quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Último suspiro de 2009.

Por Equipe Ocappuccino.com

Mais do que desejar um Feliz Natal ou um Próspero Ano Novo esta é uma mensagem de agradecimento a todos que acompanharam e participaram do blog Ocappuccino.com em 2009. Este ano foi muito intenso e de muita dedicação e iremos colher nossos frutos em 2010, pois uma grande novidade acontecerá para o blog em 2010.

Um fato legal é perceber o quantos os blogs que seguimos são levados a sério. Basta acompanhar os últimos posts neste final de dezembro para ver as mensagens que surgem, por exemplo: Faremos recesso ou O blog fará uma parada e volta em janeiro. E nós também somos deste time, por isso damos uma pausa hoje e voltamos em 6 de janeiro. Paramos por dois motivos: 1. Precisamos descansar e 2. Ninguém irá ler coisa alguma em blog algum neste meio tempo.

E como não poderia faltar: Feliz Natal e Próspero Ano Novo são os votos da Equipe d'Ocappuccino.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Valor Estratégico da Comunicação e Mídias Sociais.

Por Joanna Romero, estudante de Relações Públicas da PUCRS e Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS

A Comunicação Corporativa de novembro, edição especial da Valor Setorial, está demais. Dois temas foram tratados com um carinho especial: mídias sociais e o valor estratégico da comunicação corporativa.

Na página 10, a matéria O Estrategista do Valor da Empresa trata justamente destes dois temas. Abrindo parênteses. Uma vez eu (Mateus) aprendi num treinamento de vendas de uma empresa que trabalhei (a empresa vendia espaços publicitários em catálogos) uma frase que jamais esqueci: Temos que falar com o decisor, com aquele que assina o cheque. Será que a comunicação está começando a assinar os cheques nas empresas?

Bom, o resumo desta matéria é o seguinte. Alguns anos atrás, o sonho dos profissionais de comunicação era que a empresa reconhecesse o valor dessa área e que a alinhasse com a estratégia da mesma. Com o passar do tempo, as organizações amadureceram e esse objetivo já foi atingido. Não é mais necessário explicar o que é ou para quê serve um setor de comunicação. Hoje o sonho já é outro: ter a comunicação como uma das áreas-chave da empresa, ou seja, fazer com que tenhamos poder nas discussões e tomadas de decisões da empresa.

VALOR ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO

Atualmente isso acontece em algumas empresas. Mas em poucas empresas. Segundo dados de uma pesquisa – que ilustra o texto da matéria – realizada pelo Instituto de Pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Databerje), apenas 10% das organizações afirmam estar nesse estágio. Nessas, um profissional de comunicação ocupa um cargo de vice-presidente ou diretor e tem poder de voz quando se discutem os rumos da organização.

Dentre tantos casos ilustrados na revista, um exemplo é o de Paulo Pompilio, diretor de imprensa e relações públicas do Pão de Açúcar. Paulo participou de um grupo extremamente seleto que discutiu e decidiu pela compra do Ponto Frio. Quanto mais no negócio a comunicação corporativa estiver, mais chances ela tem de agregar valor, afirmou na revista.

MÍDIAS SOCIAIS

E neste curto espaço de tempo de transformações. Da comunicação começando a ser reconhecida pelo seu valor estratégico de influenciar na tomada de decisão e de planejamento do negócio, surge uma revolução que está mudando as regras do jogo. Do texto da mesma matéria, O Estrategista do Valor da Empresa : ...acabou a era da informação unilateral, do discurso chapa branca, do marketing bonitinho. Pois é, parece que acabou mesmo. Inclusive, alguns dados que circulam pela internet apontam que apenas 10% do que é falado da marca nas mídias sociais é chapa branca, ou seja, quem produz conteúdo agora é o consumidor, satisfeito ou não.

Neste sentido também não existe mais comunicação interna ou público interno. O funcionário hoje é cliente, é acionista, é produtor de conteúdo, é influenciador de compra. Ele não quer mais ler o mural interno. Ele quer saber o que a crise mundial pode afetar na empresa e o que a diretoria vai fazer para reverter a situação. E se possível ainda faz um blog para escrever sobre isso.

