Perfil Rodolf Mohr.
Por Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS
Estudante, 21 anos, comprometido, Coordenador Geral do DCE, Militante do PSOL, participante da ocupação da Reitoria da UFRGS, presente na ocupação da UNB, lutador incansável pelo RU da ESEF, combatente repreendido pelas autoridades policiais no protesto da casa da Governadora Yeda: Rodolfo Mohr.
Ocappuccino: Como e quando você escolheu o curso de jornalismo? E o que mais influenciou nesta decisão?
Rodolfo: Desde muito cedo eu quis fazer jornalismo. Sempre gostei de ler jornal e adorava jornalismo esportivo. Acho que ali pelos 12, 13 anos tomei a decisão. O que eu mais gosto é dar uma notícia em primeira mão. Mesmo que seja ruim. Quando meu bisavô morreu em 2000 eu fui o primeiro a contar para muitos familiares e senti a gravidade e peso de dar uma notícia relevante, mesmo que apenas para minha família.
Ocappuccino: Atrás, ou ao lado, de um grande homem sempre há uma grande mulher; então como vai a vida amorosa?
Rodolfo: Vai ótima. Sou um cara apaixonado e feliz com a minha namorada. Grandes homens e grandes mulheres andam lado a lado.
Ocappuccino: O que você costuma fazer nas horas de lazer?
Rodolfo: Tenho pouco tempo livre. Então sempre que posso desncaso bastante, gosto muito de dormir nessas horas. Mas também vou ao Olímpico torcer pelo tricolor gaúcho. Jogo um videogame com os irmãos. Ler coisas que fujam da rotina.
Ocappuccino: Dacom, DCE, qual o próximo passo?
Rodolfo: Só o futuro sabe. Não tenho grandes elaborações sobre o futuro. Apenas duas coisas. Gostaria de morar no Rio depois de formado e morar na praia quando velho. Até lá vou fazendo o que eu posso para fazer da vida algo melhor, menos injusto.
Ocappuccino: Você já tinha tido algum contato com a política antes de entrar na UFRGS?
Rodolfo: Muito pouco. Era um expectador distante de eleições. Participei apenas de uma passeata contra a Guerra no Iraque em 2003 quando tava no terceiro ano. Depois levei 3 anos para entrar na Fabico e logo no fim do primeiro semestre fui para o DACOM, depois fui no Congresso de Estudantes da UFRGS, DCE e hoje tô no PSOL.
Ocappuccino: Você participa de atividades políticas fora da Faculdade?
Rodolfo: Sim, entrei no PSOL em março de 2007. Quando quis fazer alguma coisa pela Fabico eu fui pro DACOM. Quando vi que podia contribuir para melhorar a UFRGS, fui para o DCE. Mas que para eu disputar os rumos do país eu precisava de um partido, que é a organização política que a sociedade civil se organiza pela disputa de projeto de nação. Sou de esquerda. Depois do governo Lula e a falência do PT, o PSOL era a única opção coerente, socialista, que não se rendeu aos luxos do Planalto.
Ocappuccino: O que você espera dessas eleições municipais em Porto Alegre? Sem partidarismo.
Rodolfo:: Espero que a cidade se envolva nas eleições. Veja os debates, converse com os vizinhos, que as pessoas tomem pra si a tarefa de cuidar de verdade da cidade. As perspectivas estão indefinidas. Quem vai para o segundo turno, quem vence. Mas se a população sair mais politizada, com interesse em participar da política mais do que no início da eleição, já teremos um saldo positivo. Mas chegou a hora de Porto Alegre virar novamente à esquerda.
Ocappuccino: Nos seus planos e projetos, o que estará mais marcante é o jornalismo ou é a política?
Rodolfo: Irão se misturar. Tudo na vida é política. Até quem não toma posição, escolheu se abster e contribui para alguma coisa. A vida do jornalista, portanto, não se separa da do ser político. Espero conseguir trabalhar como jornalista e seguir na luta. Acredito que isso seja possível. E não tenho medo de trabalhar em lugar nenhum também. Depois que se adquire princípios e se aprende a defendê-los não há patrão que nos faça mudar de lado.
Um abraço, obrigado pela oportunidade.
Nós que agradecemos pela oportunidade e
lhe parabenizamos pelos feitos em prol da
igualdade e dos direitos sociais.
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