quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Por dentro do SET Universitário.

Por Betânia Castoldi, estudante de Relações Públicas da PUCRS

Nesses 3 dias do 22° SET Universitário acompanhei algumas palestras e oficinas bem interessantes e vou deixar aqui um breve relato de cada uma delas:

28/09
Assisti o RBS Debates, que trouxe o diretor de núcleo da Rede Globo Jayme Monjardim, no ar com a novela Viver a Vida. Jayme, João Daniel Tikhomiroff, premiado diretor de filmes publicitários e cineasta, e o professor da Famecos Fabiano de Souza, juntaram-se para debater o tema Linguagem x Públicos: Como produzir para as massas. Jayme Monjardim afirmou várias vezes que As novelas são iguais há 40 anos, a diferença é o impacto tecnológico. Mas que não basta só isso, se torna necessário encontrar um autor talentoso que produza uma história na qual as pessoas se identifiquem. João Daniel Tikhomiroff fez coro ao diretor da Rede Globo em relação à necessidade de ouvir o público. As pesquisas são hoje uma parte importante no desenvolvimento das novelas e do conteúdo em geral. O diretor da novela global alertou sobre o cuidado de colocar uma novela no ar, pois segundo Jayme as novelas podem manipular 100% a opinião pública, podem mudar o rumo do país, pois é um veículo de comunicação violento, por isso as chamadas no final da novela com pessoas reais falando de suas superações, isso traz mais verdade à trama. Já finalizando, Monjardim fala sobre o público das novelas: Todos os públicos são exigentes (cinema, televisão, etc), não acho que existam diferentes públicos, mas histórias diferentes para todos eles.

29/09
Acompanhei, às 17h , a oficina Relações Pùblicas na Gestão Empresarial – uma abordagem prática, ministrada pelo relações públicas formado na Famecos e sócio-diretor da Agência Palco, Rodrigo G. Figueiredo. Desde o início ele nos lembrou que gestão nada mais é do que pensar, e nós então seremos pensadores da comunicação. De uma maneira bem informal, Figueiredo nos mostrou como é a realidade do mercado, as exigências e como as empresas de comunicação devem atender suas necessidades. Falou também que o RRPP é o gestor estratégico de uma empresa. E que para isso o profissional precisa estar constantemente estudando o mercado, a si mesmo, as pessoas, ao ambiente em eterna mudança, enfim, estudando as relações que existem no mundo. E deixou um conselho: Seja humilde. Ame quem te critica. Mesmo que sejam críticas erradas, o importante é o feedback! Críticas fazem você crescer, elogios aumentam seu ego e lhe dão a ilusão de achar que és melhor que alguém. Todos somos amadores sempre, não há tempo de sermos profissionais. Citando o exemplo de que o Titanic foi construído por profissionais e afundou, e a Arca de Noé que foi construída por amadores trouxe vida ao mundo.

À noite, mais precisamente às 20h, teve início a palestra Web 2.0 nas mídias sociais, com o diretor da Dialeto Social Media, Bruno Alves. A palestra do diretor para novos negócios da Dialeto, empresa especializada em assessoria de comunicação e marketing em redes sociais, demonstrou que comunicar nos próximos dez anos será tarefa para especialistas, já que a concorrência está crescendo. E ele afirmou que esses especialistas são os RRPP’s, apesar de não ter nenhum RP na sua empresa. As novas mídias como Orkut, Flickr, Twitter, Facebook, blogs e vlogs permitem que a segmentação de públicos cresça vertiginosamente e, por isso, comunicar no século XXI é muito mais complexo do que parece. Essas ferramentas passam a ter um papel importante na monitoração dessas redes sociais, e ele afirmou que a grande sacada é verificar as opiniões dos públicos em questão e de imediato esclarecer e defender os interesses da empresa, evitando que um comentário se transforme em uma grande crise. Bruno Alves citou e ilustrou vários cases, de sucesso e fracasso, ao público presente, como por exemplo o vídeo paródia da Dafra com Wagner Moura. É necessário saber se expressar nos diversos canais, ter uma abordagem diferenciada, falar diretamente com o dono do canal a ser utilizado e, acima de tudo saber, negociar. A comunicação deve ser franca, direta e verdadeira, e de 1 pra 1. E nós do Ocapuccino.com estávamos lá fazendo a cobertura completa do evento, ao vivo, através do Twitter.

30/09
Hoje, último dia do SET, conferi às 9h a palestra Classes C, D e E: 15 tendências de um mercado de R$ 760 bilhões, na verdade foram 10 tendências apresentadas e não era uma palestra voltada para profissionais de RRPP, mas nos trouxe dados bem interessantes e relevantes sobre este segmento de público, que deverá ser o foco das grandes empresas se elas desejarem dominar o mercado, ministrada pelo publicitário e sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles. A palestra mostrou que devemos adequar a linguagem das propagandas à esse tipo de público, sem utilizar termos estrangeiros, o mais simples e clara possível, pois segundo pesquisas, 90% da população brasileira têm renda familiar de até 10 salários mínimos, e a previsão é de que o poder de compra das classes C e D aumentará em 60% nos próximos anos. Na sua apresentação apareceu uma frase que fala por si só: O futuro é das marcas que ensinam, as que construíram uma relação de parceria com estes consumidores serão mais valorizadas. O consumo é de massa, mas o relacionamento não pode ser impessoal. Sobre as 10 tendências de consumo para o público das classes C, D e E, resumindo, devemos dialogar e interpretar esse público baseados na estética, na cultura da sua região, na religião e na família para obtermos êxito na comunicação, pois segundo Renato, comunicação não é o que você fala, é o que seu interlocutor entende.

