mostrar para o aluno como descobrir e controlar seus botões? Por que, numa boa, aprender a teoria é moleza em comparação à realidade do mercado de trabalho.
Talvez tenha chegado a hora - aliás, acho pessoalmente que essa hora já chegou há muito tempo - de a faculdade entender que ela tem sim um papel profissionalizante. Que quem tá ali está em busca do saber, e também de um futuro. Está em busca de sucesso. E é hora de se preparar para poder realizar este desejo, de se adequar às demandas do mercado. De preparar profissionais realmente qualificados, com o famoso perfil que as empresas procuram. De ensinar a jovens o que é inteligência emocional, por exemplo, e o que ele pode fazer para chegar até lá.
3 comentários:
Talvez numa sala de aula seja complicado pra se ensinar como controlar esses "botões" porque cada pessoa se comporta de um jeito diferente e numa sala de aula são no mínimo 30 pessoas.
Sendo que dessas 30, muitas provavelmente, não gostariam de falar abertamente o que as deixa com raiva ou que não conseguem se controlar.
Acho que cada um aprende com o tempo. Eu sempre fui meio estressado e perdia a paciência fácil em algumas situações. Mas hoje, eu aprendi com alguns erros e por consequência, aprendi a controlar essas emoções.
Mas é fato, as vezes da vontade de sair chutando o que se ve pela frente! Hehehe!
Depois de muito tempo, to de volta por aqui!
Saudações!
Concordo, também acho que vamos aprendendo a usar os botões com o tempo e a sala de aula é apenas mais uma ferramenta para isso e não o principal meio.
Somos resultados de nossa carga genética e de interações com o meio e relações sociais, portanto são estes três fatores que nos fazem 'regular' os 'botões' na vida profissional e pessoal.
Abraços
Mateus
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