segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ser ou não ser... RP?

Por Andressa Carrasqueira, estudante de Relações Públicas da UERJ

Se você está como eu ou como nosso amigo Mano (que postou o texto Monografando sexta-feira), desesperado para entregar sua monografia, a um dedinho de pegar seu canudo e sair correndo por aí dizendo que se formou em RP, então, meu camarada, você está prestes a ser reconhecido pelo Ministério da Educação como Relações Públicas. Bom né? Pois é... Mas se você está esperando que vai arrumar um bom emprego de Relações Públicas... Senta e descansa.

O que ocorre hoje é que o mercado de RP é completamente indefinido. Eu, por exemplo, sou Analista de Marketing, apesar de fazer muita coisa que é RP. Tenho certeza de que muitos graduandos em RP que estão lendo este post também trabalham com Publicidade, Comunicação Interna, Assessoria de Imprensa, Marketing, Relações Institucionais, Jornalismo etc, mas não trabalham com RP. Aliás, não existe muito bem definido nas empresas, grandes ou pequenas, a função de Relações Públicas. E isso mostra o quanto é difícil para nós nos colocarmos neste mercado tão competitivo.

Ah, mas a faculdade de RP é generalista. Quem faz RP pode trabalhar em qualquer área da comunicação. Pode, pode sim. E é isso que eu sempre disse nas entrevistas. Mas o profissional de RP só não consegue é trabalhar com RP. Aliás, você mesmo nem sabe o que é RP quando entra na faculdade (salvo algumas exceções).

O que estou querendo dizer aqui é: Precisamos virar RPs! Isso quer dizer que a gente tem que se apresentar como formado em Relações Públicas, e não em Comunicação Social, como muita gente faz por aí. E se preparar pra perder cinco minutos explicando pra quem perguntou o que é RP. Como no movimento que iniciou, via @fabioalbukerk, quinta-feira no twitter, #DesafioRP: Defina Relações Públicas em até 140 caracteres. Muitas definições do que representa a atuação estratégica das RRPP nas organizações foram expressadas, como por exemplo a da @NatytaFranco: RP é a arte de trabalhar a imagem da org. p/ todos seus stakeholders posicionando a marca de forma estratégica.

Então, se não mudarmos a forma como o mercado brasileiro enxerga os profissionais de Relações Públicas estaremos fadados a sermos substituídos por profissionais de outras áreas da comunicação. Se não conquistarmos nosso espaço, nunca conseguiremos ocupar a posição estratégica que o profissional de RP tem (ou deveria ter, segundo nossos professores) em uma empresa. E aí fica beeem difícil Ser RP.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Monografando.

Por Massimino Delazeri, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Depois de algumas semanas afastado do blog, trabalhando na minha monografia, estou de volta para falar sobre ela...

Quem já passou por essa etapa da graduação sabe muito bem do que estou falando. E quem ainda não passou pode se preparar para algumas noites mal dormidas e, dependendo da pesquisa, bastante trabalho.

No meu trabalho busquei identificar o processo de construção de um blog corporativo. No início a minha ideia era selecionar alguns blogs e fazer uma pesquisa de caráter mais quantitativo, através da observação direta, identificar características em comum na estrutura e no relacionamento com os usuários.

Mas, ao discutir sobre a pesquisa com o meu orientador Alex Primo, ele me aconselhou a utilizar a metodologia de pesquisa exploratória no formato de estudo de caso. Essa metodologia consiste em identificar um objeto de estudo e a partir de diversas fontes coletar informações e fazer uma descrição detalhada do objeto de estudo.

Para pesquisar escolhi o Claro Blog, blog corporativo voltado para o público externo - desenvolvido pela operadora de telefonia móvel Claro. Escolhi o Claro Blog como objeto de estudo por ser o blog corporativo de uma empresa com um enorme número de clientes diretos, e por recentemente ter conquistado um prêmio na área de relacionamento com o cliente – Prêmio ABT – na categoria Soluções Tecnológicas, que reconhece as práticas de relacionamento com o uso da tecnologia.

Coletei muitas informações interessantes que mais adiante transformarei em post para partilhar aqui no blog.

Por ora, aproveito o espaço para agradecer a toda equipe do Claro Blog que muito gentilmente colaborou com a minha pesquisa. Ainda estou acertando os últimos detalhes da monografia, a data de entrega é dia 7 de dez. e a banca já está marcada para o dia 15 de dez. Torçam por mim!

Tem mais algum formando por ai? Mais alguém passando por essa experiência de pesquisador? Peço que colabore aqui conosco contanto um pouco sobre a sua monografia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Modernização e ampliação de cenários: o RP nos meios digitais.

quarta-feira | 25 de novembro de 2009

A mais nova da equipe Ocappuccino.com é a Fernanda Fabian, a Fê. É estudante de RP; aspirante a analista de comunicação; um planejamento de marketing ambulante. Aquela que deseja o saber da internet, ou curiosa por ela, como queira: é louca por novidades na web - e fora dela. É fascinada em redes sociais, blogs e sites. Aliás, fascinada em comunicação. Em um mundinho só seu, repleto de livros, anotações, links, músicas novas e os clássicos do rock n' roll (e da Cachorro Grande), ela viaja por mundinhos alheios e constrói inúmeras relações entre eles. Incessante, interessante e simpaticamente apaixonante.
A temática é bem abrangente e de ampla discussão: como perceber um cenário em constante mudança, em que precisamos compreender o que o consumidor de fato quer; atender as necessidades da política das empresas; identificar os reflexos de um simples comentário na rede, ao tempo em que verifica-se as necessidades de comunicação da organização; tratar com públicos totalmente variados (interno, externo...); criar e gerenciar um relacionamento com a mídia e com a comunidade; fortalecer ações on line e off line, e, pensar em como desenvolve-las a curto e longo prazo; estar sempre atualizado sobre assuntos que vão desde a política, marketing à comportamento na novela das 20h.

O RP de hoje precisa ser muito mais do que aprendemos em sala de aula, ele precisa ser totalmente flexível a mudanças e aos reflexos do mercado. E esse é um dos privilégios de relações públicas: não possuir um único foco e uma única forma de trabalho. É preciso saber ouvir e experimentar novas ferramentas, novos meios, novas informações. Principalmente para não correr o risco de o seu cliente falar em algo que você desconhece e acabar passando por desinformado.