À tarde participei da oficina Marketing a flor da pele – oficina dos sentidos, ministrada pela Profa. Rosane Palacci Santos – professora, pesquisadora, publicitária e psicóloga; doutora em Comunicação. Pudemos avaliar os nossos 5 sentidos (visão, cheiro, tato, paladar e som), através de mini-ilhas montadas no laboratório, com essências, músicas, vídeos, bombons, objetos e texturas para tocar, experimentamos as sensações que cada estímulo nos causava. Depois dessa dinâmica a professora Rosane nos reafirmou a importância de utilizar alguns, ou melhor, todos esse sentidos para uma melhor fixação da marca. Existe muita informação sem estímulo e muitas marcas sem destaque, por isso ter um som, um cheiro que lembre a marca é um diferencial.

Após esses três dias de evento, de contatos e aprendizado a pergunta que não quer calar: Qual é a cara do público? Na verdade o público não tem cara, ou melhor tem muitas caras, cada público tem muitas identificaçoes (no sentido de identidade) e não cabe a nós RPs conceituar ou classificar e sim identificar seu comportamento, suas atitudes, suas expectativas, seus anseios para poder entender e poder dialogar. E cada um de nós, com nossas crenças e individualidades, ajuda a formar a cara jovem, descontraída e antenada que participou do SET Universitário da Famecos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

22° Set Universitário – Qual é a cara do público?

Por Betânica Castoldi, estudante de Relações Públicas da PUCRS e Mateus Martins, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Qual é a cara do público?

O que se pretende é aprofundar o conceito de público para a comunicação e discutir, entre outras abordagens, suas diversas configurações, a persistência ou não do conceito de segmentação, o impacto provocado pela mídia e seus discursos nos diferentes públicos, a permanência das marcas e o papel do público na cenário das tecnologias digitais.

Independente da terminologia usada, públicos, consumidores, partes interessadas, stakeholders, target, público-alvo, é essencial a discussão destes atores. O blog mais uma de comunicação postou em julho o texto Para onde estão indo os consumidores? de Nádia Rebouças, consultora e fundadora da Rebouças & Associados, referente às suas experiências em palestras e a percepção do que marcou a Conferência Ethos 2009: a extinção de consumidor e a adoção de interlocutor. Mais do que a discussão da nomenclatura, a discussão do papel: ... sempre propunha a ressignificação do conceito consumidor: O INTERLOCUTOR. A nova empresa, aquela que eu e muitos esperamos, vem descobrindo que deve matar o velho conceito de consumidor e começar a enxergar seus interlocutores. E o que quer dizer interlocutor? O dicionário me respondeu mais uma vez: agregar, trocar, interagir, prover... Bem-vindo o cidadão consciente, o prospect de interlocutor, que se nega ser um gastador, destruidor de tudo, especialmente de sua identidade.Mudarão os planos de marketing.

As 17h horas de hoje marca o start do 22º Set Universitário da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e esperamos que está temática reflita as discussões do Set. E até o dia 30 o evento, que estimula a troca de experiências entre alunos, professores e profissionais das áreas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Produção Audiovisual, Cinema e Vídeo, apresentará a concorrida mostra competitiva, oficinas, palestras e ainda um show de encerramento no Opinião, dia 30 de setembro com 4 bandas que ainda serão escolhidas, entre as inscritas, através de seleção no site do Set.

As palestras são gratuitas e não necessitam de inscrição, mas se quiser receber certificado de participação no SET como ouvinte, clique aqui e preencha o formulário. (É importante lembrar que este procedimento não garante vaga nas atividades e Ocappuccino não se responsabiliza pela lotação dos auditórios já que a ocupação dos espaços se dará mediante ordem de chegada do público. As palestras deste ano trazem assuntos bem interessantes e acontecem pela manhã e à noite, e são uma excelente oportunidade de ficar por dentro das tendências. A programação do 22º Set é extensa, e aqui - para não ocupar muito espaço e tempo – sugerimos algumas palestras. Mas se por acaso, por algum imprevisto, não puder comparecer ao evento, poderá acompanhar de casa com todo conforto toda a programação, pois as 12 palestras serão transmitidas AO VIVO.

Algumas dicas de Palestras:

28/9 (segunda-feira)
20h
RBS Debates
Jayme Monjardim - Diretor de núcleo da Rede GloboJoão
Daniel Tikhomiroff - Publicitário e ganhador de 41 leões no Festival de Publicidade de Cannes
Carlos Gerbase - Cineasta e professor da Famecos
Local: Centro de Eventos da PUCRS

29/9 (terça-feira)
9h
Quem mexeu no conteúdo? Quem mexeu com a minha mídia?
Leandro Gejfinbein – gerente de Arquitetura de Informação na Globo.com
Local: Auditório da Famecos
Mediador: Eduardo Pellanda

A cultura como estratégia de relacionamento com stakeholders
Ana Vilela – gestora da Casa Fiat de Cultura
Local: Auditório do Prédio 9
Mediador: Cassio Grinberg

20h
Web 2.0 e marketing nas mídias sociais
Bruno Alves – sócio diretor da Dialeto Social Media, formado em Arquitetura e Urbanismo, trabalha com comunicação digital desde 1996
Local: Auditório da Famecos
Mediador: André Pase

As muitas caras do público interno: como pensar em comunicação interna para todas elas?
Luciano Kunzler – formado em Publicidade e Propaganda, pós-graduado em Marketing Estratégico, é um dos responsáveis pela área de criação e estratégia da HappyHouse Brasil
Local: Auditório do Prédio 9
Mediadora: Denise Pagnussat

30/9 (quarta-feira)
9h
Classes C, D e E: 15 tendências de um mercado de R$ 760 bilhões
Renato Meirelles – sócio diretor do Data Popular, publicitário com MBA em gestão de negócios pela ESPM, colaborador do livro Varejo para Baixa Renda e autor de Um jeito fácil de levar a vida – o guia para enfrentar situações novas sem medo
Local: Auditório do Prédio 9
Mediadora: Cristiane Mafacioli Carvalho

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

FIATMIO.CC – Um carro para chamar de seu!

