quinta-feira 02 de setembro de 2010
O Relações Públicas é o mais qualificado para trabalhar e gerenciar campanhas de marketing político-eleitoral. Alguém desenvolveria melhor que ele uma política de relacionamento entre candidatos e eleitores?
O marketing político pode ser dividido em três tipos: eleitoral (para quem não tem mandato ou deseja se reeleger – campanha eleitoral); pós-eleitoral (para quem já tem mandato e deseja a manutenção e/ou ampliação do poder) e o partidário (trabalha a imagem e a comunicação dos partidos políticos).
Como estamos em ano eleitoral, este post será voltado para o marketing político-eleitoral. A campanha eleitoral já começou, mas ainda dá tempo de conhecer algumas dicas para você que deseja trabalhar ou que se interessa pela área.
Primeiramente, no gerenciamento de uma campanha eleitoral, o Relações Públicas deve saber que os objetivos principais da campanha são: promover a imagem do candidato e a campanha eleitoral propriamente dita e facilitar o relacionamento entre o candidato e o eleitor.
As etapas para o gerenciamento da campanha dividem-se, basicamente, em:
1. Diagnóstico: conhecer o eleitor, o candidato, os adversários, identificar qual a imagem que é transmitida pelo candidato...Enfim, nesta etapa você deve identificar o meio, a imagem e as pessoas que estão próximas do seu candidato e medir o perfil e os anseios do seu eleitor. Deve-se elaborar o briefing e a pesquisa.
2. Elaborar ações e estratégias para se chegar à vitória. Devem ser elaborados o organograma (quem vai fazer), cronograma (quando fazer), orçamento e as ações e estratégias a serem implementadas (encontros, reuniões, eventos, comícios, telemarketing e SMS, internet, jornal e programas de rádio e TV, assessoria de imprensa, entrevistas, mobilização de rua, etc...) Nesta etapa, então, criam-se as estratégias eleitorais para formar a imagem do candidato: o slogan da campanha, o jingle e o símbolo, elementos para a construção da identidade do político e, conseqüentemente, para a formação de uma imagem positiva perante os eleitores.
3. Planejar, coordenar e executar essas ações. Sempre trabalhar de forma integrada.
4. Avaliar os resultados das ações e estratégias. Esta etapa não deve ser executada somente no final da campanha. Os relatórios dos resultados devem ser apresentados quinzenalmente, para medir as ações implementadas e propor novas alternativas, caso estas não atinjam o resultado esperado.
IMPORTANTE: É indispensável ter conhecimento de legislação eleitoral. Assim, recomendo a leitura da Lei nº 9504/97 (Lei das Eleições) e das resoluções do TSE.
Com a nova legislação eleitoral, o uso da propaganda eleitoral na internet foi liberado e após o boom da social media com a campanha presidencial norte-americana de Barack Obama, perceberam que a internet é uma excelente ferramenta para se aproximar do eleitor e para ampliar a visibilidade do candidato, principalmente para aqueles que possuem um pequeno espaço no horário eleitoral gratuito.
Assim, para atuar na internet e nas mídias sociais, deve-se desenvolver um planejamento de marketing político digital. Este planejamento vai desde análise da matriz SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), a estudo dos projetos, públicos-alvos, seus principais concorrentes e seus objetivos nas redes. Identificar as redes sociais mais adequadas para aquele candidato, e o tipo de linguagem abordada, assim como detalhadamente todas as ações propostas. (André Telles, A Revolução das Mídias Sociais) Para o sucesso da campanha digital, o candidato deve saber que é necessário que ocorra a INTERATIVIDADE.
#dicas
- Procure construir relacionamentos nas mídias com o cidadão
- Promova discussões
- Não pense em convencer os eleitores e sim ganhar a confiança deles
- Conheça muito bem seu eleitor
- Trabalhe de forma segmentada
- MAIS IMPORTANTE: interaja e seja transparente
#bigfail
Para finalizar, é importante salientar que as campanhas on-line e off-line devem ser trabalhadas juntas e com a mesma importância. Elas devem se complementar.
_ _ _