Um dos caminhos mais acessíveis para isso tudo é a internet, mais especificamente as redes sociais. No dia 4 de setembro deste ano, o portal Mundo do Marketing publicou um levantamento realizado, que mostrou que as redes sociais são responsáveis por 62% do tráfego na internet brasileira.

Outra pesquisa de grande relevância e que vem ao encontro deste post, foi a divulgada pelo Valor Econômico no dia 6 de novembro. Foi feita com 1.277 internautas que escrevem com frequência nas redes, entre blogueiros e twitteiros brasileiros, e apontou que as redes mais acessadas por essas pessoas são o Twitter (68%), Orkut (63,1%), YouTube (28,7%), Blogger e Blogspot (25,9%). Ainda conforme o estudo, 90,1% dos usuários entrevistados usam a internet para pesquisar sobre produtos e serviços antes da compra; 79,3% fazem compras em sites e 42,9% recomendam o produtos e serviços nas redes sociais. As críticas são inseridas em todas as redes. No Twitter, 27,8% dos internautas criticaram marcas; o percentual de consumidores reclamantes foi menor nos blogs (15,1%), no Orkut (15%) e no YouTube (6,9%).

Essa é só uma dentre tantas outras pesquisas que comprovam que as redes sociais não são um simples modismo, mas sim uma forte tendências (alias, está sendo) para a comunicação. Nenhuma novidade até aqui para muitos não é? Mas quantos de nós está executando, de fato, na prática essas discussões? Ouve-se muitos cases de sucesso, praticados, muitas vezes por publicitários e marqueteiros, e os RPs? Sei que existem vários que utilizam dessa pratica, mas poucos créditos são refletidos às Relações Públicas. Um exemplo real foi o realizado pela Rede Globo e pela agência LiveAD, e foi premiado no Festival de Cannes: Mil Casmurros. Como muito bem apresentado aqui no blog anteriormente.

As mídias sociais são um canal infinito de possibilidades, e isso você descobre explorando elas. Não há um passo a passo ou guia definitivo, a criatividade é a sua maior, e melhor, ferramenta neste caso. Explorar novos caminhos, criar novos focos, interagir e planejar de forma efetiva e, principalmente, pesquisar sobre os públicos em questão e sobre as redes em que está sendo inserido o conteúdo são as melhores formas de ser obter uma aproximação com esta que é mais uma opção para os RP’s, as redes sociais.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As Novas Waves da Google.

Por Amanda Barrin, estudante de Publicidade e Propaganda da PUCRS

Quando comecei a idealizar esse post pensei em falar sobre as possibilidades do Google Wave, poder integrar em uma só ferramenta todos aplicativos da Google. Entretanto são tantas novidades acontecendo com a toda poderosa da internet que alguns projetos merecem sem comentados até para que fiquemos por dentro do que a mais poderosa da internet nos promete.

Eis um videozinho (ative a legenda em português) sobre a história da Google e fatos marcantes nesse 11 anos.


WAVE
A nova ferramenta promete ser a mais poderosa da empresa, mas atualmente o Wave é tão complicado que nem da vontade de descobrir inúmeras possibilidades uma vez que ela é um misto de e-mail, rede de relacionamentos e buscador. Em tempos que a velocidade e a praticidade são fundamentais para se disseminar informação, o Wave vem na contramão, pelo menos é o que se percebe em sua versão preview. Até por ser uma versão crua, suas funcionalidades são muito complicadas. O projeto é como um diamante bruto a ser lapidado, será muito mais atrativo quando for mais simples.

Fora os contratempos, a proposta do Google Wave é incrívelmente útil, essa ideia de all-in-one é bastante atrativa, uma vez que hoje o nosso tempo é precioso e gastamos boa parte desse tempo gerenciando nossos eus virtuais, sejam eles no Orkut, My Space, Twitter, Facebook e genéricos. Por exemplo, Pode ser criar uma enquete com auxilio do maps, para se localizar. Imagine, todo mundo marcando no mapa onde estará, torna-se muito mais fácil encontrar as pessoas e encontrar caminhos, tudo na mesma wave. Resumindo, a palavra integração diz muito sobre o que o Wave pretende ser.

NOVO ORKUT
Impulsionada pelo crescimento do Facebook no Brasil, a Google lançou o novo Orkut, que nada mais é que o Orkut antigo com um novo layout, e algumas, poucas, novas funcionalidades. Retomaram o sistema de convites, gerando um grande buzz. Criaram um usuário personagem para ser a ponte entre a Google e os usuários da rede de relacionamentos, Danilo Miedi. Esse personagem é o responsável pela disseminação das novidades e dos convites. A estratégia de comunicação deu certo, era aparecer o grande “O”do Orkut no perfil, simbolizando que estavam usando a nova versão, que choviam pedidos de convite. Uma coisa que me incomodou bastante, um erro de comunicação imperdoável e inexplicável de uma empresa do porte da Google, que deixou muitos usuários descontentes, foi que na imprensa foi divulgado que o “O” apareceria nos perfis de quem tivesse convites para distribuir, que não foi verdade, o símbolo aparecia em todos os perfis que estava utilizando a ferramenta com nova roupagem. Gerou mal estar entre usuários que por muitas vezes passaram por mentirosos diante de seu amigos. Uma falha de comunicação dessas gera um grande comentário negativo, que nunca é bom já que no comportamento organizacional o falem mal, mas falem de mim não cabe.

Nada original o novo Orkut deixou de ser simples e ficou muito desorganizado. Como foi divulgado, tudo está na pagina inicial, difícil é descobrir onde. O aplicativo de fotos e vídeos tiveram significativa melhora, com mais agilidade, menos bugs e mais organização. A barra de status do usuário pode ser comentada, como no Facebook, aliás o Orkut virou uma cópia do Facebook.

CHROME OS
Os pilheiros de planão já estão dizendo que o OS da Google é a grande batalha com a a Microsoft, mas o que eles não esperavam é que essa não é a intensão da Google, pelo menos por enquanto. O Sistema Operacional da Google na verdade é um grande navegador de internet. Implantado somente em netbooks, o Chrome OS não permite a instalação de programas, sendo que a proposta é que se use programas online. E antes que se pergunte e o que farei quando não tiver conexão disponível a Google garante que os aplicativos disponibilizarão versões offline. A Google deixou claro que não vê o netbook como único computador do usuário, dizendo que esses usuários geralmente tem uma maquina mais poderosa em casa. Outro ponto forte sobre o OS é a segurança, a Google garante que o Chrome tem uma forte segurança até contra ele mesmo, não permitindo que se infiltrem no sistema. Agora é esperar pra ver. Aí um videozinho explicando melhor o OS, a legenda está em espanhol, mas vale a pena assistir.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Os dois lados das redes sociais.

Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista/SP e Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS

A Web 2.0 contemporiza-se da primeira geração da internet pela dinâmica das interfaces das páginas que são praticamente estáticas da Web 1.0, onde o internauta tem um grau maior de interatividade e colaboração para o desenvolvimento de conteúdo.

Dentro deste contexto o desafio das organizações está além da capacidade de fazer a comunicação como sempre se fez, deve-se ainda, ser capaz de atuar de forma efetiva e estratégica no relacionamento com as redes sociais e ambientes colaborativos.

No atual cenário de interatividade e colaboração das redes sociais, os consumidores e usuários de conhecimento sentem-se cada vez mais à vontade para opinar e discutir sobre mídias, produtos e serviços.

Tim O´Reilly, grande estudioso da internet, em seu livro Open Source Paradigm Shift (2004), afirma que o valor competitivo das empresas nesta nova era da internet residirá na habilidade de entender como os usuários adicionam valor às informações e serviços que elas oferecem, e que elas deverão encorajá-los a fazer, realizando um relacionamento e montando credibilidade sobre a propaganda na rede.

Confirmando a importância das redes sociais para as empresas, a pesquisa Nielsen: Trust In Advertising Oct07, sobre a credibilidade da propaganda tradicional realizada em 47 países, aponta que 78% dos entrevistados acreditavam mais em recomendações de outros consumidores do que em propagandas tradicionais, e que 61% confiavam em recomendações postadas em comunidades online. Em contrapartida, apenas 14% disseram acreditar em propagandas tradicionais, a famosa chapa branca. No Brasil, segundo percentuais disponíveis no site To Be Guarani a internet é o terceiro maior veículo em extensão de alcance no Brasil, e 90% dos consumidores procuram sugestões de pessoas conhecidas, enquanto 70% confiam em opiniões expressas online.

Nesse domínio, falar de estratégia e de relacionamento entre públicos traz à tona a importância das relações públicas para esse cenário, principalmente no tocante à questão de criação de comunicação de via de mão dupla. Se a campanha não for bem desenvolvida pode causar danos, como a campanha publicitária, da Skol, para o concurso cultural Redondo é rir da vida. A princípio era para instigar o público a produzir e enviar vídeos, mas como podemos perceber abaixo na apresentação do Rafinha Bastos e na repercussão nos comentários do vídeo no youtube, a iniciativa não foi tão engraçada assim:

Grande estratégia da Skol: chamar o público para participar de uma campanha, com personagens como Rafinha Bastos e Danilo Gentili, ícones do humor e da alegria, não acham? Mas eles não contavam com o poder de produção, transformação e viralização das redes socais e Ronald Rios subverteu a brincadeira e – ao criar uma paródia do vídeo promocional – fez o público rir e pensar que a campanha da cerveja não era tão engraçada assim. Leiam o excelente artigo, A SKOL NÃO SABE RIR DA VIDA, postado no PLOG | O blog do Patrício Jr. Pois brincar com algo como uma droga com potencial causador de dependência não é tão simples. Assistam:

Mesmo uma campanha supostamente bem planejada pode causar repercussões inimagináveis no público. Vejam só o exemplo da Skol: 1. a ideia: provocar o público a gravar vídeos com história engraçadas 2. a ativação: como garotos propagandas dois grandes do stand-up comedy 3. o mote: você é o ator, você faz o palco e você escreve o texto 4. o objetivo: virilizar a campanha 5. a contrapartida: os 10 vídeos escolhidos fazem parte de um comercial da marca e aparecem no site.

Com um belo planejamento como este, o que deu errado? Como evitar alguns incidentes como este? É possível mensurar ou tangibilizar as reações dos públicos sobre as campanhas? Como você, leitor, faria – e faz – isso antes de planejar e aprovar uma ação? Talvez a ideia fosse tão boa que não tentaram destruí-la, não tentaram questioná-la. Claro que é lógico associar cerveja, festa, diversão, mas Ronald Rios mostrou que existe também o outro lado.

Ah, no site Redondo é rir da vida dá pra ver os vídeos ganhadores do concurso e pelo menos, se não gostar, tocar tomates neles.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

As Relações Públicas no Esporte

Hoje convidamos @Brenomoreira para nos contar um pouco sobre seu
foco como Relações Públicas: o esporte. Breno tem 26 anos, é Relações
Públicas e Administrador (habilitação em Promoção de Eventos,
Esportes e Lazer). Suas experiências no esporte: ACE – Marketing
Esportivo. Clientes: América FC, Pitágoras/Minas, Bonsucesso/MOC,
Festival de Esportes/Mercantil, lei de incentivo ao esporte e eventos
esportivos. Clube Atlético Mineiro (Marketing).


Em alta, o esporte tem despertado o interesse de muitos profissionais e isso também se deve à realização da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016. Nosso país passará, até o fim destes anos, por muitas provas de fogo, mas é preciso pensar no presente, nas oportunidades e nas mais variadas formas de comunicação relacionadas ao esporte.

Futebol é a paixão nacional, porém em termos de gestão, notamos que está a um passo atrás de algumas modalidades do chamado esporte especializado. Um dos possíveis motivos para tal amadorismo pode ser identificado pela paixão excessiva, que deve ser dosada para deixar de ser prejudicial e tornar-se produtiva.

O esporte é emoção. Isso torna o trabalho prazeroso, e é ai que se encaixa o profissional de Relações Públicas. Nos clubes esportivos exercemos um papel fundamental no planejamento estratégico. Todavia não podemos viver esse clima contagiante e agir desordenadamente. Devemos conhecer de perto o negócio, os públicos, os pontos fortes e fracos, as ações estratégicas e etc. Este processo funciona como qualquer outro e todo sistema de comunicação contribui para o constante crescimento das instituições, bem como para a sua marca.

Podemos destacar alguns pontos que podem ser trabalhados por profissionais de RRPP direta ou indiretamente: relacionamento com o torcedor (CRM) e stakeholders, operações e ações para os jogos, ativação de patrocínios, comunicação interna e institucional, ações de responsabilidade social, resguardar a identidade e padronizar toda comunicação visual, coordenar eventos, realizar pesquisas (quantitativas e qualitativas), desenvolver projetos e trabalhar em sinergia com os departamentos Comercial e Assessoria de imprensa, além de ter participação em administração de crises, implantação ou continuidade da qualidade total e recursos humanos. O profissional atualizado, atento às inovações, cenários e tendências, certamente irá se destacar, pois tudo o que circunda o esporte pode ser visto como oportunidade. A indústria do entretenimento pode ser um bom exemplo para o desenvolvimento contínuo do esporte.