Por Betânia Castoldi, estudante de Relações Públicas da PUCRS

Estudante do 5° semestre de Relações Públicas na PUCRS,
ela atua há mais de 4 anos na área comercial. Atualmente faz
estagio na Oi e é promoter de festas de música eletrônica. Em
seu tempo livre trabalha como assistente em eventos, e
futuramente pretende ter seu próprio negócio nessa área.
Além disso, é formada como Técnica em Secretariado pela
Escola Técnica da UFRGS, e como trabalho de conclusão do
curso organizou um evento com Carlos Henrique Iotti, o Radicci.
Conseguiu patrocínios de grandes empresas, que contribuíram
para o sucesso do evento e a partir daí descobriu sua paixão e
vocação: Relações Públicas. Betânia é a mais nova colaboradora
que integra o blog Ocappuccino.com.

Eu estava acessando meu e-mail e um banner desses de propaganda me chamou a atenção, pois mudavam as opções toda hora, como se as pessoas estivessem opinando sobre os opcionais no carro, e logo abaixo os dizeres: Fiat Mio. Fiat convida você a criar um carro. Então cliquei acreditando ser um novo carro da Fiat e cheguei ao site do Fiat Mio, um carro para chamar de seu. Um site com visual de blog que te convida a deixar a sua idéia sobre o carro dos seus sonhos, e a página incial te propõe uma pergunta-chave (que até me lembrou o Twitter): No futuro que iremos construir, o que um carro deve ter para que eu possa chamar de meu, sem deixar de servir ao próximo?

E são muitas idéias legais, tais como: manuais do proprietário em DVD, devendo poupar 20 mil árvores por ano, porta para pessoas com necessidades especiais, cada venda uma árvore plantada, novo vidro que deixa passar a luz mas bloqueia o calor, entre outras. Os participantes se cadastram e podem consultar a guia Inspirador, onde eles podem tirar inspirações para suas idéias, através das tendências apresentadas para o mundo automotivo. Os usuários aparecem em um ranking baseado em quem mais envia idéias e na pontuação de cada idéia, além das opiniões de cada um.

Através desse canal de relacionamento com seus clientes o projeto Fiat Mio baseado nas idéias enviadas pelos usuários para o site fiatmio.cc, juntamente com a equipe de engenheiros automotivos da montadora, produzirão um carro conceito, o primeiro carro do mundo criado pelos e para os usuários.

A própria URL já diz um pouco do que que eles querem transmitir sobre esse projeto. fiatmio.cc é Creative Commons (trabalha com o conceito de alguns direitos reservados, o autor não é mais o único dono da ideia), fiatmio.cc é Carro Colaborativo, fiatmio.cc é Concept Car, fiatmio.cc é o Carro do Consumidor.

A Fiat sabe que a responsabilidade ambiental de uma montadora de automóveis não pode acabar quando o veículo deixa a linha de produção, devendo se estender à relação do consumidor com seu carro, com os espaços nas cidades e com sua mobilidade, por isso que assume o compromisso de levar o projeto Fia Mio adiante, de tentar transformar as ideias apresentadas no site em realidade.

A Fiat quer criar, junto com seu público, um novo projeto, um carro novo, um meio de transporte para as próximas gerações. Sempre atenta às tendências e ao comportamento do consumidor para se relacionar cada vez mais e melhor com aqueles que se relacionam com a marca.

Continuando nessa mesma linha de relacionamento com clientes, nessa última segunda-feira, meu professor da disciplina de Produção e Planejamento, comentou sobre sua experiência na Expointer 2009. Assim que chegou com seu carro para estacionar normalmente, por ser um cliente Toyota, além de não pagar ingresso e nem estacionamento, teve serviço de manobrista e foi levado de carrinho coberto até o stand da marca, onde recebeu atendimento personalizado, com direito a bebidas e salgadinhos. As empresas antenadas sabem que tratar seus clientes com carinho, fazendo eles se sentirem especiais, é a melhor maneira de fixar e fidelizar sua marca perante seus públicos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Drimio.

Por Massimino Delazeri, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Drimio, lançada oficialmente no mês de agosto maio, é a primeira rede social brasileira focada no relacionamento entre consumidores por meio das suas afinidades com as marcas.

Desenvolvido com uma interface muito simples de utilizar, na medida que os usuários constroem os perfis das suas marcas de preferência e se associam à elas, descobrem outras pessoas com interesses similares, podendo acrescentar informações até mesmo nas marcas que foram cadastradas por outros usuários.

Com o crescimento da rede, será possível encontrar todo o conteúdo disponível sobre uma marca em um só lugar: hotsites, blogs, perfis em redes sociais, sites, imagens.... uma verdadeira central de informações das marcas na internet.

Monitorar o que se passa nessa rede já é obrigação para os gestores de comunicação, mesmo com esse pouco tempo de vida já podemos notar as favoritas do público.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Eu Sou Famecos: nova campanha de comunicação de alunos da PUC/RS.

Por Joanna Romero, estudante de Relações Públicas da PUC/RS

EU SOU FAMECOS
A Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da PUCRS, inaugurou dia 19 de agosto o portal oficial da unidade: Eu Sou Famecos. Essa ação fez parte de toda uma campanha de comunicação feita por alunos da própria faculdade.