ELES QUEREM RESULTADOS E NÃO PROMESSAS

Outro exemplo de comunicação incorporado ao valor estratégico da empresa é a Vale. Lá a comunicação foi definida pelo presidente como um instrumento fundamental para a companhia conseguir implementar seu planejamento. E neste processo Fernando Thompson, diretor de comunicação e sustentabilidade, sabe que o desafio é fazer uma gestão eficiente. Gestão eficiente de comunicação é estabelecer e cumprir métricas.

Em geral nossos chefes são engenheiros, economistas ou advogados. Nòs, comunicadores... temos métricas diferentes, discursos diferentes... mas nossos chefes não entendem isso. Já dá pra perceber que esté é um dos calcanhares de aquiles da comunicação. Muitas vezes vendemos promessas, mas os presidentes querem resultados. Nós pensamos nos inventimentos e eles projetam o retorno.

Sergio Valente, presidente da DM9DDB, falou uma frase muito interessante na sua pelestra durante a Semana ARP de Propaganda 2009 em Porto Alegre, que pode e deve também ser válida para as relaçôes públicas: ...eu sei tudo de ebitida, estudem ebitida, estudem economia, estudem, porque o seu negócio é um alavancador de economia, seu negócio não é arte, seu negócio não é só deixar a coisa bonita, porque gente que deixa a coisa bonita, gente que deixa anúncio bonito tem uma porrada, gente que faz banner legal tem uma porrada...

Ou seja, trazendo pro nosso lado. Gente que faz festa de final de ano da firma tem uma porrada, gente que manda release pra imprensa tem uma porrada, gente que faz aniversariantes do mês tem uma porrada, gente que faz mural interno tem uma porrada. Mas este não é o nosso negócio. Nosso negócio é, como Sergio Valente falou à respeito da propaganda, alavancar economias. É influenciar no negócio da empresa. Um dia todos teremos coragem de dizer isso para nossos chefes e eles entenderão.

MÍDIAS SOCIAIS E VALOR ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO

Este texto reforça a reflexão sobre dois aspectos que são cruciais hoje para o desenvolvimento do estudo e da profissão da comunicação e das relações públicas. 1. Ter a comunicação como estratégica à frente dos processos das discussões e tomadas de decisões. 2. Gerenciar a marca neste campo indecifrável que é as redes sociais, no qual qualquer um que diga 'Isto vai funcionar' ou está mentindo ou é louco.

O que fazer para aumentar os 10% apontados na pesquisa da Databerje? É complexo, é uma mudança de posicionamento, de percepção e isso tudo é cultura, e leva tempo. Se a Vale, que tem 64 anos, só definiu a comunicação como estratégia em 2001! O que fazer para entender um pouco mais sobre o comportamento nas redes sociais? Isso é um processo empírico, de tentativa e erro. Se nem Biz Stone sabe como rentabilizar o twitter! Podemos tentar responder, mas frases prontas não responderão estas duas perguntas. E você o que acha?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Não é assim uma Brastemp.

Por Amanda Barrin, estudante de Publicidade e Propaganda da PUCRS


Não é de hoje que se sabe que a voz do povo é a voz de Deus, e que quando algum bordão cai na boca do povo tende a perdurar por muitos anos. Reunindo material para minha monografia comprei o Livro Campanhas Inesquecíveis – Propaganda que fez história no Brasil, lançado pela Meio e Mensagem, em comemoração aos 27 anos da revista. O livro rebusca comerciais televisivos desde a década de 60 á década de 90, totalizando 84 cases (de dar água na boca de tão bons).

Mas e hoje? É possível fazer uma campanha tão inesquecível quanto essas? Com a quantidade informação que a geração Y recebe, fica complicado fixar uma campanha por muito tempo. A democratização do computador faz com que passemos muito mais tempo sentado a sua frente e esqueçamos um pouco dos meios de massa, ou quando estamos a frente da TV, o efeito zapping se faz presente, a não ser que você seja um apaixonado pela propaganda como eu, sai trocando de canal desesperadamente quando o programa faz um intervalo.

Outro detalhe, estamos em uma época de transição, a geração Y, geração X e babyboomers convivem, são consumidoras dos mesmos produtos, mas já chegam a ele de forma diferente. A previsão é que a em 2015 os investimentos publicitários em internet superem o jornal e se torne segundo colocado no ranking. Seria a briga direta ente a telinhae a web. O fato é que, com o público dividido, a missão de fazer uma campanha que se torne imortal é quase como tentar agradar gregos e troianos. Estamos na era dos nichos, da personificação, da customização. Por isso a web tem crescido tanto e ferramentas como o Twitter, que aproxima o produto do consumidor, tem se tornado a nova força da internet.