Creio que, na maioria dos casos, os profissionais da comunicação estão inseridos nas assessorias de imprensa e nos departamentos de marketing, onde os torcedores já estão sendo tratados como consumidores, e com enorme potencial perante a um momento que exige uma gestão profissional dos clubes e da indústria do esporte.

O planejamento estratégico deverá considerar a diversidade do público ligado ao clube, respeitado os diferentes perfis, com suas características e peculiaridades. Além disso, a imagem e identidade da marca deverão ser trabalhadas através de ações e eventos bem sintonizados e dimensionados.

Enfim, temos que estar antenados para levar aos stakeholders um pouco da emoção das partidas por meio das experiências, sensações, sentimentos, pensamentos e identificação com o clube.

As áreas de comunicação, no contexto esportivo, são um campo fértil para a criatividade, onde é preciso ousar e inovar com riscos calculados. Os profissionais de Relações Públicas têm sido audaciosos ao longo dos anos e peças-chave na luta pela sobrevivência corporativa, criando assim, novas oportunidades de trabalho. O desafio está em aproveitar os eventos que estão acontecendo, os que estão por vir e as portas que se abrirão pós Copa e Olimpíadas. Para isso, é preciso qualificar-se e trabalhar para deixar o legado de bons frutos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Encante e seja encantado.

Por Betânia Castoldi, estudante de Relações Públicas da PUCRS

No dia 20 de outubro assisti a palestra Como a Renner cresceu de 8 para 118 lojas de José Gallo, presidente das Lojas Renner. A palestra que ocorreu na ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, era justamente para contar como as Lojas Renner cresceram tanto, de 8 lojas em 1992 para 118 em 2009. E qual estado não tem Lojas Renner? São poucos e para se ter uma idéia a empresa, que é gaúcha, já conta com 35 filiais em São Paulo e apenas 15 no RS. Essa história recente de sucesso se deve à Política de Encantamento.

Antes de falar da trajetória de crescimento da corporação, Gallo nos mostrou alguns números interessantes da rede que conta hoje com 10.500 colaboradores: é a 2° maior rede de loja de departamentos de vestuário (atrás da C&A), 94% das lojas são em shopping e já foram feitos 14,5 milhões de cartão de crédito da loja, nos quais 40% estão ativos. Falou também das principais concorrentes, C&A e a Riachuelo, mas frisou que sua maior concorrente ainda é a rede informal do varejo que trabalha sem nota.

ENCANTAMENTO
Segundo o CEO da Renner, o Encantamento das Lojas Renner funciona na linha entre as Expectativas e a Satisfação dos clientes. A implantação da Política de Encantamento começou a partir da construção de uma visão: Encantar a todos é a nossa realização. Esta é a visão, mas Gallo sabe que não funcionaria somente como um quadro na parede e para que ela fosse vivida internamente era preciso saturar a empresa com a voz do cliente, envolver e motivar a todos, delegar autoridade total aos funcionários (confiar nas pessoas) e reconhecer os heróis através de prêmios e destaques.

José Gallo nos ensina alguns passos trabalhados internamente para criar o encantamento: Empatia com o Cliente: Coloque-se no seu lugar. Presteza: A disposição de ajudar clientes, resolver problemas, fornecer serviços. Segurança: O conhecimento e a cortesia dos funcionários e sua capacidade em transmitir segurança e confiança. Confiabilidade: A capacidade de fornecer o que foi prometido, de forma segura e precisa.

O sentido do trabalho da Renner é: Quem encanta é encantado. E seguindo nessa cultura diferenciada de encantamento eles utilizam uma linguagem corajosa, surpreendente e única, construindo uma empresa não só em cima de preços, mas baseada no relacionamento com as pessoas e principalmente focada na mulher, pois é ela que compra para o marido, namorado, filhos, etc. Isso fica bem visível ao observarmos a sua proposição de valor: Ser a loja cúmplice da mulher moderna, com moda em diversos estilos, com qualidade, a preços competitivos, em ambientes práticos e agradáveis. E Gallo completou dizendo que espera que as mulheres ao entrarem em qualquer uma das lojas sintam-se em um verdadeiro spa urbano, onde elas serão encantadas e esquecerão de suas preocupações.

COMUNICAÇÃO E REPOSICIONAMENTO
Conforme o slogan da loja Você tem seu estilo, a Renner tem todos, a loja apresenta suas roupas e acessórios baseados em diferentes estilos de vida: Casual, jovem, neo tradicional, sensual e contemporâneo. E os negócios da empresa são todos voltados ao tempo que esse público tem disponível, ou seja, eles procuram sempre reduzir o tempo de espera nas filas, posicionar os produtos de forma que fiquem atraentes e sejam facilmente encontrados. Mas o ponto mais forte , ou seja, a marca registrada das Lojas Renner é o encantamento desses clientes através do atendimento. O CEO da Renner acredita muito que a comunicação é mais eficiente quando feita boca a boca por clientes encantados. A rede faz essa medição através do Encantômetro, que em 2008 registrou 96% de clientes encantados e satisfeitos, dentre 18,2 milhões de opiniões.

Gallo diz que a maior riqueza da Renner são as pessoas que geram histórias de encantamento, e que já são 110 mil histórias todas publicadas em um livro. Peça chave neste processo é o atendimento do colaborador, que é avaliado através do Cliente oculto, e a partir daí surgem os destaques do mês, além de outras campanhas motivacionais como prevenção de perdas, PPR, etc. A comunicação interna acontece através de Jornal interno – Planeta Renner, Canal Renner – vídeos mensais, Pesquisa de clima interno e Café da manhã com o presidente – onde alguns colaboradores são escolhidos.

Entrando mais no universo da comunicação, José Gallo nos contou sobre o processo de reposicionamento da loja, que é voltada para o cliente. Devemos entender o cliente e suas expectativas, e o entendimento das expectativas dos clientes passam por 4 pontos: sua experiência anterior como cliente, seu círculo de relacionamentos, a concorrência e o que a publicidade diz às pessoas. Na verdade se torna necessário exceder as expectativas dos clientes rotineiramente. E para isso é preciso identificar o cliente, conhecê-lo profundamente, e assim descobrir o que ele deseja e ser o melhor a fazer e/ou oferecer o que ele deseja. Gallo utiliza uma frase de Charles Lazarus, presidente da Toys’r Us, para resumir: Você tem que escutar os clientes e então agir com base no que disseram.