A campanha, que leva o mesmo nome do site, teve início logo no primeiro dia de aula, 17 de agosto. Foram espalhados cartazes e flyers por todo o prédio, abordando as várias dimensões de ser Famecos, como podemos ver nas imagens do post. O intuito é fazer com que os alunos e professores criem ou mantenham o sentimento de fazer parte da história da faculdade. O logo da campanha é o seguinte: Famecos. Você conhece. Todos reconhecem. O portal também serve como um portfólio da unidade, pois disponibiliza aos internautas ver os projetos realizados em várias disciplinas, como por exemplo em administração de casos e crises, áudio publicitário, estágio interno, planejamento e produção de eventos, entre outras.

A unidade já existe há 57 anos e já formou mais de 11 mil profissionais. A campanha foi desenvolvida por alunos do Espaço Experiência, outra novidade da faculdade. É como se fosse uma agência de comunicação mesmo. Há vários núcleos dentro dela: assessoria de comunicação; web; áudio; responsabilidade social; institucional; sem fronteiras; tendências e pesquisa; atendimento; eventos; criação. Se tiverem interesse em saber mais sobre o EE, basta acessar o site, que especifica a função e alguns projetos feitos por cada um dos núcleos.

O site foi feito pelo pessoal da Web e além de ter uma usabilidade fácil, está graficamente super atraente! Os próprios alunos do EE serão os responsáveis por alimentar o site. Se tiverem um tempinho dêem uma passadinha lá. Ele traz também informações sobre a historia da faculdade, notícias sobre a área de comunicação, depoimentos de alunos e professores, além de fotos e um calendário com os futuros eventos relacionados à nossa área.

EU SOU DA LAPA
Muito parecido com a campanha da Famecos, o movimento Eu sou da Lapa também buscou despertar o sentimento de orgulho nos moradores do tão famoso bairro boêmio. O pessoal da Espalhe, agência de marketing de guerrilha, elaborou uma ação para a incorporadora imobiliária Klabin Segall, com a intenção de resgatar a vocação residencial do bairro, que não recebia lançamentos havia 30 anos. A empresa tinha preparado o lançamento do condomínio Cores da Lapa (688 apartamentos de 1,2 e 3 dormitórios com uma ótima área de lazer, destinados a classe média), acreditando no potencial do bairro.

É lógico que para a ação dar certo, seria necessário um ótimo trabalho de comunicação. Para isso, não contou só com o apoio do poder público e dos estabelecimentos comerciais da região, como também com a adesão de personalidades cariocas conhecidas por todos que habitam a Lapa: o ator Sady, o escultor de areia Alonzo Gómez-Diaz, o saxofonista Ademir Leão, o surfista Dadá Figueiredo, e as torcidas jovens dos times cariocas. Todos vestiram a camisa. E a cada gol que os times cariocas faziam nos jogos, era erguida a bandeira EU SOU DA LAPA. Além de tudo isso, ainda foram distribuídos adesivos, bottons e guias do bairro em diversos pontos da cidade e foi criado um site que já está fora do ar do movimento. A mídia também veiculou inúmeras matérias divulgando toda a ação. Tudo começou dois meses antes do lançamento do Cores da Lapa.

E o resultado? É claro que foi surpreendente. Todos os apartamentos foram vendidos no mesmo dia. Mais especificamente, em 2 horas! Um trabalho de comunicação bem feito não tem como ser em vão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Uma visão virtual das próximas eleições.

Por Bruna Franco, estudante de Relações Públicas da Universidade Federal de Goiás

Pelo andar da carruagem, as campanhas eleitorais de 2010 seguirão uma nova tendência que, apesar de não ser tão nova assim, agora que está sendo um boom de verdade aqui no Brasil. E essa tal tendência é o uso da Web 2.0 por parte de políticos.

Com a nova reforma eleitoral, os candidatos não poderão mais utilizar-se de propagandas políticas em portais de empresas ou administração direta ou indireta da União, Estados e Municípios.

E foi aprovado o uso de propaganda nos sites de relacionamento, a citar como exemplo, óbvio, Twitter, Orkut e blogs pessoais e também caiu qualquer tipo de censura à cobertura jornalística da campanha, ou seja, é totalmente livre a manifestação de pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio de toda a rede mundial de computadores (sites jornalisticos, blogs, Orkut, Twitter, radioweb, mensagens eletrônicas,Tvweb e outros), assegurado o direito de resposta. Inclusive, agora é permitido a doação de pessoa física via internet. O doador terá que ser identificado eo limite é de 10% da renda anual. Estão seguindo o sucesso que aconteceu na campanha de Barack Obama que, como disse Alex Primo, em Políticos brasileiros sonham em ser Obama mas não passam de um Mercadante, humanizou a figura política, já que antes do uso das mídias digitais só tínhamos contato com nossos possíveis candidatos a partir de figuras estáticas, como os santinhos, ou uma imagem mecânica, pré-determinada para atingir os eleitores com a propaganda eleitoral.

Para alguns políticos, pode ser uma forma mais fácil e de menor custo para promover sua campanha, demostrando suas pretensões, intenções e os trabalhos já feitos, para que seus eleitores tenham um maior conhecimento acerca de seu candidato e o cargo ambicionado. Ainda podem fazer promoção de sua imagem e reputação perante seu público eleitor. No entanto, aqueles que participam de algum ato secreto ou, em algum lugar no passado deixaram a desejar por suas promessas não cumpridas, correm sérios riscos de sofrerem algum tipo de boicote.

