sábado, 6 de fevereiro de 2010

Por que precisamos tanto de feedback?

sábado | 06 de agosto de 2010

Meu caro, se você é que nem eu, e nasceu na década de 80, você provavelmente é um Y. Nascido e criado em frente ao computador, seja com um 386, um Pentium 200 com internet discada para acessar o chat da UOL e o ICQ, ou, hoje em dia, com um smartphone para twittar por aí, você sempre gostou desse lance de web e relacionamento virtual.

Tudo sempre muito rápido, tudo ao mesmo tempo, tudo ao alcance do mouse. E com a ajuda do Google, é claro.

Você, ao contrário do que o seu chefe pensa, é capaz de fazer cinco coisas ao mesmo tempo. Você pode trabalhar 30 horas seguidas para terminar uma tarefa urgente. Você acha que esse lance de horário rígido é coisa do passado. Você é comprometido com sua carreira e pensa que constituir família é uma coisa pra pensar só depois dos 30. Você está sempre em busca de resultado, de sucesso. De uma empresa que invista em você, ouça suas ideias, acompanhe seu dinamismo, sua proatividade, sua vontade de crescer...

E aí, você entra no mercado de trabalho e vê que não é bem assim. São raras as empresas que estão preparadas para essa nova geração, que hoje povoa o mercado, a tão famosa Geração Y. Falar das grandes como o Google, a Microsof, a Natura, e algumas outras que estão buscando entender estes novos profissionais é relativamente fácil. Mas existe uma imensa fatia restante de empresas que continuam com a mesma postura de 20 anos atrás.

Lendo o post da Fernanda Fabian, Procura-se pessoas comprometidas, fiquei me perguntando: e o que é que nós precisamos, de fato, para nos comprometer? Motivação? Dinheiro? Investimento? Perspectiva de Crescimento?

Sim, precisamos de isso tudo, e muito. Mas, além disso, precisamos de feedback. É na comunicação constante que está o grande pulo do gato para manter um Y ao seu lado. Nós somos dinâmicos demais, e muito inseguros também. Precisamos do trabalho reconhecido 100% do tempo. O bom e velho tapinha nas costas. E, ao contrário do que muitos pensam, aceitamos sim críticas, as construtivas.

Ah, e como queremos ser ouvidos! Um Y não tem medo de dizer para o chefe o que pensa. Se for demitido, ele arruma outro emprego rapidinho. Isso não é falta de comprometimento. É justamente o comprometimento com o resultado que faz o Y expor suas ideias. Sem medo. O problema é que, quando o Y percebe que ninguém está ouvindo o que ele tem para dizer, ou está só ouvindo, sem fazer nada quanto a isso, ele se desmotiva. E, sem nenhum receio, cai fora.

Nós precisamos de causas. Não somos de nenhuma empresa. Não temos vontade de ficar 20 anos fazendo a mesma coisa no mesmo lugar, como nossos pais. Vemos o mercado de trabalho como algo dinâmico. E estamos constantemente nos preparando para ele.

A dica que fica aqui para gestores dos Y é: fale e ouça. Muito. Sempre. E permita a execução de novas idéias. Elas serão boas para sua empresa e para você.

E você, meu querido Y, ouça mais, e aprenda. Porque um dia você vai ser o gestor de um Z, e aí, com certeza, vai lembrar do seu antigo chefe.
_ _ _

11 comentários:

Teteu 6 de fevereiro de 2010 às 00:39  

Li em um texto pela internet que para diferenciar alguém que é geração Y para a geração X basta ver como a pessoa aperta a campainha. Se a pessoa aperta com o dedão é X e se aperta com o é Y.

Concordo muito com o teu texto. Tb li nessas andanças pela internet que muito se fala na geração Y atuando em redes sociais nas empresas, mas quem gerencia e coordena este processo ainda é a geração X, que possui a credibilidade da empresa, apesar de ter menos conhecimento do que a 'gurizada', pois ainda - na grande maioria das empresas - ainda há a questão da hierarquização, organograma.

MATEUS

Anônimo 6 de fevereiro de 2010 às 03:38  

Yes indeed, in some moments I can say that I approve of with you, but you may be considering other options.
to the article there is quiet a without question as you did in the fall efflux of this beg www.google.com/ie?as_q=jasmine flower song lyrics ?
I noticed the axiom you suffer with not used. Or you partake of the pitch-dark methods of development of the resource. I suffer with a week and do necheg

Joyce 6 de fevereiro de 2010 às 13:03  

Um post desse não tem nem o que comentar, já disse tudo...
Parabéns!! :)

Maria Amélia Cruz 6 de fevereiro de 2010 às 13:12  

Excelente texto!

Sem comentários falou tudo! Parabéns!

Renata Arruda 6 de fevereiro de 2010 às 21:07  

Andressa, muito bom o post, fala sobre toda a realidade que nós da geração y vivemos atualmente. Você disse tudo, perfeito!

parabéns!!

Vou postar ele no meu blog, com todas as fontes, sua e do ocappuccino, ok?!!

Grande abraço!!

Renata Arruda
http://valorrp.blogspot.com/
@RRenataarrudas
rrenataarruda@hotmail.com

Diario dos Eventos 6 de fevereiro de 2010 às 21:10  

O dinamismo que um Y traz para o ambiente de trabalho é fantástico.
Tenho alguns na equipe e nossa convivência é muito legal, rola muito feedback e o segredo é ouví-los realmente,como você comentou, e colocar em prática suas sugestões. Atribuo a harmonia da equipe e o sucesso e resultado do nosso trabalho a presença dos Y.
Para mim é um aprendizado, um "energético" que me faz esquecer que sou X.

Anônimo 7 de fevereiro de 2010 às 20:29  

olá, meu nome é Renato. Estou a procura de qualquer coisa sobre as relações públicas no meio musical....podem me ajudar?
podem responder por aqui ou, se preferirem, pelo meu mail: relalots@hotmail.com

Obrigado

Andressa Carrasqueira 7 de fevereiro de 2010 às 22:01  

Galera, muito obrigada pelos comentários!!
Y's uni-vos! rsrsrs! Brincadeirinha...
Mas é bom ver que alguns gestores já estão se antenando para isso, e percebendo as formas de aproveitar tudo que um Y tem a oferecer.
Abraços,
Andressa Carrasqueira

Fabio Procópio 8 de fevereiro de 2010 às 16:50  

Achei ótimo o texto.. foi uma mistura de desabafo com esperança..Esperança de que um dia os Y's serão ouvidos e tratados como devem..hehee..Mas é a realidade..não basta só os estudantes e novos profissionais estarem preparados..as organizações também tem que estar aptas a receber um profissional com um ritmo diferente, idéias diferentes e com o comprometimento imediato com os resultados..

Abraço

Viviane Mansi 9 de fevereiro de 2010 às 14:25  

Muito bom o post! É um desafio real para as empresas, mas vejam pelo lado bom: a geração Y está chegando aos cargos de liderança e certamente teremos, muito em breve, condutas mais equilibradas para conviver com colegas de diferentes gerações.

Candice Vitale 11 de fevereiro de 2010 às 10:58  

Muito legal o post, é isso mesmo. Eu, depois de alguns anos de experiências complicadas decidi ter meu próprio negócio. Mesmo com as dificuldades, temos mais liberdade de fazer as coisas do nosso jeito.
Boa sorte pra vc!

Candice Vitale
www.heat.com.br
Coluna Redes Sociais - www.voit.com.br

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