VAREJO E NOVOS CONSUMIDORES
Gallo finaliza deixando uma dica: O varejo é um mercado extremamente dinâmico em que você fica perto do consumidor. Existe uma carência de profissionais executivos para o varejo e para quem gosta de movimento e de gente essa área é brilhante, fonte de grandes oportunidades.

Particularmente adoro o varejo, tenho contato com esse meio através do meu estágio e pretendo ser uma executiva dessa área, pois gosto muito de lidar com diferentes públicos e tentar decifrá-los. Esses dias li uma reportagem do Jornal O Sul que me chamou a atenção, sobre o crescimento das classes D e E, que estão ganhando espaço no consumo. A reportagem diz que a classe C está perdendo sua atratividade, enquanto camadas inferiores são cobiçadas pela indústria e comércio no Norte e Nordeste do País. Os pobres do Norte e Nordeste estão consumindo mais que os ricos do Sudeste, e isso se deve principalmente à inflação em baixa e ao aumento real do salário-mínimo. Empresas antenadas, como a Camp – sucos em pó e prontos e a Perfetti Van Melle – bala Mentos, já detectaram o potencial deste novo mercado e já produzem produtos sob medida para as classes D e E, em embalagens menores e consequentemente mais baratas. A diretora da empresa de pesquisas LatinPanel, Christine Pereira, cita cinco produtos que ainda tem pouca presença na mesa dessas classes: creme de leite, leite condensado, maionese, molho de tomate e amaciante de roupas.

Essa reportagem afirma cada vez mais a dinâmica do varejo, como citou Gallo, e a necessidade das empresas enxergarem essas constantes mudanças e se adequarem aos seus públicos. Este assunto já vem sendo falado pelos especialistas em consumo e inclusive foi citado aqui no Ocappuccino com um post sobre o 22° Set Universitário da PUCRS. Apesar da reportagem afirmar que a classe C estar perdendo sua atratividade, a Renner ainda aposta neste público e não é por acaso, pois o crescimento da classe C, que aumentou de 27% para 40% entre os anos de 2006 e 2008, também é refletido pelo seu poder de compra. Embora a Renner seja focada nos públicos A- e B, esta nova classe C, que possui 71,3 milhões de pessoas com renda entre R$912 e R$2.470 e representa 27% do consumo, já é trabalhada em suas campanhas.

Abaixo veja os slides da apresentação Como a Renner cresceu de 8 para 118 lojas de José Gallo, presidente das Lojas Renner:

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Universo multirreferencial X Falta de tempo.

Por Bruna Franco, estudante de Relações Públicas da UFG

Há um bombardeio de informações vindo de todos os lados, desde a internet, até àquele senhor que fica gritando sobre o fim dos tempos na esquina da sua casa: tudo o que vivemos, falamos, ouvimos e sentimos é informação.

Muitas vezes não conseguimos lidar com essa quantidade sem-fim de coisas acontecendo simultaneamente conosco e passamos a nos questionar: O que é realidade? Até onde vai nosso imaginário? Estas questões são abordadas no filme Quem Somos Nós?, em que cientistas fazem uma tentativa de respondê-las.

O filme aborda questões como Quem é Deus?, O que os pensamentos podem fazer na nossa vida? entre outras, porém o foco do texto é: realidade X imaginário e como nos relacionamos com os excessos de informação existentes num curto período de tempo disponível.

Tempos atrás, acreditava-se que quanto mais informação melhor. Porém hoje sabemos que, principalmente na publicidade, menos é mais, o que quer dizer que um comercial criativo, que chame a atenção do público tenha mais chance de ser lembrado do que um comercial cheio de textos, sem nenhum atrativo adicional. As pessoas substituíram a leitura do jornal durante o café-da-manhã pela leitura diária via internet, seja no computador ou no celular, enquanto se está parado no trânsito ou durante o almoço, para que haja aproveitamento de tempo.

Muitas vezes fazemos uma leitura dinâmica, não prestando atenção aos detalhes. As vezes, não se dá a devida importância ao tema tratado por conta da pressa, tanto para resolver algo pendente quanto para poder dar continuidade à infinidade de matérias.

Só fixamos imagens e informações que sejam do nosso interesse e para isso, é preciso que a mensagem seja bem processada e tenha um artifício de fixação. Por exemplo o Marketing Sensorial, Marketing Experimental - ambos citados no post ♫ Quero ver pipoca pular ♫ Pipoca com Guaraná ♫, do Mateus.

Vivemos num mundo multirreferencial, ou seja, há abordagens sobre diversos assuntos, comportamentos e ações que estão interligadas, além disso temos rápido acesso a milhares de informações ao mesmo tempo. Porém, é preciso observar se essa multirreferencialidade é benéfica ou prejudicial no processo comunicacional. Dependendo da forma com que esteja sendo utilizada, faz confundir mais ainda algumas cabeças ocupadas, não surtindo o efeito desejado por aqueles que querem informar, comunicar, publicar, ensinar, enfim... nós comunicadores.

E para vermos o que o excesso de informações pode causar, nada melhor que exemplificar com um caso acontecido com a nossa colaboradora Belle, que havia me falado que tinha visto o mesmo tema sendo tratado na revista Eu, Mídia (nº 2 setembro de 2009), e quando eu lhe pedi que escaneasse a matéria, ela já não se lembrava mais o que realmente se tratava, e cheguei a conclusão que ela é um ser multirreferencial.

Logo que acabei de fazer este texto, me deparei com o novo comercial da Toyota para divulgar os novos motores híbridos da marca. Mostrando como ser dois, e assim, economizar tempo. Só para ilustrar a matéria.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SICOM 09.

Por Mariana Oliveira, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Na semana passada, entre os dias 3 e 5 de novembro, aconteceu o X Seminário Internacional de Comunicação (SICOM), organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUC-RS. Como objetivo deste evento, temos o debate das repercussões, tanto em nível filosófico quanto sociocultural, das mudanças que as tecnologias de comunicação provocam na cultura e na sociedade contemporâneas, e a relação destas com os imaginários em circulação.