Cada vez mais se estreitam os laços entre consumidor e marca, um exemplo disso é o Drimio, que foi lançado esse ano (veja o post sobre o lançamento aqui no blog). Uma rede social somente para a relação com as empresas e tem por finalidade captar sensações e associações de marca. Cada vez mais deixamos o coletivo e nos tornamos individuais. E a próxima geração, nossos filhos, será pior. Faith PopCorn já falava, anos atrás, em encasulamento, e nós estamos provando que não é só tendência. Dependemos da internet para tudo.

Esses acontecimentos fazem com que as campanhas inesquecíveis fiquem só na lembrança de quem as vivenciou, elas tomarão Doril por um tempo até que a geração Y se torne predominante e sumirão novamente quando a geração z, w, k o qualquer que seja o seu nome, começar a crescer. Ate lá terei que me acostumar com o fato de que a publicidade não vai ser assim, uma Brastemp.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Poder dos consumidores digitais.

Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista

Existem empresas que ainda não deram conta que os consumidores 2.0 estão crescendo. Eles vêm para ditar as regras do jogo on-line.

É o que diz o Al Pacino em uma adaptação realizada do filme Um domingo qualquer.

Tornar sites e estratégias digitais mais eficientes é um desafio e tanto. O consumidor 2.0 tem crescido ano após ano no Brasil. E os números são evidentes quando se trata do e-comerce. Segundo a revista ProXXima nº 13, edição de outubro, traz os seguintes dados, em julho deste ano 25,2 milhões de pessoas navegaram em sites de comércio eletrônico na internet brasileira. Esse número representa 11,8% comparado com os 22,5 milhões do mês anterior. Desse total, 69,1% entraram em sites de compras.

No ponto de vista de Mauro Segura em seu texto publicada na revista ESPM volume 16, edição nº5 de 2009, o que está causando toda essa revolução é a tecnologia da informação, pois está impondo transformações radicais, mudando a forma como as organizações se comunicam e se relacionam com os seus públicos, passando de coadjuvantes a protagonistas. É o que o Al Pacino deixa claro no vídeo.

Trago um exemplo que aconteceu comigo segunda-feira. Estava na loja da Vivo esperando para trocar meu celular. Enquanto esperava twittei a seguinte frase – Estou em uma loja da #vivo esperando faz quase 1h, isso que quero trocar o celular. Imagina se fosse outra coisa. #Desrespeito. Em minutos recebi um RT de um fake chamado @anatelfail. O Fake tem poucos seguidores acredito ainda não causar tanto impacto para a marca. Porém a Vivo me segue no twitter e eu recebi uma DM, solicitando desculpas pelo atendimento e que eles estão fazendo melhorias no atendimento no final do ano.

Talvez eu tenha sido uma consumidora entre milhões que reclama, mas a resposta da empresa já demonstra que o primeiro passo já está sendo tomado para agradar os consumidores. As empresas ainda estão tateando o ambiente das redes sociais e como agradar? Eis a pergunta que não quer calar.

Babs Rangaiah dirige a comunicação e o planejamento digital da Unilever e tenta entender até hoje, como agradar o consumir. Em entrevista concedida a revista ProXXIma, ainda na edição nº 13, Rangaiah diz que o Brasil é o segundo país que recebe mais verba da empresa para ações digitais. A chave do negócio para ele é chamar o consumidor para acessar o site da empresa com campanhas, prêmios. É o que se tem visto muito no twitter e a Unilever não está medindo esforços com isso no Brasil.

Na revista da ESPM nº 5 descrita acima, saiu que a Folha de São Paulo fez uma pesquisa para a realização do prêmio Top of Mind, nesta pesquisa eles detectaram que o primeiro resultado encontrado por mecanismos de busca nem sempre é o site da empresa, e sim, blogs e mídias instantâneas com reclamações da empresa. É preciso ficar de olho no movimento dos consumidores, migrar e se relacionar com o público onde quer que eles estejam.

Não adianta ter um site bem construído se, ao usar um buscador como o Google, o consumidor encontra entre os dez primeiros resultados um testemunhal negativo e não resolvido. O poder do consumidor está aquém do que as organizações possam imaginar.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

VEJA Meus Livros - Rede social literária.