O Planalto fez um blog (blog.planalto.gov.br),cuja intenção era manter os cidadãos mais próximos àquilo que ocorria em Brasília. Porém, a Esfera - projeto, ainda em fase bem inicial, de Daniela Silva (que nasceu inspirado na sua pesquisa de transparência pública no mestrado) de uma empresa com foco em comunicação, política e novas tecnologias, que deseja fomentar a ideia de que um governo aberto pode ser potencializado pela dinâmica das redes, fez um blog espelho (planalto.blog.br), utilizando a extensão blog.com, e os mesmo posts feitos pelo original eram postados nesta cópia, com a diferença que nesta, os comentários são habilitados, e cada texto publicado, possuía no início, acompanhando o buzz do blog oficial, cerca de 200 comentários, os quais são em forma de protesto, e há uma grande quantidade de artigos assinados.

Esses eleitores advindos da internet a partir de sites de relacionamento, têm outra visão acerca destes políticos e expõem sem medo suas idéias e opiniões. Propõem até mesmo uma forma nova de protesto, como foi o caso #forasarney por usuários do Twitter. E portanto, os políticos têm que estar preparados para dialogar, uma vez que os eleitores online não aceitarão respostas frias ou mal respondidas, além de expor claramente suas intenções, pois do contrário, alguém pode vir a descobrir algo de podre e espalhar para a rede toda, em questão de segundos.

Em São Paulo, algumas secretarias criaram perfis para poder receber as dúvidas, sugestões e reclamações da população, havendo uma certa aproximação entre as duas partes. Há ainda redes sociais de deputados, senadores, vereadores, Ministério da Cultura, dentre outros tantos [ leia aqui]. Porém, ainda deixa um pouco a desejar, pois muitas vezes não são atualizados ou faltam respostas, e alguns pensam que o simples fato de possuir contatos na web 2.0 quer dizer que sua eleição esteja garantida. Mas até o ano que vem, muita coisa ainda será modificada.

Estaremos preparados para receber os políticos nessas redes sociais, porém eles devem estar mais preparados para nos dar a devida importância e atenção, porque dessa vez, temos todo o poder de nos unirmos e tirá-los ou colocá-los no poder, cobrando por suas responsabilidades.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Reinventando a publicidade digital.

Por Amanda Barrin, estudante de Publicidade e Propaganda da PUCRS

Amanda Barrin, 21 anos, 7º semestre de PP na PUCRS, totalmente
fascinada pela comunicação digital e pelas soluções de criadas pela
publicidade para esse meio. Além de ter um pézinho no passado, adora
futricar a história da publicidade e traçar parâmetros com o que nos
espera no futuro, uma vanguardista 'especuladora'. Atualmente trabalha
em uma assessoria de comunicação, o que a deixa sempre antenada no que
está acontecendo, gosta muito do que faz e é uma comunicadora utópica.
Além disso tudo é a nova colaboradora d'Ocappuccino.com

Falar em conteúdos multiplataforma pode parecer chover no molhado, em tempos da tão falada revolução digital, mas não é. Por anos a fio a comunicação social acontecia somente em meios tradicionais, revistas, livros, jornais, TV, rádio e etc. Onde o emissor mandava a mensagem pra milhões de receptores e esperava que eles a absorvessem de maneira uniforme, como sugere a teoria da Agulha Hipodérmica. A publicidade estava acomodada a esses moldes. E a partir daí a maionese desandou. Os jovens já não vêem tanta televisão, preferem passar horas a fio em redes sociais como Twiiter e Orkut, que também revolucionaram a comunicação interpessoal. Hoje não se vai mais à casa de alguém para chamar para uma balada, se manda um SMS, deixa um scrap, marca por MSN. As coisas ficaram muito mais simples e complexas. Temos aí a primeira das muitas contradições do assunto. O velho dilema de Tostines (tostines é mais vendido porque é fresquinho, ou é mais fresquinho porque é o mais vendido?). A comunicação digital aumenta ou diminui distancias é um exemplo claro de que os tempos mudaram.

Hoje pessoas se conhecem e acabam se casando ou criando uma grande amizade por conta dessas redes sociais. Foi-se o tempo em que se perguntava se relacionamentos começados pela internet dariam certo, isso já é habitual, faz parte do curso natural das coisas. Segundo o IBOPE (julho 2009) os brasileiros passaram mais de 71 horas on-line no mês de julho, e a DATAFOLHA (junho 2009) diz que 91% dos internautas usam a internet para se relacionar com outras pessoas. Mas se nós comunicadores, e mais especificamente publicitários, estamos carecas de saber isso, porque é tão difícil usar esse meio para a publicidade. O máximo que conseguimos é um banner no Orkut, links patrocinados, viral (quando dá certo), aba no MSN. É verdade que o Twitter vem revolucionando o relacionamento das empresas com o consumidor, mas ainda assim. Ferramentas como a Blip.fm, que vem se popularizando entre usuários do Twitter, e a mais nova Blip.tv, têm sido muito mal aproveitados pelo meio. Há pouco tempo a TV Terra, outra TV on-line que tem filmes, seriados, noticias ao bel prazer do usuário, começou a inserir pequenos comerciais que variam entre cinco e 30 segundos antes de sua programação. Mas ainda assim não estão dando resultado esperado, pois irrita o espectador.

O grande barato desses sites é que o usuário se torna DJ, VJ, o próprio Silvio Santos montando a sua programação de TV, ao mesmo tempo em que gera, consome conteúdo. Agora cabe a nós, nova geração da comunicação, totalmente inserida nesse mundo digital, acharmos meios para atingir esse novo público, do qual fizemos parte. Complicado, não?!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tudo o que você precisa saber sobre o Twitter (você já aprendeu numa mesa de bar).