Eu estive por lá circulando, e posso garantir que experiências como essa enriquecem (e muito) nossa vida acadêmica. Confira o que rolou nesses três dias:

A abertura do evento no dia 3, com o tema Comunicação e Imaginário Social, teve a presença de nada menos do que Michel Maffesoli, professor da Universidade de Sorbonne - Paris, e um dos sociólogos mais influentes da atualidade, e de Muniz Sodré, professor da UFRJ, presidente da Fundação Biblioteca Nacional e autor de diversos livros sobre mídia e tecnologia.

Já na noite de quarta, o tema foi Imaginário, Sociedade e Tecnologia, em que grandes pesquisadores da área conversaram sobre cultura e imaginário digital, inteligência coletiva e conexões sensoriais, entre eles Stéphane Hugon (Sorbonne/Paris) e Federico Casalegno (Mobile Experience MIT/EUA). Também presente na mesa, André Lemos, professor da UFBA, fez uma excelente explanação sobre novas identidades culturais e experiências de mobilidade. Pra quem se interessa pelo tema, vale a pena acompanhar o blog dele.

O SICOM contou com dez Grupos de Trabalho (GTs), entre eles Comunicação e Cultura, Comunicação e Política, Estudos em Jornalismo, Tecnologias do Imaginário e Cibercultura. Mas o que eu mais assisti foi o de Relações Públicas, com coordenação da profª Cleusa Scrofernecker. Neste último, tivemos trabalhos de doutores e mestres em comunicação, sobre diversos temas: construção de sentido na Comunicação Organizacional, imagem e relacionamentos sociais através da web 2.0, relações públicas como instrumento social no terceiro setor, comunicação interna, assessoria de imprensa... Tinha pra todos os gostos, investigue nesse link!

O encerramento foi novamente com Michel Maffesoli, acompanhado dos franceses Patrick Tacussel (Montpellier III) e Patrick Watier (Universidade Estrasburgo), trazendo temas como compreensão e imaginário social. O SICOM foi encerrado com chave de ouro e promessa de discussões ainda mais enriquecedoras para a próxima edição.

Mesmo para aqueles que não gostam da área acadêmica e já estão direcionados para o mercado, eventos assim apresentam as próximas tendências e suas influências no nosso cotidiano, além de ampliar nossos horizontes e nos forçando a repensar coisas de mercado que estamos fazendo no automático.

E você, acha importante e já participou de seminários e congressos de Comunicação?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

♫ Quero ver pipoca pular ♫ Pipoca com Guaraná ♫

Por Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Esses dias caiu na minha mesa a HSM Management 71, de novembro/dezembro de 2008, e me chamou atenção a matéria de capa: O viral loop da Ning. Com chamada pra uma reportagem que iria apresentar o que alguns já consideram a mais avançada estratégia de marketing desenvolvida no mundo até hoje, um novo tipo de viral multiplicador de clientes. Fui ler, mas essa matéria de capa não era o que eu esperara e nem é o tema deste post. Mas se o viral loop não me interessou, outras matérias interessaram e em especial O Poder dos Sentidos, um texto bem bacana que trata do Marketing Sensorial. Aqui no blog já tratamos do Marketing Experimental (os dois são até certo ponto similares, uma diferença é que pra proporcionar experiência ao cliente não necessariamente é preciso explorar mais de um dos cinco sentidos - audição, visão, olfato, tato e paladar -, o que é estimulado pelo sensorial), mas a importância do branding sensorial ainda não tínhamos abordado.

Marketing Sensorial
Será que ainda é preciso lembrar que no competitivo e saturado mercado, no qual qualquer pessoa vê mais de 3 mil anúncios publicitários por dia, somente as experiências reais que envolvem mais de um sentido se destacam?

O texto O Poder dos Sentidos, da matéria da HSM, trata sobre isso e cita um dado que responde esta pergunta: De fato, uma pesquisa do departamento de ciências do comportamento e estudos cognitivos da University of California indica que as pessoas se lembram de mais ou menos 20% do que ouvem. Se ouvem e vêem, o nível de recordação aumenta para 80%.

A revista continua: Os executivos modernos entendem que a aristocracia das marcas é frágil. A meritocracia da qualidade e do serviço, ao contrário, é duradoura. No longo prazo, a chave do sucesso é oferecer uma experiência inesquecível após a outra. É mais ou menos assim que vai funcionar, e até já funciona, na prática: empresas tradicionais irão vender produtos e serviços, enquanto as futuras empresas de sucesso irão promover experiências.

Pipoca e Guaraná
E quando se trata de promover experiências através dos sentidos na publicidade brasileira, alguém se lembra do exemplo mais clássico? ♫ Pipoca na panela começa arrebentar ♫ Pipoca com sal que sede que dá ♫ Impossível não identificar! Era impossível não associar o ato de beber Guaraná Antarctica com o ato de comer pipoca. Porque afinal era Pipoca e Guaraná oras. Foi assim que Nizan Guanaes – em 1991 quando ainda estava na DM9 – criou este recall gigantesco e fez as pessoas começarem produzir inconscientemente esta associação.



Música vende
Música vende é justamente a afirmação do texto da HSM. Música já vendia na década de 90 e ainda vende. A música (audição) é a exploração além da imagem (visão) e no caso do Pipoca e Guaraná é possível quase sentir pelo comercial o cheiro (olfato) e o gosto (paladar)... aí é só sentar no sofá comer e beber e explorar e o quinto sentido, tato.

Além disso, O Poder dos Sentidos afirma que algo mudou e, neste mercado volátil, pra Conseguir fidelidade de qualquer cliente, mas especialmente dos jovens, exige que se coloque em prática uma série de técnicas muito mais dinâmicas e inteligentes que as da década passada. Pelo poder aquisitivo e hábitos de compra, o segmento de consumidores de 18 a 30 anos é um dos mais cobiçados por quase todas as empresas... o caminho mais curto para atingir esse segmento é a música.