Por Betânia Castoldi, estudante de Relações Públicas da PUCRS

No próximo sábado, será lançado a rede social literária VEJA Meus Livros a versão-teste Beta já estava no ar fazia algumas semanas. Será o primeiro aplicativo desenvolvido para sites de relacionamento no Brasil.

Começará funcionando no Orkut, com 27 milhões de brasileiros cadastrados, e em breve deverá ser estendido também ao Facebook. Em vez de levar as pessoas a formar, do zero, uma nova rede social, seu objetivo é aproveitar as teias de amizade já construídas e transformar os livros num dos focos da conversa on-line.

O que é?


Veja Meus Livros é um serviço gratuito que permite que você crie e organize sua própria biblioteca virtual na internet: com essa ferramenta eletrônica, é possível ordenar suas obras favoritas e também títulos que você está lendo ou que pretende ler.

Você vai opinar sobre os livros escolhidos e avaliar cada um deles. Sua biblioteca pessoal pode ser compartilhada com amigos e demais usuários de VEJA Meus Livros – estimulando a troca de idéias, opiniões e conhecimento.

É possível ainda acompanhar as resenhas publicadas em VEJA, além das dicas de leitura dos editores da revista. Essas resenhas e comentários serão postados não só no Orkut, como também no Twitter, interligando as duas redes.

O aplicativo conta ainda com uma parceria com a Livraria Cultura – o usuário que se interessar por determinada obra poderá comprá-la on-line. Os comentários e resenhas de colegas leitores são um apoio para quem deseja escolher um livro.

Como fazer parte?

É
fácil criar sua biblioteca virtual em Veja Meus Livros. Basta possuir um perfil no Orkut e seguir os passos descritos abaixo:
1. na página Início de seu perfil, clique no link adicionar apps, na coluna da esquerda
2. procure o ícone VEJA Meus Livros e dê um click sobre ele
3. clique no link Adicionar aplicativo, na coluna da direita
4. após a instalação do aplicativo, você já pode formar sua biblioteca

Como funciona?

A rede social de leitores que VEJA está lançando no Orkut será divida em:

Rankings – Termômetro da comunidade e das suas opiniões: mostra os livros mais comentados, os mais desejados – e informa a avaliação média de cada título.

Biblioteca pessoal – Nessa seção, cada leitor organiza seus livros em diferentes categorias, como “á li ou quero ler. É onde podem ser postados os comentários e resenhas sobre cada obra.

Os mais vendidos – Traz a lista dos Best-sellers publicada a cada semana na revista.

É um aplicativo bem útil para os amantes dos livros, embora sejam poucas as pessoas aqui no Brasil que cultivam o hábito da leitura. O aplicativo na sua versão beta já possui quase 5 mil usuários, e é uma boa fonte de informações e troca de conhecimento, podendo servir inclusive para aumentar o número de leitores assíduos e obras lidas. Eu já adicionei o aplicativo no meu perfil do Orkut e acredito que essas diferentes formas de interatividade entre os diferentes públicos seja um dos ingredientes da fórmula de sucesso do Orkut, que ainda não perdeu a sua popularidade aqui no Brasil.

Impacto das redes sociais

Hoje ainda eu estava pesquisando sobre o impacto das redes sociais nas pessoas e um dado me chamou a atenção: Um em cada oito casamentos nos Estados Unidos em 2008 partiu de uma relação iniciada nas redes sociais - segundo a consultoria McKinsey. Seguindo por essa linha de pensamento, a rede social dinamarquesa Beautiful People, seleciona seus usuários pelos atributos físicos. Muito criticado pelos seus valores fúteis, o site tem o objetivo de promover encontros apenas de pessoas bonitas e atraentes, deixando de fora usuários desprovidos de beleza exterior. Esta segmentação de público só tende a aumentar nas redes sociais, permitindo que grupos de pessoas com mesmo perfil e com interesses em comum, possam estar interagindo em espaços que realmente entendam suas reais necessidades.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os 5 desafios das Relações Públicas na área hospitalar.

Hoje quem escreve sobre sua experiência em Relações Públicas na área hospitalar é Tatiana de Lima Santos |@tati_lsantos| Ela é pós-graduanda em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e graduada em Relações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero em 2007. Atualmente, é analista de marketing no HCor – Hospital do Coração e já trabalhou na Pizza Hut, LVBA Comunicação, Hospital Samaritano e Wal-Mart. Recebeu prêmio da ABRP pelo PEX – Projeto Experimental desenvolvido para o HCor – Hospital do Coração.