Por Rita Randazzo, estudante de RP da UNISINOS e gerenciadora ComunicaRS

Ao passar os olhos pelo blog da Talk2, me chamou atenção o lançamento do primeiro e-book em português sobre o Twitter, ocorrido em agosto, por meio do microblog @lets_talk . Tudo o que você precisa saber sobre o Twitter (você já aprendeu numa mesa de bar), de Juliano Spyer, é um guia prático para pessoas e organizações que querem descobrir e explorar o potencial do serviço.

A vantagem do livro é que poderá ser baixado, impresso e distribuído livremente. Além disso, junta todas as informações sobre o serviço num só lugar, em 110 páginas escritas de forma didática. Quem quiser tirar dúvidas, certamente encontrará as informações necessárias no material, seja um usuário iniciante ou um twitteiro profissional.

Segundo Juliano, qualquer um que esteja interessado ou curioso pelo Twitter encontrará informações úteis no guia. O iniciante terá o B-A-BA incluindo imagens passo-a-passo para que o serviço faça sentido. Profissionais poderão explorar as aplicações da ferramenta para negócios, jornalismo e campanhas políticas. Usuários avançados terão informações estatísticas atualizadas, dicas de conduta, planos futuros do Twitter e a introdução a temas polêmicos relacionados ao serviço. E o guia termina com uma lista de tuiteiros recomendados par ajudar a enriquecer a experiência de quem está começando a usar o serviço.

Páginas interessantíssimas são a 7, o Twitter pelo Twitter - um prefácio coletivo em que @marcelotas e mais 10 convidados definem o que é a ferramenta (por exemplo, a definição 6. O Twitter é como pátio de hospício, cada um falando 'sozinho', eventualmente algúem responde. @saintbr) e a 9, o rascunho do projeto do Twitter, desenhado por seu criador no ano de 2000, o programador Jack Dorsey.

E é a metáfora de definição do Twitter que encontramos na introdução que nos instiga à leitura: O Twitter é como o seu bar favorito funcionando dia e noite: a hora que você aparecer encontrará alguns frequentadores habituais e mais outras pessoas relacionadas a eles. Você poderá ficar para um dedo de prosa durante um intervalo no trabalho ou passar horas interagindo e trocando idéias.

Acessando o link, podemos baixar o e-book em baixa, média ou alta resolução. Vale a pena conferir!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Relações Públicas: Teoria, Contexto e Relacionamentos. [parte 2]

Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista/SP e Rodrigo Cogo, gerenciador do Mundo RP

Continuação de Relações Públicas: Teoria, Contexto e Relacionamentos. [parte 1]

Grunig explica a trajetória de suas pesquisas:

1960: iniciam pesquisas sobre o comportamento dos públicos e o desenvolvimento de uma teoria situacional.

1970: perceberam como o comportamento do Relações Públicas influenciam para a imagem da organização perante os públicos.

1980: surge a teoria simétrica.

No início dos anos 1990, Maria Aparecida Ferrari fez uma ampla pesquisa em busca da excelência na comunicação. Em uma entrevista, a professora explicou afundo sobre a pesquisa realizada por James E. Grunig.

A professora diz que James E. Grunig coordenou um grupo de seis pesquisadores que realizou um extenso trabalho, patrocinado pela Internacional Association of Business Communicators Research Foundation (Fundação de Pesquisa da Associação Internacional de Comunicadores Empresariais) – IABC Foudantion, sobre as características da excelência em departamentos de relações públicas e sobre como tais departamentos tornam suas organizações mais eficazes. Foram pesquisadas 327 organizações nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido para identificar como as organizações praticavam as relações públicas de forma excelente e quais das práticas possuem uma maior probabilidade de tornar as organizações eficazes). O universo da pesquisa era composto por corporações, agências governamentais, organizações sem fins lucrativos, e associações comerciais e de profissionais. O resultado dessa pesquisa foi à elaboração da Teoria Geral de Relações Públicas - A teoria é resultado de uma extensa análise da literatura e de pesquisa; seu início teve como premissa duas questões:

a) Qual é o valor de Relações Publicas para as organizações?

b) Se Relações Públicas tem valor, quais são as características de um departamento de RP eficaz?

Pela pesquisa foi possível usar a premissa para identificar e relacionar atributos da função de relações públicas e da organização que logicamente seriam possivelmente a razão de tornar a organização eficaz, diz a professora Maria Aparecida Ferrari.

Voltando à palestra e às explicações de James E. Grunig, entre os indicadores detectados para uma organização mais eficaz estão as relações públicas como função gerencial única que auxilia a organização a interagir com os elementos sociais, políticos e institucionais do ambiente e as relações públicas criando valor para a organização e para a sociedade através do cultivo de relacionamentos que incrementem ativos intangíveis tão relevantes quanto os ativos econômicos. Trata-se da concepção de que relacionamentos são valiosos porque reduzem custos, aumentam a rentabilidade, minimizam os riscos, protegem contra questões emergentes e crises. Tudo isto porque estão vinculados diretamente à reputação. A função gerencial de RP ultrapassa a parte técnica, enfatiza Grunig, porque pressupõe uma visão estratégica de administração e não o exercício pontual de atribuições. Os relações públicas atuam como conselheiros da ética e defensores da responsabilidade social, arremata ele. Sobre suas atividades recentes, cita o estudo da importância da construção de cenários, o estabelecimento dos efeitos do relacionamento na reputação e eficácia organizacional para determinação do ROI (return on investment) em RP e o estudo dos públicos passivo, ativo e ativista.

Grunig finaliza dizendo que o maior desafio contemporâneo da área de Relações Públicas é a necessidade de institucionalização para a gestão estratégica das organizações.