A releitura
Já assistiram a nova propaganda do Guaraná Antártica, a releitura do clássico dos anos 90? Produzido pela mesma DM9DDB (sem o Nizan que agora é dono da Africa) o comercial, estrelado pela Claudia Leite, é essencialmente isso: música como o caminho mais curto pra atingir este jovem. ♫ Fim de semana chegou é hora de extravasar ♫ Pra acompanhar a alegria só Guaraná Antarctica ♫ Pra refrescar a festa pra todo pessoal ♫ Só Guaraná Antarctica é que agrada geral ♫ Pra galera só Guaraná ♫ Guaraná Antarctica ♫ Pra rolar fim de semana sensacional ♫ Só quero só Guaraná Antarctica ♫ A música single com nova letra cheia de expressões divertidas associadas aos jovens: Fim de semana, extravasar, alegria, festa, galera, rolar. E nós já sabemos que a música afeta o humor e o humor afeta o comportamento, e por isso ela é uma ferramenta tão poderosa pra dar vida a uma marca e é por isso que o Guaraná Antarctica continua investindo nisso. Assitam:



Branding sensorial
No texto da HSM 71, um estudo da University of Leicester, do Reino Unido, revelou que as marcas que utilizam a música como um componente de sua identidade têm uma oportunidade 96% maior de serem lembradas do que aquelas que não fazem uso da música ou que a consideram de pouca relevância... O que os clientes vêem, escutam e cheiram afeta não apenas sua maneira de agir, como também suas emoções, sua memória e sua conexão com a marca ao longo do tempo.

Confesso que até eu – que não sou muito influenciável por comerciais, propagandas, publicidades – sinto algo quando vejo este novo comercial. Algo que me remete ao comercial antigo que já moldou meu comportamento e afetou meu humor frente ao Guaraná, algo que já construiu a imagem que percebo do produto. Um produto que, ao utilizar este mix sensorial, conseguiu me atingir. Que quando escuto quase me faz ir correndo pra cozinha abrir a geladeira e ligar o fogão. ♫ Pipoca na panela começa arrebentar ♫ Pipoca com sal que sede que dá ♫ Pipoca e Guaraná e o programa legal ♫

Pra não dizer que não falei de flores, o texto peca em um aspecto. No meio da matéria surge uma frase: Alguns especialistas em marketing vão muito além: aconselham reduzir em 20% o orçamento de relações públicas e publicidade e destinar esses recursos à criação de experiências.

Então pergunto, se for reduzido em 20% o orçamento de Relações Públicas, quem vai planejar estas ações?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PROMOÇÃO: Como as redes sociais vêm interferindo na Opinião Pública?

Fim da Promoção!
O vencedor foi @jorgeclima. O ganhador deve entrar em contato pelo e-mail contato@ocappuccino.com para combinar o envio do livro. Muito obrigado aos 14 que participaram!
Explicações de como o sorteio foi feito no final do post.



P
or Equipe Ocappuccino.com


No dia 16 de outubro postamos uma entrevista com a professora Simone Antoniaci Tuzzo, autora do livro Deslumbramento Coletivo - Opinião Pública, Mídia e Universidade. O livro discute questões como: O que é e como se forma a opinião pública? Qual a relação entre o público e as mensagens veiculadas pela mídia na formação da opinião pública? Existe de fato uma opinião pública? Será a opinião pública a opinião de públicos específicos? Qual o papel da universidade na formação da opinião pública? Nessa perspectiva, a obra apresenta uma revisão dos estudos existentes sobre opinião pública e suas correlações, trazendo confrontos e congruências de ideias de renomados autores que tratam do assunto.

A professora e autora Simone Antoniaci Tuzzo além de nos conceder a entrevista, ainda nos presenteou com um exemplar de seu livro e por isso hoje lançamos a PROMOÇÃO Como as redes sociais vêm interferindo na Opinião Pública? para justamente propor uma discussão sobre o tema e para presentear um dos participantes com um exemplar do livro. Pois, se formadores de opinião são aqueles que têm a oportunidade de expressar publicamente o seu ponto de vista. Agora, com a possibilidade das redes sociais e a democratizaçao do acesso à internet, precisaríamos rever a questão da opinião pública.

Então, o que você pensa sobre o assunto?

Para facilitar a vida de quem estiver disposto a participar e afim de ganhar o livro disponibilizamos três canais:

1. aqui nos comentários no post da PROMOÇÃO
2. pelo e-mail promocao@ocappuccino.com
3. pelo twitter @ocappuccino

É simples participar e concorrer ao livro, basta enviar sua resposta, com a opinião sobre o tema, atráves de um destes canais e torcer, pois o livro será sorteado, entre os participantes da PROMOÇÃO, atráves do site Randon.org.

As respostas serão aceitas até às 23h59min do dia 23 de novembro (segunda-feira) e há apenas um requisito: que a resposta tenha apenas 140 caracteres.

Participe e boa sorte!


Tivemos 14 inscritos, cada inscrito ganhou um número (referente à
data de envio de sua opinião; primeira opinião enviada = número 1, segunda opinião enviada = número 2, etc) E o sorteio foi feito pelo site Random.org. Abaixo as 14 opiniões que participaram da Promoção:

1. @carolterra
Os usuários + ativos das redes sociais são os novos filtros da informação que chega à opinião pública, são os novos mediadores

2. @jopp_
A opinião pública tomou seu sentido correto, com a ação das redes sociais, agora existe um coletivo de opiniões públicadas
.

3. @robsonrp
A informação está c/ o usuário, é o público falando para o público sobre suas reais experiências com as empresas, 1 real imagem.

4. @brunolanziotti
Redes sociais trazem conforto até na hora de formular a própria opinião, pois basta copiá-la de alguém. Os formadores de opinião agradecem.

5. @LeonelDavila
Subvertendo a lógica do poder econômico que, antes da Internet, determinava os debates engendrados pelos meios de comunicação.


6. @fofscarlesso
Interferem sim, as redes sociais estão criando uma nova opinião pública.


7. @Moouraa
As redes socias interferem na OP pois dão às pessoas liberdade de falar o que pensam e formar grupos de opinioes na sociedade.

8. @jorgeclima
Modificando a estrutura e formas de elaboração do pensamento, uma nova forma de agir socialmente.

9. @rprodrigo
Redes sociais alteram a centralidade do poder de emissão e flexibilizam as fontes de opinião tidas como críveis.


10. Pablo Boaventura

Promovem 1 sentido coletivo na circulação d informações e debates, descontruindo a hierarquia 1-todos, como acontece na comunicação massiva.

11. Caroline Acosta
Acredito que este novo modelo de "comunicar" chega para estreitar as relações do anonimato com o mundo.


12. Kelly Fusteros do @blogabordo

As pessoas tem acesso a mais informações pelas redes sociais e acabam construindo um posicionamento crítico.


13. Adriane Filenga da @AgComuniC
As redes sociais são uma forma das pessoas manifestarem suas opiniões podendo criar discussões e conteúdo
.