A área hospitalar apresenta grande demanda de comunicação devido à diversidade de públicos e à complexidade do segmento. O trabalho de comunicação em hospitais é relativamente recente e isso o torna ainda mais desafiador, pois ao criar um departamento de comunicação mudamos um processo institucional. Abaixo estão listados 5 desafios das relações públicas em hospitais:

1) Convencer os funcionários de que o que era bom pode ser melhor.
O primeiro processo é convencer os funcionários de que o trabalho que foi realizado por anos e funcionou sem a comunicação, agora pode ser melhor - unificado e coordenado por uma única área.

Como os desafios não param, além da dificuldade de instalar a parte estrutural na instituição, mudando uma cultura organizacional, há o desafio de entender o negócio. Afinal, o paciente é um público interno ou externo? Como fazer com que a comunicação atinja tanto os setores administrativos que trabalham em horário comercial quanto os setores assistenciais que têm profissionais atuando 24h, de segunda a segunda? Como lidar com a imprensa no caso de internação de um paciente notório?

2) O trabalho com o público interno na mudança da cultura.
Começando pela cultura organizacional, qualquer instituição tem em sua cultura o reflexo das pessoas e dos negócios em que atuam. Ao entrar em uma organização para trabalhar a comunicação como um processo, encaramos também o desafio de mudar uma cultura já enraizada e muitas vezes inflexível. Como as mudanças sempre causam incertezas, o resultado disso pode ser uma crise interna. O funcionário, sem entender o seu papel não se sente parte integrante da empresa e sente-se desmotivado, o que acaba refletindo nos resultados.

Aí que entra o papel essencial da comunicação interna que é voltada aos funcionários com o intuito de desenvolver o sentimento de pertencimento, estimular a integração, o diálogo e a satisfação no ambiente de trabalho. O auxílio das ferramentas de comunicação como: intranet, mural, revista, newsletter, eventos e no caso do hospital que tem funcionários trabalhando 24h, o envolvimento da liderança e o incentivo da comunicação entre pares, é essencial. A concretização de tais objetivos necessita coerência e transparência entre o discurso e ação organizacionais.

3) Trabalhar com saúde na imprensa e envolver médicos como porta-voz.
E como a base dos profissionais de comunicação é formada por reputação corporativa, identidade e imagem, a assessoria de imprensa é mais uma peça deste imenso quebra cabeça. O que divulgar para a imprensa sobre hospitais que em sua maioria são vistos como lugares desagradáveis, para gente doente? A saída é trabalhar com a saúde e não com a doença, há diversas formas de se prevenir como: check-up, dicas nutricionais, psicológicas etc. E neste caso é necessário que haja o envolvimento de outro público: o médico, que muitas vezes são renomados e com agendas lotadas. Neste caso o papel da comunicação serve também para conscientizar a importância de ser porta-voz e mais do que isso, utilizar este meio a favor da imagem da Instituição além da divulgação de seu próprio nome e trabalho.

4) Ter um bom processo no caso de internação de Pacientes Notórios
A assessoria de imprensa também é envolvida no caso de internação de pacientes notórios, que são os pacientes que tem potencial para gerar qualquer tipo de interesse por parte do público. Nestes casos a agilidade dos profissionais de comunicação é fundamental para evitar boatos e o Boletim Médico passa a ser usado como uma ferramenta de comunicação entre a instituição e os jornalistas.

5) Identificação dos públicos
Quanto aos pacientes, eles são considerados um público misto. Enquanto estão internados são considerados parte da instituição e participam das atividades internas, de acordo com as ações feitas para os funcionários. Este mesmo público futuramente se torna também externo e então nos dedicamos a levar a eles informações sobre prevenção e saúde, por meio de ferramentas como: cartas, e-mails marketing, internet, revista e newsletter.

Enfim, já existem ferramentas modernas de comunicação como TV corporativa, mídias sociais e on-line, mas a realidade é que alguns lugares como os hospitais, estão só começando a entender a importância do papel da comunicação e ainda precisam da fórmula básica das RP´s.

É diante desses desafios que o profissional de comunicação encontra grandes oportunidades de desenvolvimento. Claro que exige uma dedicação intensa e paciência, mas gera muita satisfação ao alcançar os resultados esperados.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

As Relações Públicas na esfera governamental.