Ainda na entrevista com a professora Maria Aparecida Ferrari, ela resume a pesquisa como uma estrutura conceitual para a prática profissional de relações públicas, que, com aplicações e revisões adequadas em diferentes culturas organizacionais e nacionais, é um componente fundamental da gestão eficaz em todo o mundo. Os resultados da pesquisa que resultaram na elaboração da teoria geral de relações públicas demonstram que a profissão tem função estratégica e que essa atividade geral valor tangível para as empresas, ou seja, ajuda as empresas a venderem mais seus produtos e serviços.

Os departamentos de Relações Públicas que participam das decisões estratégicas, que atuam como analistas de cenários estão preparados para fazerem a 'diferença' nas organizações e agregar valor. Finaliza a professora Ferrari.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Relações Públicas: Teoria, Contexto e Relacionamentos. [parte 1]

Por Cibele Silva, estudante de Relações Públicas da Metodista/SP e Rodrigo Cogo, gerenciador do Mundo RP


O post de hoje foi produzido em parceria da Belle com o Cogo e é fruto de ambas as percepções sobre o lançamento do livro 'Relações Públicas: Teoria, Contexto e Relacionamentos' - ocorrido em agosto na FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação) - e de uma entrevista posterior com um dos autores do livro, Maria Aparecida Ferrari. Pela extensão do material, dividimos em duas partes, a primeira vai ao ar hoje e a segunda parte publicaremos na sexta-feira.

No início de agosto aconteceu no auditório da FAPCOM na capital Paulista o lançamento do livro Relações Públicas: Teoria, Contexto e Relacionamentos, de autoria do consultor e pesquisador norte-americano James Gruning e co-autoria dos professores Maria Aparecida Ferra e Fábio França. O norte-americano veio ao Brasil não somente para o lançamento do livro, mas para realizar palestras com o tema Como sobreviver em contextos vulneráveis - As Relações Públicas como estratégia de relacionamentos.

A obra reúne teorias, práticas e experiências dos autores e está dividida em três partes. Na primeira, Grunig apresenta um quadro teórico para o exercício da profissão, levantando a definição e o posicionamento das relações públicas (atividade responsável pela gestão da comunicação nas organizações). Seu reconhecimento global, aliás, tem feito de seus trabalhos fontes de informação para a análise do mundo corporativo atual e referência obrigatória em universidades norte-americanas e de países de outros continentes. Na segunda parte, Ferrari discorre sobre a profissão e suas práticas no contexto latino-americano e, na finalização, França aborda a gestão de relacionamentos corporativos, analisando os públicos prioritários das corporações. Importante fonte de conceitos, o livro traz a maior pesquisa internacional já realizada sobre o processo da comunicação nas organizações.

Para Maria Aparecida, as relações públicas estão mais vivas do que nunca. Ela assinala que a realidade norte-americana é bem distinta da América Latina, no sentido da absorção de profissionais da área, e então mais do que nunca precisamos de obras que revisem nossos paradigmas. Fábio França destaca que a ação de RP se estabelece por meio de relacionamentos, que levam ao conhecimento de perfil, preferências e demandas das pessoas como indivíduos e grupos. Por isto, suas pesquisas têm enfocado os relacionamentos corporativos, sua administração estratégica para obter resultados e respostas positivas para todos os agentes, de maneira permanente.

Grunig acredita que a temática das relações públicas no contexto da recessão mundial mereça análise, o que ressaltaria a relevância do livro. Em sua visão, a maioria das organizações parece pensar que podem viver sem o relacionamento com os públicos. Ele reconhece que RP foram reconhecidas no Brasil de forma diferente dos Estados Unidos, país onde mesmo entre profissionais atuantes não há uma conceituação única ou dominante. A abrangência brasileira é maior, porque não prioriza uma das três partes mais tradicionais de exercício profissional: relação com os meios de difusão de mensagens, função de marketing e função de gestão estratégica como ativo participante dos processos de tomada de decisão, para o que seria fundamental a capacidade de análise de cenários e o desenvolvimento de pesquisas sobre as expectativas dos públicos. Esta última área, na opinião do especialista, seria a mais completa e mais promissora para a consolidação da profissão.

Ele então relembrou sua trajetória como pesquisador e a formulação de dois paradigmas no setor - ele define paradigma como forma de entender a disciplina - O simbólico interpretativo que aponta as relações públicas como administradora de como os públicos interpretam a organização para protegê-la do ambiente. Nesse enfoque, interagem conceitos como imagem, reputação, marca e identidade. Seria o relações públicas como negociador de significados junto aos públicos, mas com ênfase na divulgação e na relação com os meios. E depois o paradigma da Gestão Estratégica Comportamental, com o RP participando da tomada de decisões estratégicas, a partir da comunicação simétrica e do engajamento com os públicos para além do domínio e do uso de técnicas. É deste diálogo que o panorama fica conhecido a ponto de permitir a negociação de sentidos e de atitudes sem indução.

Continua...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Jornal Perspectiva: produção de RP da UFG.

Por Bruna Franco, estudante de Relações Públicas da Universidade Federal de Goiás

Hoje quem posta é Bruna Franco, a mais nova conquista
d'Ocappuccino.com. A aluna do 4º período da Universidade
Federal de Goiás, ela é suspeita para falar de relações públicas,
porque é realmente apaixonada. Bruna confessa que quan
do
entrou mal sabia o que era o curso, mas foi vendo nossa profissão
os poucos e apesar das dificuldades que enfrentamos se apaixonou
e nada mais a interessava a não ser RP. Ela, como muitos de nós,
consdiera incrível poder trabalhar com públicos e mais além, diferentes
públicos, muitas vezes numa mesma instiuição. E vai além, acredito
que ter uma vasta área para se trabalhar é um benefício, é aí que tá a
graça de ser um RP. Por que trabalhar numa coisa só, se você pode
sempre estar modificando os ramos para trabalhar, e seguir essa coisa
de nunca parar? Para ela essa é a essência do profissional de RP, que
não deve ser mais ou menos, e sim, intenso, frenético e buscar sempre.