14. Jéssica de Cássia Rossi

Redes sociais expressam opiniões d sujeitos d inúmeras práticas sociais, trazendo à tona discussões sociais q influenciam a opinião pública.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Os novos processos seletivos: ou você está por dentro ou você está fora.

quarta-feira | 4 de novembro de 2009

Com o surgimento da web 2.0 muita coisa mudou na vida dos candidatos a processos seletivos de grandes empresas. Há uns dois anos bastava você falar um punhado de línguas e ter viajado para uns 5 países diferentes para se enquadrar no perfil procurado. Agora, além disso, você tem que aprender a blogar (como a dita cuja que vos escreve está tentando), estar conectado ao Orkut, ao Facebook e ao LinkeIn, ter um Twitter ativo, fazer videozinhos para o Youtube e, além disso tudo, passar nas provas online que, em alguns casos, parecem ter sido desenvolvidas pela NASA.

O que realmente podemos perceber é que as empresas de uma forma geral estão dando cada vez mais atenção ao que você divulga sobre si mesmo na internet. Estão preocupadas com a inserção de seus futuros funcionários no meio, e principalmente, com a imagem que os mesmos podem associar à companhia.

Um bom exemplo deste novo tipo de recrutamento é o programa de trainee da Natura 2010. Com o nome de Próximos Líderes, os candidatos só ficaram sabendo que se tratava do programa da Natura quando receberam o convite para uma das atividades online. A tarefa seguinte foi se inscrever no Natura Conecta que consiste em uma rede social da Natura. Aliás, o Natura Conecta vale um post só pra ele, de tão interessante. Bom, voltando ao processo... Em seguida os participantes foram distribuídos em grupos para realização de um projeto de divulgação de uma instituição que praticasse empreendedorismo social. E tinham de utilizar o Natura Conecta para se comunicar e para publicar seus projetos. E as tarefas utilizando a rede social não pararam por aí. O processo seletivo ainda está em andamento. Quem tiver interesse pode acompanhar pelo Blog da Lili, que está por dentro dos processos deste ano.

Outro processo interessante é o trainee da Unilever. Após a prova online, que foi uma espécie de joguinho simulando uma empresa, os candidatos tiveram que criar um blog com sua visão de mundo. E também tiveram a opção de fazer um vídeo para ilustrá-la. Se você quiser ver alguns dos vídeos é só procurar trainee unilever no Youtube. Tem dezenas lá. Este processo também está em andamento ainda.

O último exemplo, porém não menos importante, é a página da Reckitt Benckiser – dona da marca Veja – no Facebook Você é redirecionado para lá pelo site da Across (consultria em RH que vai tocar o processo). As inscrições ainda não estão abertas, mas pelo visto vai ser mais um desses novos processos envolvendo redes sociais.

É muito interessante perceber como as empresas estão investindo alto nas novas mídias. As intranets estão a cada dia com mais cara de rede social. As organizações estão incentivando fortemente o compartilhamento do conhecimento e das informações, e estão buscando pessoas comprometidas com isso. Então, prezado leitor, se você está interessando em trabalhar em alguma dessas grandes empresas, assim que acabar de ler isso aqui, trate de criar um perfil em cada uma dessas novas mídias. E toma muito cuidado com o que você vai escrever por lá.
_ _ _

domingo, 1 de novembro de 2009

Google Wave - Testando a novidade.

Quer um convite? O Cappuccino convida você!

Fim da Promoção!
A vencedora foi Emily Bianquini. Muito obrigado a todos que participaram!
Explicações de como o sorteio foi feito no final do post.


Para escrever esse post sobre o Wave, convidamos Mariana Oliveira, @marianarrpp, graduanda de RP da UFRGS

Estou testando o mais novo serviço do Google, o Google Wave, há umas três semanas. Trata-se de um ambiente virtual com foco colaborativo, com grande potencial para revolucionar a troca de conhecimento na internet, apesar de ser alvo de muitas críticas por aí: muita gente ainda não sabe bem o que fazer com o Wave, principalmente por ser restrito a poucas pessoas, e porque imaginam que vai ser uma grande festa com fogos de artifício. Aí vem o choque: deparamo-nos com uma interface parecida com a do Gmail, difícil de usar, com bugs, e com as mesmas funções de outros ambientes.

Mas aí é que está a graça. Além de uma poderosa ferramenta de colaboração, o Google Wave é também um ALL-IN-ONE, em que há convergência de muitas ferramentas, e podemos centralizar boa parte da nossa vida online. Ainda rudimentares, mas há maneiras de acessar Wikipedia, Twitter, E-mail, Google Docs, Google Reader, Maps, MSN, Facebook, inclusive uns joguinhos, como Sudoku.

Nas Waves com nossos contatos, podemos ir construindo textos ao mesmo tempo, alterando e editando o que o outro escreveu, adicionando funções e gadgets, que vão incrementando a conversação. Aliás, este parece ser o grande foco do Google Wave: conversação e colaboração. Resta saber se os usuários irão utilizar para tal fim ou se vão adaptar às suas necessidades comunicativas (pra quem não se lembra, o foco do Twitter foi adaptado de O que você está fazendo 'para' Compartilhe links e descubra o que está acontecendo no mundo).

Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de uma nova rede social. Apesar da rede de contatos e das atualizações em tempo real, o Google Wave, dadas as proporções, está muito mais para a Wikipedia do que para o Twitter, muito mais para o E-mail do que para o Facebook. Novas funcionalidades vão sendo descobertas e adaptadas. Entretanto, ainda não imagino como esse novo ambiente poderá ser utilizado pelas empresas como ferramenta de Marketing e de Relações Públicas. Mas tenho certeza que em breve essas práticas surgirão, como na invasão corporativa das mídias socias, principalmente nos cases de marketing de guerrilha, já tratados aqui.

O Wave é restrito para usuários convidados, pois ainda está em fase de testes. Inicialmente, foram distribuídos 100 mil convites pelo mundo, mas estes convidados já tiveram a chance de convidar seus amigos também. O Google me concedeu 20 convites para distribuir - acho que eles perceberam que não tem muita graça quando se está sozinho num ambiente virtual assim! Destes, me resta apenas UM! Se você quiser experimentar o Wave também, deixe seu e-mail nos comentários deste post, que iremos sortear este convite nos próximos dias. E caso você já esteja por lá, nos adicione! marianarrpp@googlewave.com maxdelazeri@googlewave.com manodelazeri@googlewave.com


Tivemos 22 inscritos, cada inscrito ganhou um número (referente ao comentário; primeiro comentário = número 1, segundo comentário = número 2, etc) E o sorteio foi feito pelo site Random.org

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