Por Bruna Franco, estudante de Relações Públicas da UFG

No 4º período de RP aqui da UFG, nós temos a matéria de Planejamento de Relações Públicas e para término e avaliação dos resultados alcançados ao longo do semestre, precisamos, claro, fazer um planejamento de RP para alguma organização. Dentre seis grupos, quatro escolheram empresas privadas, um o terceiro setor e outro grupo, o meu grupo, trabalhar com um órgão público.

Não que seja mais fácil fazer um plano de comunicação para empresas privadas, porém há uma maior disponibilidade de informações e bibliografia sobre elas, como Comunicação Empresarial de A a Z, de Francisco Viana. Também encontramos muitos cases em sites especializados de RP, como o Portal RP, e na maioria de seus arquivos, são de empresas privadas. Em muitos cursos de Relações Públicas espalhados pelo país, o foco é basicamente a empresa privada e, portanto, há essa certa dificuldade em trabalhar com instituições governamentais ou não-governamentais. Isso é o que percebi em sala de aula, em conversas com alunos de outras universidades e até na leitura de alguns TCC. Será que este enfoque está sendo abordado no processo de mudança de ensino do curso proposto pelo MEC?

Mas aplicar um roteiro de planejamento a um órgão público é um pouco mais complicado, já que alguns requisitos utilizados na empresa privada não cabem à esfera pública. Até mesmo por conta de questões históricas, as Relações Públicas só foram difundidas no ambiente público na época da ditadura, com a criação da Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP), que cumpria a função informativa e a comunicação deixada pelos meios que foram censurados. Portanto, algo consideravelmente recente.

E claro, o desinteresse percebido em algumas repartições públicas, tanto para prestar assistência a quem deseja informações sobre o órgão, quanto ter a iniciativa de saber como funcionam os outros departamentos: a história deste órgão, por que ele existe... A instituição estudada, pelo meu grupo nessa disciplina de Planejamento de Relações Públicas, constitui uma esfera governamental, para ser mais clara, uma secretaria de Estado, cujas funções se baseiam na educação e fomento à pesquisa, trabalhando com públicos diferentes. Nâo é muito difícil adivinhar, mas por questões éticas não posso revelar o nome.

A primeira dificuldade por mim observada: os funcionários me disseram que não havia um histórico, nem sabiam quando o órgão fora criado. Mas pesquisando na internet, descobri que havia um breve histórico da organização, coisa que ninguém lá dentro sabia, nem mesmo o pessoal da Comunicação. Segunda: alguns projetos e meios utilizados para organizar um departamento de comunicação e/ou divulgação da instituição são inviáveis na esfera pública, ou por falta de verba para investir nisso, ou por se tratar de questões não previstas em lei, constituindo então, ação ilegal.

Embora não tenha muitas teorias sobre a construção em órgãos públicos, podemos acompanhar alguns casos de sucesso de profissionais que contribuem, no exercício da comunicação, para o desenvolvimento de órgãos eficientes. Um exemplo é o caso postado pelo Mauro Segura em seu blog A Quinta Onda » Um exemplo de uso do twitter na Administração Pública, que conta que a Secretária da Educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin, fez um twitter para se comunicar com os professores. A Secretária tinha um e-mail muito difícil de ser memorizado, o que dificultava a interação. Com o uso do twitter, a Secretaria começou a receber 450 e-mails por dia e seu intuito é resolver os problemas e estar mais próxima dos professores da rede pública.

O exemplo da Cláudia deixa claro que a comunicação pública, com um pouco de vontade e com algumas quebras de barreiras burocráticas, pode ser planejada e trabalhada assim como uma empresa privada que procura a proximidade do relacionamento com seus públicos, para beneficiar a interação e manter os públicos bem informados.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

My Starbucks Idea e a Construção Colaborativa de Marca.

Por Mariana Oliveira, estudante de Relações Públicas da UFRGS



A Starbucks, ciente de que seus consumidores têm ótimas ideias sobre a empresa – simples ou revolucionárias –, deseja ouvi-las, para que as ações do futuro sejam construídas conjuntamente. Com este objetivo, em março de 2008 foi lançada a plataforma interativa My Starbucks Idea.