O Jornal Perspectiva é produzido pelos alunos do 4º período de Relações Públicas da Universidade Federal de Goiás. E está ainda em seu início, já que este ano produziremos a 2ª Edição da nossa publicação. A primeira foi feita no ano passado, também pelos alunos do 4º período, na disciplina de Produção de Texto Jornalístico II, idealizado pela professora Divina Marques e o coordenador do curso, Rubén Darío.

Seu objetivo inicial era materializar aquilo que era aprendido em sala de aula, pois não bastava apenas produzir textos sobre determinados assuntos, se estes não eram publicados e nem focavam um determinado público. Foi aí que surgiu o outro objetivo: o de publicar as matérias feitas pelos alunos da UFG e que, em seguida, tivesse como destinatário o nosso público-alvo, que iriam desde a direção da FACOMB (Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG), até as empresas e seus empresários, passando por todos os alunos de RP da faculdade. Havia também o desejo de que estes públicos tivessem conhecimento da nossa Agência Experimental Simetria.

Foi por este motivo, que a primeira edição do Jornal Perspectiva - no 2° Semestre de 2008 - foi produzida. Com entrevistas de professores e os diretores da faculdade, para que esclarecessem a situação do curso e seus propósitos. Há também uma entrevista com o reitor Edward Madureira Brasil, que foi a reportagem de capa, ressaltando a importância de parcerias entre o setor público e o privado, já que, ainda hoje a comunicação institucional em algumas empresas é um pouco falha e para resolver esse problema, ninguém melhor do que um profissional de Relações Públicas. Em tempos de crise, uma reportagem, ainda na primeira edição, sobre como essa recesão poderia nos afetar, porém numa visão otimista. Além disso, uma entrevista com a professora Lindsay Borges, sobre como o curso de RP da UFG evoluiu nesses últimos anos. A publicação n°1 ainda possui matérias sobre a ética na nossa profissão, alunos que saíram da Universidade direto para o mercado de trabalho e estão bem-sucedidos e outras reportagens que não deixam de ser também interessantes.

Este ano contamos com quatro grupos, e em nossa pauta entrará temas como: Escândalos políticos no Brasil desde Dom Pedro II; os prováveis candidatos à presidência em 2010; Twitter como ferramenta imprescindível aos comunicadores; relações públicas e as novas tecnologias; entre outros.

Por estar ainda no início, passamos por algumas dificuldades, como falta de verba para que sejam produzidas mais edições, e que não sejam apenas anuais, como acontece por enquanto. O que em breve, será mudado e vocês poderão ver edições frequentes do universo goiano de Relações Públicas.

Espero que gostem!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Potencializando o Twitter.

Por Massimino Delazeri, estudante de Relações Públicas da UFRGS

Hoje apresentamos algumas ferramentas desenvolvidas para o Twitter, que utilizadas corretamente, podem ajudar a potencializar a sua conta, muito útil para o perfil corporativo de empresas e para os candidatos a celebridades nas redes sociais.

Muito mais do que apenas twittar mensagens e informações é preciso saber como seus seguidores estão as recebendo, é preciso saber se elas estão sendo relevantes o bastante para serem retwittadas ou até mesmo salvas como favoritas por algum usuário, e para isso podemos contar com:

Checkretweet - Consultando através do nome de usuário a ferramenta mostra todos os RT gerados dos seus tweets.

Favotter - Com esta ferramenta você pode descobrir quem adicionou como favorito um de seus tweets.

Todo o profissional de comunicação sabe que não basta apenas criar o perfil da empresa nas redes sociais para participar delas, o mais importante é monitorar, ficar de olho em tudo o que acontece, e para isso podemos contar com:

Backtweets - Basta fazer uma busca pelo dominio que ele acha todos os links relacionados, e o mais importante, ele encontra mesmo os links criados pelos compactadores de URL ( ex.: migre-me)

Topsy - Essa ferramenta permite você fazer buscar muito rápidas pelo Twitter, além de buscar entre as mensagens twittadas, elas busca também nos perfis.

Informacoes sobre seus clientes/seguidores, nunca são demais, e para isso podemos contar com:

Twittercounter - Com essa ferramenta você consegue informações de um determinado usuário, porque ela mostra graficamente a evolução no número de seguidores e tweets, além de dar previsões baseadas nesses dados.

Tweetstats - Esta ferramenta apresenta estatísticas do número de tweets por hora, por dia, por semana, por mês e até os outros usuários com quem o perfil consultado mais interagiu.

Deve se ter muito cuidado também na hora de escolher quem seguir, não podemos simplesmente sair seguindo todo mundo, além de perdermos a nossa credibilidade iremos receber muito lixo, para que isso não aconteça podemos contar com:

TwitChuck - Esta ferramenta estabelece uma nota para o usuário consultado de acordo com uma série de dados, como o número de tweets, frequência de uso, quantas vezes já foi bloqueado.

Friend or Follow - Consultando essa ferramenta você descobre quem está seguindo que não te segue e quem te segue que você não está seguindo.

TweetEffect - Talvez a ferramenta mais importante que apresento no post, com ela você pode monitorar se seus tweets fizeram pessoas te seguirem ou deixar de seguí-lo. Com ela você vê se está no caminho certo ou se precisa mudar o tema de seus tweets.

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