quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Gostar de gente.

Por Tainá Bücker, estudante de Relações Públicas da Univates

Há profissões em que o único e maior pré-requisito não é avaliado pelo número de diplomas que possuímos e sim pelo fato de se gostar ou não de gente. Mas gostar de gente, como assim?

Vejamos:

Há no mundo pessoas e pessoas. Mas há pessoas que gostam mais de gente do que outras. E o gostar a que me refiro não é aquele em que simpatizamos com a pessoa, nem se temos ou não afinidades com ela. O gostar a que me refiro é a respeito daquele calor humano, do olho-no-olho, do aperto de mãos, enfim, de toda aquela troca de energia que fazemos ao mantermos contato com alguém. São estas as sensações que devem nos encantar.

Gostar de gente é o que faz a diferença em algumas profissões. Essencialmente profissões que lidam 24h com público. Não sei se por incompetência de algumas instituições de rh’s ou dissimulação de candidatos em entrevistas, mas há, por incumbência deste motivo que pretendo descobrir, uma grande quantidade de gente que não gosta de gente trabalhando onde deveria gostar. Aliás, não só gostar, amar.

E tenho este como um erro gravíssimo. Já trabalhei muito com público e esta não deixa de ser mais uma de minhas grandes paixões, portanto afirmo que para atender pessoas, sejam nos mais variados cargos, é preciso, antes de mais nada, que gostemos de gente. De pessoas. De seres humanos. Mas de todos os gêneros, sem discriminações.

Gostar de gente é saber se colocar no lugar do outro. Ter empatia. Saber ouvir, mais do que falar, por mais contraditória que esta informação possa lhes parecer. Tratar as pessoas com individualidade e a curiosidade de vê-las com olhos distintos. Gostar de gente é ter a capacidade de entender almas. É ter a percepção acerca do comportamento humano.

Se há nos mais requintados guichês de atendimento deste mundão afora, pessoas antipáticas, mal humoradas, secas, frias e sarcásticas até consigo mesmas, há sim probabilidades de que elas tenham tido um dia ruim ou problemas familiares, amorosos ou até financeiros. Mas ninguém me tira da cabeça que no fundo, o problema maior reside no fato de que elas não gostam de gente. Não apreciam o trato com pessoas, consequentemente vivem com aquelas caras hostis.

O trato com pessoas é muito mais sutil do que possamos imaginar. Só que a imagem que temos dos cargos que deveriam não só pedir, e sim, exigir tal competência, infelizmente não é das melhores. Não sei se poderia atribuir este traço da personalidade que todos deveríamos ter à uma espécie de característica transcendente, mas acredito no valor da sensibilidade dos seres humanos. Pois não há nada que nos surpreenda mais no mundo do que pessoas.

Seres advindos das mais variadas realidades, ao dirigirem-se à algum local onde o atendimento seja prestado não por máquinas e sim por pessoas, merecem serem entendidos. Vejam bem meus caros, que eu disse entendidos e não atendidos. Pois subentende-se que quando uma pessoa estiver atendendo outra, deve, como já mencionei anteriormente, ela precisa saber se colocar no lugar desta, seja ela cliente, paciente, passageiro, consumidor, ou seja lá o que for.

Não importa a classificação que daremos às pessoas, pois acima de tudo, cada pessoa é uma alma que está solicitando auxílio à outra, que por obséquio é paga todos os meses para prestar tal serviço. Mas se esta pessoa não tiver a habilidade de gostar de gente, lamento ter que dizer que está trancando cena no lugar errado. E se trocar de emprego, mas não de função, continuará frustrada, descontentando uma série de pessoas que não tem culpa da sua tão desesperadora dor. A de não gostar e talvez nem saber que não gosta de gente.

Eu gosto de gente. Gosto principalmente da complexidade de ser gente. Não vivo sem muitas pessoas ao meu redor. Agora quem não gosta, não adianta se iludir achando que de um dia para o outro vai acordar com uma incontrolável gula por pessoas. De jeito nenhum. Quem não se sente atraído por gente, deve trabalhar fora de locais movimentados. Centrado unicamente nas suas tarefas. Sabe aquela história de me deixa quieto no meu canto? Pois é, tem gente que só funciona assim. E isto não é uma crítica. São perfis diferentes. Procure descobrir à qual time você pertence, antes que, mais almas saiam feridas, pois todos merecem serem tratados de forma única. Precisamos salvar a essência humana e direcionar as pessoas para os cargos certos.

Pensem nisso minha gente!

2 comentários:

Anônimo 26 de dezembro de 2008 às 13:25  

empre me pergunto

Ocappuccino.com 30 de agosto de 2009 às 14:38  

sempre se pergunta???

há tempos espero esta resposta

mateus d'ocappuccino

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