Neste ambiente virtual, os consumidores criam seus perfis e podem interagir tanto com a marca quanto com outros consumidores: todos estão convidados a compartilhar seus pitacos sobre a Starbucks, que são divididos em temas como Produtos, Experiências (ambientação das lojas, facilidades) e Envolvimento (ações de responsabilidade social/ambiental). As sugestões podem ser votadas e comentadas pelos próprios usuários e, depois de rankeadas por votação popular, são analisadas pela equipe Starbucks. As ideias consideradas relevantes (e possíveis!) são implementadas e publicadas no blog Ideas in Action (Idéias em Ação), inserido na plataforma. O blog é a “prestação de contas”, a prova de que as sugestões podem, sim, ser colocadas em prática, fazendo com que o consumidor se torne peça-chave no processo de construção da marca.

No seu primeiro ano, a My Starbucks Idea recebeu 75 mil sugestões, além de milhares de votos e comentários. E as discussões não se limitam a discutir sabores de café, facilidades em pagamentos, pedidos de wi-fi nas lojas: algumas são realmente surpreendentes. O melhor exemplo é a campanha de incentivo à cidadania If You Vote, Starbucks Buys Your Coffee (Se você votar, a Starbucks paga seu café), que nasceu de uma sugestão da rede. Durante as eleições presidenciais dos EUA, um usuário sugeriu que a empresa doasse um café Starbucks para cada eleitor que comprovasse seu voto, já que este não é obrigatório no país. Logo que essa sugestão foi postada, espalhou-se rapidamente e ficou entre as mais populares da rede, o que chamou a atenção da empresa. A Starbucks adotou a ideia como estratégia de campanha publicitária, inclusive com veiculação de comerciais no Saturday Night Live.




O grande trunfo da plataforma virtual da Starbucks é a possibilidade de obter uma fonte inesgotável de feedback espontâneo, ao mesmo tempo em que faz o consumidor se sentir parte valorativa do processo. Neste caso, o consumidor tende a não se sentir “explorado” pela marca – afinal, os comentários são livres –, e desfruta da possibilidade de ter suas sugestões atendidas. E a Starbucks, além das preciosas dicas de quem mais entende dos produtos (os clientes!), reforça seu comprometimento com o seu público mais fiel.

Entretanto, deve-se considerar que a My Starbucks Idea não atingiria tal sucesso caso não estivesse amparada por um posicionamento estratégico de comunicação da Starbucks com seus públicos, anterior a esta ação específica. Os consumidores, no decorrer da história da empresa, foram contemplados com diversas ações de relacionamento, despertando seu envolvimento com a lovemark.

Sentimento este que é reforçado através de projetos como a My Starbucks Idea, que transforma seus consumidores em verdadeiros embaixadores e a coloca entre as marcas mais influentes e inovadoras da atualidade.


PS: Esta é uma das reflexões do trabalho A geração de conteúdo pelo consumidor como vantagem competitiva de marca, apresentado por Profª. Dra. Helenice Carvalho, Mariana Oliveira e Cinara Moura, no X Seminário Internacional de Comunicação da PUCRS.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Eu enxergo o que você sente.

sexta-feira | 4 de dezembro de 2009

Feedback é definido como uma via de mão-dupla. Um mecanismo de retorno, de resposta obtida a partir de uma ação. Feed = alimentar + back = voltar. Ainda é uma troca de interações, de pontos de vista, que podem ser interpretadas de uma forma positiva ou negativa. Dá pra lembrar ainda das aulas de Introdução à Sociologia no início do curso. Maturana, pela década de 70, cunhou o termo autopoiesi na biologia, que era a capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios. Depois Luhmann, nos anos 80, levou esta definição para as ciências sociais, com todo o conceito de retroalimentação dos processos nos sistemas, é a teoria dos sistema.

A teoria dos sistema diz o seguinte: é preciso enxergar o envolvimento do todo e não de cada elemento separado no processo. Na prática é + ou - assim: nós conseguimos entender o funcionamento de um carro ao perceber as peças montadas e o carro pronto, mas se observássemos só as peças separadas, talvez não compreenderíamos que se trata de um carro. Este exemplo também vale para as organizações. Mas de todo este papo chato, o que interessa da teoria dos sistemas é o conceito de retroalimentação, porque retroalimentação é feedback e feedback é relações públicas.

Na boa, pra mim feedeback é a definição em uma palavra de relações públicas. Hoje não se resume tudo em 140 caracteres? Pois eu resumo tudo em 8 caracteres. F E E D B A C K. Uma palavra. 8 caracteres. Mas não estou falando do feedback de enviar cartão de feliz aniversário para os clientes. Eu falo de saber que o cliente vai virar papai, e mais que é de uma menina. Ou que o filho da cliente passou no vestibular, e mais que é para medicina. Ou, saber que o cliente adora Stephenie Meyer e o Crepúsculo está em promoção na livraria.

É simples, é o clichê da música, é o Eu enxergo o que você sente. (Vocês vão entender tudo quando ouvirem a música) RPs precisam promover diariamente esta retroalimentação. RPs precisam diariamente de feedbacks verdadeiros. Não precisam de pesquisa de opinião, não precisam de caixa de sugestões ao lado do cafezinho, não precisam enviar e-mail agradecendo a participação na palestra. Não basta saber a data de aniversário do cliente e também não basta enviar cartão de Natal. Não acreditem em livros de auto-ajuda corporativos, acreditem no que a senhora atriz do clipe fala aos 3min19: relacionamento é uma arte. E promovam esta arte.

Saber receber e entender feedbacks é essencial. É um auto-aprendizado que vale a pena. Para quem consegue aproveitá-los, são uma ótima fonte de correção e renovação. E podem acreditar, ver a mesma situação por um ponto de vista novo faz uma grande diferença.

E cá entre nós, existe exemplo melhor de feedback do que o exercício diário de uma relação a dois?

Feedback
Nenhum de Nós
Composição: Martha Medeiros

Eu enxergo o que você sente
Mas você responde com a boca: não
Sua boca diz que não
Mas quando não diz nada
Me beija sim
Depois do beijo olho de novo em seus olhos
E vejo sim
Seus olhos dizem sim

Você retira a mão do meu rosto
Me pede perdão: não
Me beija de novo como quem suplica
O silêncio que diz sim
Te abraço então, agora é o teu corpo
Que diz não
Teu corpo diz que não

Você pede que eu volte
E nessas idas e vindas
O amor enfraquece
Até o fim
Enfraquece até o fim
_ _ _

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

#DiadoRP: + do que um dia, um sentimento.

Por Equipe Ocappuccino.com

Nossa homenagem ao #DiadoRP não é em forma de texto. Os esforços, nos blogs e no twitter, hoje, são para valorizar o papel estratégico das Relações Públicas no cenário organizacional. Então o que é mais estratégico do que um trabalho de stop motion? Stop. Parado. Podemos relacionar o parado ao próprio pensamento estratégico do Relações Públicas. É parando o mundo que conseguimos observar, pesquisar e planejar. Motion. Movimento. Podemos simbolizar o movimento ao start mecânico do processo de executar, coordenar, acompanhar, avaliar. Mas não se esqueçam, este trabalho metódico de fotograma por fotograma, de quadro a quadro - como a atividade de RP - não é estanque. O Stop motion - como uma modalidade de animação - representa o RP como ser multitarefas, mas focado; um ser estratégico, mas tático, um ser opinião pública, mas plural, um ser empresa, mas cliente. RP é aquele profissional que percebe o movimento da empresa e, mais, sabe que todo movimento se origina de um quadro parado.

Para produzir este stop motion de homenagem foram tiradas aproximadamente 1000 fotos em 4 horas e foram editatas 250 fotos em 3 dias. Fora isso, o trabalho de roteirização e produção. E fora isso, a quantia em dinheiro que investimos. E sabem o motivo de fazer tudo isso? Um sentimento: Relações Públicas. Sabemos que as Relações Públicas não cabem em um dia, ou em uma tag (#DiadoRP), ou em um vídeo, e muito menos em 140 caracteres. Mas não podemos esquecer que conseguimos medir aquilo que sentimos apenas pela maneira com que demonstramos o sentimento. E essa é nossa sincera e orgulhosa homenagem ao #DiadoRP e às #RelacoesPublicas.

Ah, no 1min19seg prestamos uma homenagem também a alguns blogs que conseguimos indentificar o logotipo e conseguimos imprimir, são eles: Comunicação ETC do @leobraganca, MundoRP do @rprodrigo, Horizonte RP também do @baldurquino, Abordo também da @belle_rp, Ciranda RP da @fabibegnini, A Quinta Onda do @maurosegura e RPalavreando da @carolterra. Àqueles que possuem blogs e esquecemos, pedimos desculpa.

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